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Com a instalação da CPI da Covid prevista para esta terça-feira, integrantes do governo de Jair Bolsonaro e dos partidos de oposição já se movimentam nos bastidores para tentar obter a hegemonia dentro da comissão. Por ser uma CPI com estrutura enxuta, com apenas 11 membros titulares, o grupo que garantir influência sobre seis integrantes terá maioria e dará as cartas nos trabalhos, inclusive para fazer com que ela não avance. Também terá poder para, se quiser, eleger o presidente do grupo.
Preocupado que a investigação mire diretamente as ações do governo, Bolsonaro ainda tenta implodir politicamente a CPI ou, pelo menos, ampliarcasas de apostas mais famosasação para governadores e prefeitos. Para isso, já há, também, um pedido de abertura de outra CPI com esse alcance, feito pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que já tem 33 assinaturas necessárias para apoio. Independentemente de qual CPI funcionará, o cálculo de divisão dessas vagas é igual e Bolsonaro quer montarcasas de apostas mais famosastropa de choque dentro da comissão que for instalada.
PublicidadeO problema é que essa tarefa não é simples dentro de um Senado cada vez mais multifacetado. Na Casa, os partidos se organizaramcasas de apostas mais famosasblocos parlamentares justamente para ter maior peso na divisão do comando das comissões permanentes. E isso vale também para comissões temporárias, como é o caso da CPI. O maior bloco do Senado é formado pelo MDB, PP e Republicanos. Com 24 integrantes, terá direito a três vagas de titular na CPI e duas delas já estão "reservadas" para senadores que estão no mesmo bloco, mascasas de apostas mais famosaslados políticos opostos.
O senador Renan Calheiros (AL) deverá ser indicado pelo MDB e defende ampla investigação das ações do governo federal. Já o senador Ciro Nogueira (PI) deve entrar na cota do Progressistas, partido que preside nacionalmente. Ele tem visão oposta a de Renan, e deverá ser um dos principais aliados de Bolsonaro na comissão. A terceira vaga estácasas de apostas mais famosasaberto e, possivelmente, irá para outro senador do MDB. Mas como a bancada emedebista abrange aliados e inimigos do Planalto nacasas de apostas mais famosascomposição, a escolha terá peso elevado na correlação de forças da CPI.
O segundo maior bloco é formado por PSDB, Podemos e PSL e também pode ter direito a duas ou três vagas. Isso vai depender da conta feita pela Mesa Diretora do Senado, por causa da saída do senador Romário do Podemos rumo ao PL. A tendência é que sejam duas. Se o comando nacional dos partidos decidir usarcasas de apostas mais famosasinfluência nessas indicações, a tendência é que parlamentares não alinhados ao Planalto ocupem essas vagas. Mas há grande pressão para que, pelo menos no Podemos, seja indicado um nome mais neutro. Com apenas dois senadores, o PSL deve ficar apenas com suplência na CPI.
Já o PSD, que não tem bloco com ninguém, terá duas vagas, o que garante influência grande na CPI. O presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, tem sido procurado por governo e oposição, mas deve deixar a escolha por conta da bancada no Senado, liderada por Otto Alencar (PSD-BA), político de quem é muito próximo.
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