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O clima de torcida de futebol que se intensificou na política brasileira nos últimos meses chegou ao seu ápice na noite de hoje (17) na Esplanada dos Ministérios. Após o resultado da votação na Câmara dos Deputados, que aprovou a abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, uma multidão - a maioria vestida de amarelo - explodiujogadas na roletacomemoração.
Eles gritaram, cantaram o Hino Nacional e inflaram um grande boneco do “Pixuleto”, ato que a Secretaria de Segurança do Distrito Federal havia proibido por considerar que seria um ato de provocação aos manifestantes contrários ao impeachment.
"É difícil mensurar o quão importante é esse momento. Cada cidadão presente, se manifestandojogadas na roletaprol de um país melhor é um herói nacional", disse o estudante Raphael Kita, um dos coordenadores do Vem Pra Rua, movimento que organizou o ato pró-impeachment na Esplanada. "A gente não aceita a forma como o governo lida com a situação do país hoje. A gente vai se manter vigilante sempre. Não adianta eleger alguém e não saber o que ele está fazendo. Temos sempre que saber o que ele está fazendo, independente de partido, senão o voto é jogado fora".
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Manifestantes favoráveis ao impeachment comemoram aprovação do processo na avenida Paulista
Foto: Reuters
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Manifestante contrário ao impeachment chora com resultado da votação que aprovou o impedimento da presidente Dilma
Foto: Reuters
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Milhares se reúnemjogadas na roletaBrasília para apoiar o movimento contra-impeachment
Foto: Agência Brasil
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Muro divide os manifestante pró e contra-impeachment na Esplanada dos Ministérios,jogadas na roletaBrasília (DF)
Foto: Agência Brasil
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Manifestante vibra com voto a favor do processo de impeachment durante concentração na Esplanada dos Ministérios,jogadas na roletaBrasília (DF)
Foto: Agência Brasil
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Manifestantes pró-Dilma levaram uma enorme faixa com o dizer "não vai ter golpe"
Foto: Agência Brasil
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Manifestantes contra-impeachment comemoram voto contra o processo na Câmara
Foto: Agência Brasil
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Milhares de manifestantes usando vestimentas verde e amarelas acompanham na Esplanada dos Ministérios,jogadas na roletaBrasília (DF), a votação do processo de impeachment
Foto: Agência Brasil
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Noite caíjogadas na roletaBrasília e os manifestantes pró-impeachment acompanham por um telão a votação da Câmara
Foto: Agência Brasil
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Manifestante contra o processo de impeachment chora ao acompanhar,jogadas na roletaBrasília (DF), a votação na Câmara
Foto: Agência Brasil
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Manifestantes pró-impeachment acompanhamjogadas na roletatelão na avenida Paulista a votação do impeachment
Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press
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Manifestantes contra e a favor do impeachment da presidente Dilma são separados por muro na esplanada dos ministériosjogadas na roletaBrasília
Foto: Reuters
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Membros de partidos políticos e movimentos sociais a favor do governo Dilma Rousseff protestam contra o impeachment na Praça da Matriz, no centro de Porto Alegre (RS), com direito a churrasco
Foto: José Carlos Daves/Futura Press
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Manifestantes chegam a Esplanada dos Ministériosjogadas na roletaBrasília
Foto: Adriano Machado
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Manifestantes pró-impeachment carregam faixajogadas na roletaBrasília
Foto: Adriano Machado
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Manifestante contra impeachment pinta corpo
Foto: Antonio Lacerda
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Eduardo Suplicy participa de manifestação contra impeachment no Rio
Foto: Antonio Lacerda
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Manifestantes contra impeachment de Dilma tomam Copacabana
Foto: Antonio Lacerda
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Manifestantes contra (vermelho) e pró (verde-amarelo) sacodem bandeiras juntos de alto de prédio no Rio
Foto: Antonio Lacerda
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Em Copacabana, manifestante contra impeachment circula com galo
Foto: Pilar Olivares
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Manifestante pró-impeachment carrega bandeira do Brasiljogadas na roletaCopacabana
Foto: Antonio Lacerda
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Prédio carioca expõe faixa contra deputado Eduardo Cunha
Foto: Antonio Lacerda
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Manifestantes contra impeachment carregam máscara de Lula
Foto: Antonio Lacerda
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Muro montadojogadas na roletaBrasília separa manifestantes pró e contra impeachment da presidente Dilma
Foto: Fernando Bizerra Jr
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Barco pró-impeachment no mar de Copacabana, Rio de Janeiro
Foto: Ricardo Moraes
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Turistas observam manifestaçõesjogadas na roletaterraço de hotel no Rio de Janeiro
Foto: Antonio Lacerda
Pelo telão Por volta das 23h, quando o voto “sim” do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) contabilizou os 342 suficientes para abrir o processo de impeachment, a Esplanada recebia cerca de 50 mil manifestantes a favor do impedimento, segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Divididos por um muro e observados por 5 mil policiais que fazem a segurança da área, os manifestantes contra e a favor do impeachment acompanharam por telões colocados dos dois lados.
Do lado pró-impeachment, muita vibração a cada "sim" proferido pelos deputados no plenário. A cada voto "não", vaias eram ouvidas. Durante a votação, a multidão estava concentrada, olhando atentamente aos telões.
Se a posição da maioria dos Deputados se repetir no Senado, significará o segundo impeachment de um presidente do Brasil. Agora, o processo será encaminhado ao Senado, para apreciação naquela Casa. Os senadores já começaram as articulaçõesjogadas na roletaprol da aceitação ou não do processo de afastamento de Dilma Rousseff.
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O servidor público Paulo Tanner, 28, participou de todos os grandes atos pelo impeachment. Para ele, as pessoas estão mais conscientes do seu papel na sociedade e das responsabilidades dos governantes. "Acho que o povo finalmente tomou consciência e está indo às ruas contra esse estado de coisas que a esquerda nos colocou. Acho que a luta vai continuar por muitos anos, tirar o PT é só o primeiro passo. A gente precisa de todo um movimento de renovação".
Para Tanner, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que chegou a sofrer manifestações de rejeição do grupo pró-impeachment durante a sessão, sofrerá as sanções necessárias sem necessidade de manifestações semelhantes. "Se o Cunha tem problema na Justiça, ele vai ser investigado. Acho que a saída do Cunha vai se dar de outro modo, por outros motivos, acho que não precisaremos ir às ruas. Se ele estiver devendo, ele vai sair".
Lamentos Como também é típico de decisões esportivas, enquanto um lado comemora, outro lamenta. Divididajogadas na roletadois, a Esplanada testemunhou também a frustração dos defensores do mandato de Dilma.
Os apoiadores do governo Dilma Rousseff, que chegou a juntar 26 mil pessoas, segundo a PMDF, se dispersava à medida que o tempo passava. Alguns foram embora antes mesmo do resultado final da votação na Câmara. Um núcleo fiel, no entanto, acompanhou até o final a votação que, segundo eles, se configura um "golpe".
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De acordo com determinação da PMDF, o lado considerado "derrotado" terá que deixar a Esplanada antes, para evitar confronto com grupos contrários.