mr jack bet código afiliado-Dallagnol: Corrupção não é exclusiva de governos ou partidos

22 jun 2016 - 13h24
O procurador da República, coordenador da Força Tarefa do Ministério Público Federal na Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol,mr jack bet código afiliadodebate na Comissão Geral da Câmara dos Deputados
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Foto: Agência Brasil

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O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jatomr jack bet código afiliadoCuritiba (PR), o procurador da República Deltan Dallagnol, disse hoje (22) na Câmara dos Deputados, que a corrupção no Brasil é "histórica, endêmica, sistemática e se arrasta ao longo das últimas décadas". O procurador participou de debate na Casa sobre o projeto de lei (PL 4.850/16) que reúne as 10 medidas contra a corrupção sugeridas pelo Ministério Público.

Dallagnol destacou que o crime de corrupção não é exclusividade de um determinado partido ou governo e atribuiu à impunidade um dos principais fatores de estímulo a este tipo de prática. "No Brasil a punição da corrupção é uma piada de mau gosto. A punição começa com dois anos e a pessoa acaba prestando serviços à sociedade e vai doar cestas básicas. Estamos expostos a nossos inimigos", disse, ao citar estudo da Fundação Getúlio Vargas que aponta que a probabilidade de puniçãomr jack bet código afiliadocasos de corrupção é de 3%.

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O procurador disse que há, no Brasil, um sistema "desfuncional" que opera contra o pobre, mas não contra pessoas influentes
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"Minha vida é uma vida de sofrimento com a corrupção e de insucesso na luta contra a corrupção", lamentou, ao citar casosmr jack bet código afiliadoque atuou, como o de desvio de bilhões de dólares no caso Banestado,mr jack bet código afiliadoque várias penas deixaram de ser aplicadas contra autoridades por terem prescrevido ou ainda aguardarem decisão da Justiça.

Segundo Dallagnol,mr jack bet código afiliadoexperiênciamr jack bet código afiliadosituações como estas,mr jack bet código afiliadoque os resultados não se concretizam com a prisão de responsáveis por irregularidades, não é "única, mas é regra. "Tenho centenas de colegas por todo o País que vivem e experimentam a impunidade das pessoas influentes". Na opinão do procurador, há, no Brasil, um sistema "desfuncional" que opera contra o pobre, mas não contra pessoas influentes.

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), autorizou a instalação de uma comissão especial para analisar a matéria
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Primeiro convidado a falar na Comissão Geral da Câmara, Dallagnol citou levantamentos que estimam o desvio de R$ 200 milhões,mr jack bet código afiliadodecorrência de crimes de corrupção no País. Segundo ele, estes valores poderiam triplicar os investimentos federaismr jack bet código afiliadosaúde,mr jack bet código afiliadoeducação "ou quintuplicar o que se investemr jack bet código afiliadosegurança pública na federação inteira. "Poderíamos ter um País muito melhor", afirmou. Ele lembrou que quanto maiores os índices de corrupção, menores são os de desenvolvimento econômico e social. "É uma assassina sorrateira, invisível e de massa. Se disfarçamr jack bet código afiliadoburacos nas estradas, remédios vencidos, crimes de rua e pobreza", ressaltou.

Projeto

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O projeto de lei, com as colaborações do Ministério Público, recebeu mais de 2,2 milhões de assinaturas, desde que foi lançado,mr jack bet código afiliadomarço deste ano. Na última semana, o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), autorizou a instalação de uma comissão especial para analisar a matéria, mas líderes partidários ainda não indicaram os nomes dos 30 titulares e outros 30 suplentes que integrarão o colegiado.

Conhecido como "10 medidas contra a corrupção", o projeto reúne 20 propostas de alterações legislativas para aprimorar a legislação de combate a este tipo de crime, incluindo a criminalização do enriquecimento ilícito, aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores e medidas para garantir celeridade nas ações de improbidade administrativa.

Também participaram do evento os procuradores Thamea Danelon Valiengo, Deltan Dallagnol, Thiago Lacerda Nobre, Carlos Fernando dos Santos Lima e o subprocurador da República Nicolao Dino
Foto: Agência Brasil

Dallagnol destacou que as medidas têm como foco trazer punição adequada que "saia do papel", criar instrumentos para a recuperação do dinheiro desviado e criar uma consciência sobre os prejuízos gerados pela corrupção. "As punições se aplicam para o futuro", disse, lembrando que o objetivo é que "possamos evitar que se repitam, e que sucessivos escândalos aconteçam no futuro", afirmou, reforçando que as medidas são apartidárias "porque corrupção é apartidária no Brasil".

Também participaram do evento os procuradores Thamea Danelon Valiengo, Deltan Dallagnol, Thiago Lacerda Nobre, Carlos Fernando dos Santos Lima e o subprocurador da República Nicolao Dino

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Agência Brasil

Fontes de referência

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