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Um hotel cinco estrelas na beira da praia do Guarujá foi o cenário para o encontro de diversos nomes da transição do governo eleito, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a classe empresarial. Durante dois dias, entre pausas regadas a vinho e uísque 18 anos, os aliados de Lula tentaram justificar a cacofonia de vozes divergentes no grupo, enquanto empresários e executivos buscavam mais proximidade com nomes cotados para ocupar cadeiras na Esplanada dos Ministérios.
Aliado fiel de Geraldo Alckmin e um dos coordenadores da equipe de transição, Floriano Pesaro usou termos do mundo empresarial para tentar explicar aos presentes as dificuldades enfrentadasyuri martins pokerBrasília: "Estamos trocando o CEO desta empresa chamada Brasil".
PublicidadeEmídio de Souza (PT-SP), deputado estadual eleito e amigo de Lula, emendou: "O Floriano falou que é uma empresa constituída para funcionar 50 dias, o problema é que uma empresa, até funcionar redonda, demora um bocado". Os ruídos entre as diferentes alas da transição de governo, e mesmo dentro do PT, têm atrapalhado a articulação política da PEC da Transição.
A ideia na transição, disse Emídio, é fazer o diagnóstico do governo e traçar o plano para os primeiros cem dias de 2023. "Não é uma babel, é a frente que o Brasil precisa neste momento", afirmou o petista, pouco depois de dizer que nunca tinha imaginado que trabalharia sob a batuta de Alckmin, ex-tucano.
Para evitar o que aconteceuyuri martins pokerNova York, quando ministros do STF foram hostilizados por bolsonaristas, a calçada da frente do hotel Casa Grande foi bloqueada e protegida por grades de metal e seguranças. Do lado de fora, não se via nada. Do lado de dentro, políticos, executivos e ministros conversavam na varanda do local entre baforadas de charuto no coquetel que antecedeu um show privado da banda Titãs.
A escalação dos influentes no novo governo que passaram pelo Guarujá incluiu o economista Gabriel Galípolo, abordado nos corredores por convidados que queriam saber suas apostas para a equipe econômica. Também estavam presentes o médico Roberto Kalil, estrela dos pedidos de selfies, os advogados Marco Aurélio Carvalho, Cristiano Zanin e Pierpaolo Bottini, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), aliado de Lula. Dividiram os corredores com ministros do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça e com Gilberto Kassab (PSD).
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