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BRASÍLIA — No segundo dia de atividades da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), deputados discutem se a palavra "porra" é um palavrão. Tudo começou com um protesto de um outro parlamentar após Delegado Éder Mauro (PL-PA) falar o xingamento.
"Querer pensarcef loterias apostas onlinecolocar na cabeça do povo brasileiro que está nos assistindo que MST planta alguma coisa, que MST é produtor. Porra nenhuma. Não plantam nada", afirmou Éder Mauro. Então o deputado Paulão (PT-AL) pediu para que as palavras fossem tiradas dos anais. "Não é prudente para a imagem da Câmara", disse.
PublicidadeA tréplica do delegado seguiu com um deboche. "Quero dizer ao colega que procure no dicionário a palavra porra e me diga se é alguma coisa depreciativa. Que eu saiba é uma interjeição que causa espanto e simplesmente isso" disse. "Se ele me provar o contrário, aí o senhor pode tirar dos anais de quem quiser, mas por enquanto não."
Segundo o dicionário Michaelis, a palavra "porra" tem, entre os possíveis significados, "pênis" e "esperma". Em outro contexto, diz o verbete no glossário, pode também exprimir espanto ou aborrecimento, como aconteceu no caso.
No segundo dia de CPI do MST, deputados discutiram se podem falar a palavra "porra" na Câmara. pic.twitter.com/mtUmTa87j8
— Levy Teles (@Levynho_) May 24, 2023
Nesta quarta-feira, 24, deputados apreciaram 15 requerimentos e aprovaram 11 — destes, sete são convites. Entre os chamados, o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Raul Jungmann, o secretário de Segurança Pública de do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, dois ex-integrantes do MST e a ex-secretária especial do ministério da Agricultura Luana Ruiz.
Em outro episódio de embate, a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) propôs um minuto de silêncio a dez trabalhadores rurais mortos por policiaiscef loterias apostas onlinePau d'arco (PA), proposta rejeitada por Éder Mauro. A situação gerou mais uma confusão generalizada, com gritos de protestos do deputado paraense, que chamou os trabalhadores assassinados de "bandidos".
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