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Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e da ex-primeira-dama Michelle, estão tentando ter acesso ao depoimento do tenente-coronel Mauro Cid dado à Polícia Federal. De acordo com a colunista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo, a defesa entrou com um recurso contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, de negar à defesa a obtenção do conteúdo.
O depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi dado no dia 31 de agosto, no inquérito que investiga o suposto esquema de venda e devolução das joias recebidas pelo ex-presidente por autoridades estrangeiras. O conteúdo está sob sigilo devido ao acordo de delação premiada firmado com as autoridades.
PublicidadeO documento é assinado pelos advogados Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser, Saulo Segall, Thais Guimarães, Clayton Soares, Bianca Gonçalves de Lima e pelo ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten.
Conforme aponta a colunista, os advogados argumentam no agravo que querem obter informações “pertinentes aos depoimentos prévios, sem qualquer extensão aos anexos do acordo de colaboração premiada que foi posteriormente formalizado”, afirmando ainda que a imprensa tem conseguido acesso às informações processuais "supostamente sigilosas antes mesmo da defesa".
A defesa alega que há uma “disparidade” nesse quesito, que “expõe de maneira inquietante a realidade de um sistema legal suscetível a manipulações e inclinações”. Os advogados veem a prática como uma “contumaz violação da referida prerrogativa [na qual o advogado pode acessar conteúdo já documentado na investigação],saque do pixbetnome de um eficientismo investigativo".
O objetivo é, segundo a defesa do ex-presidente, "preservar a hipótese investigativa preconcebida para que ela não seja antecipadamente refutada".
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