jogar o jogo de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
O vice-presidente Hamilton Mourão saiujogar o jogodefesa do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pressionado a deixar o cargo, e insistiu ser "muito difícil alguém, da noite para o dia, conseguir consertar tudo" na atuação do ministério no combate à covid-19.
"A realidade é que a gestão do Pazuello vem sendo muito criticada, muito contestada. Pazuello tem demonstrado resiliência, sei que tem de suportar o peso das críticas. Talvez outra pessoa não suportasse tudo o que ele vem suportando. Tenho muita confiança no Pazuello, o conheço há muito tempo", disse Mourão. "É muito difícil alguém, da noite para o dia, conseguir consertar tudo."
PublicidadeO vice-presidente também atribuiu à população brasileira responsabilidade sobre o quadro que o Brasil enfrenta. "A nossa população não gosta de respeitar regras, não é da natureza do nosso povo. O nosso povo é um povo mais libertário, gosta de circular pelas ruas e de fazer festa. Em um momentojogar o jogoque se tem que passar dois ou três meses sem usufruir desses prazeres da vida, são poucos os que aguentam", afirmou Mourão.
Apesar de defender a atuação de Pazuello, Mourão afirmou que o posto de titular da pasta "sempre será um cargo político", referindo-se a qualquer que seja o substituto do atual ministro. "A gente sabe que no Congresso tem alguns com experiência no Sistema Único de Saúde, o que é, na minha visão, um requisito importante", afirmou Mourão na chegada ao Palácio do Planalto. "Tudo depende dos técnicos que a pessoa se cercar."
Na noite de ontem, Pazuello se viu obrigado a emitir uma nota negando que estivesse deixando o posto. Horas antes, o presidente Jair Bolsonaro havia se reunido com a cardiologista Ludhmila Hajjar, um dos nomes cotados para substituir Pazuello. Em nova conversa com o presidente, na manhã desta segunda, conforme apurou o Estadão, ela rejeitou o convite. Outros três nomes são cotados para a vaga: o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ) e os cardiologistas Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, e José Antonio Frachini Ramires, ex-diretor do Instituto do Coração (Incor-SP).
"Sei que Ludhmila tem competência como médica", disse Mourão, "não sei como gestora". Em São Paulo, a cardiologista acompanha a internação do presidente do partido de Mourão, Levy Fidelix, acometido pela covid-19. O vice-presidente reforçou que não tem participado da eventual escolha e disse desconhecer os critérios considerados pelo presidente Jair Bolsonaro.
Publicidade