vai de bet apk-Janot denuncia Lula e pede investigação contra Dilma, Aécio e Cunha: Entenda o que há contra cada um

3 mai 2016 - 19h39
(atualizadovai de bet apk4/5/2016 às 07h46)
Procurador que investigar Cunha e Aécio e incluir Lula no principal inquérito da Lava Jato
Procurador que investigar Cunha e Aécio e incluir Lula no principal inquérito da Lava Jato
Foto: Agência Brasil

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Quase 50 dias após a homologação da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), Rodrigo Janot, procurador-geral da República, deu início à entrega dos pedidos de abertura de inquérito contra políticos implicados pelo parlamentar.

E, na noite desta terça, segundo a imprensa, Janot ofereceu denúncia contra Luiz Inácio Lula da Silva ao STF - se a denúncia for aceita, o ex-presidente viraria réu.

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Como esses personagens têm foro privilegiado – são congressistas e ministros –, o Ministério Público precisa pedir ao Supremo Tribunal Federal autorização para investigá-los. Isso, porém, não significa que eles sejam considerados culpados, mas sim que Janot viu indícios de crimes e acredita ser necessário apurar melhor as acusações.

A lista de pedidos de investigação inclui a presidente Dilma Rousseff, os ministros petistas Edinho Silva (Comunicação Social) e José Eduardo Cardozo (Advocacia Geral da União), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos principais líderes da oposição, o deputado Marco Maia (PT-RS) e o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Vital do Rego, que até pouco tempo era senador pelo PMDB.

Janot pediu ainda para incluir Lula e outros políticos e executivos no inquérito principal da Lava Jato. Sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros caciques peemedebistas, pediu que as citações fossem incluídasvai de bet apkinquéritos dos quais já são alvo.

A BBC Brasil preparou um breve guia para entender as acusações de Delcídio e o que esses políticos dizem a respeito – todos negam a prática de crimes. Confira:

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Delação premiada de Delcídio do Amaral causou apreensão no mundo político
Foto: Marcos Oliveira / Ag. Senado

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1. O fator Delcídio

Líder do governo até ser preso, o senador tinha bom trânsito inclusive entre a oposição. Prova disso é a sessão do Senado que discutiu se ele deveria continuar na cadeia: não raro, parlamentares de diferentes partidos elogiaram a atuação dele até os fatos revelados naquele fatídico 25 de novembro de 2015.

Delcídio foi detido sob a acusação de atuar para atrapalhar as investigações da operação Lava Jato, o que configuraria crime flagrante inafiançável – única previsão legal para que um parlamentar possa ser encarceradovai de bet apkpleno exercício do mandato.

Uma gravação mostrava o então petista se oferecendo para ajudar Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, a fugir do país, a pagar uma mesada a ele e articularvai de bet apksoltura junto a ministros do STF. O executivo o acusava de ter recebido propina do esquema de corrupção descoberto na estatal.

O senador ficou quase três meses preso – passou as festas de fim de ano na cadeia, inclusive. Diante da força das acusações contra ele, e de um sentimento de abandono por parte de seu partido, ele decidiu colaborar com a Justiçavai de bet apktroca de uma pena menor. A homologação da delação ocorreuvai de bet apkmarço.

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Ao mesmo tempo, o Conselho de Ética do Senado aprovou nesta terça a cassação do mandato de Delcídio. O plenário dará a palavra final.

Aécio afirma que investigações mostrarão "correção davai de bet apkconduta"
Foto: Moreira Mariz / Ag. Senado

2. Sobre Lula e Dilma

Na noite desta terça, Janot ofereceu denúncia contra Lula ao Supremo Tribunal Federal, que então decidirá se o ex-presidente virará ou não réu na Lava Jato.

Janot ainda pediu para incluir Lula e uma série de outros políticos, incluindo ex-ministros, no inquérito principal da Lava Jato, aquele que apura se uma organização criminosa atuou na Petrobras.

No fim da noite, a imprensa noticiou que o procurador-geral pediu autorização para investigar Lula, Dilma e Cardozo por suspeita de tentar interferir nas investigações da Operação Lava Jato.

Emvai de bet apkdelação, Delcídio afirmou que o ministro Aloizio Mercadante (Educação), um dos auxiliares mais próximos da presidente, procurou assessores seus com o intuito de que não fechasse o acordo de colaboração premiada com as autoridades e ofereceu ajuda petista para o pagamento de advogados.

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Lula já é alvo de pedido de Janot; Dilma, ainda não
Foto: Getty / BBC News Brasil

Segundo o senador, Mercadante atuava como um emissário de Dilma. O ministro ainda teria afirmado que intercederia por ele junto ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, afirmou Delcídio.

A presidente também foi acusada de nomear um ministro para o Superior Tribunal de Justiça com a intenção de beneficiar réus da Lava Jato, e, dessa forma, interferir no andamento da Lava Jato.

O senador mencionou que Lula teria agido no mesmo sentido. As interceptações telefônicas divulgadasvai de bet apkmarço pelo juiz Sergio Moro, responsável pela operação na primeira instância, podem ser usadas como argumento para uma investigação contra ele e a presidente.

A Presidência da República disse anteriormente,vai de bet apknota, que a delação premiada de Delcídio consistevai de bet apk"inverdades e absurdos", sem qualquer base de realidade.

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Dilma chegou a classificar,vai de bet apkpronunciamento, a fala do senador como um "imoral e mesquinho desejo de vingança e de retaliação de quem não defendeu quem não poderia ser defendido pelos atos que praticou".

Em nota à época da revelação das acusações de Delcídio, o Instituto Lula divulgou nota afirmando que o ex-presidente "jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, seja nos fatos investigados pela Lava Jato, ouvai de bet apkqualquer outro, antes, durante ou depois de seu governo”.

3. As acusações contra Aécio

Segundo colocado nas últimas eleições presidenciais, o senador mineiro é alvo de dois pedidos de investigação baseados na fala de Delcídio:

Furnas: O delator disse ter conhecimento da existência de um esquema de corrupção na hidrelétrica, do qual Aécio teria sido beneficiário. E que,vai de bet apkconversa com o então presidente Lula, ouviu que o tucano lhe pediu a permanência de um diretor na estatal – que, apontou Delcídio, viria a ser justamente o operador de tal esquema.Mensalão: Delcídio ainda acusou Aécio de agir para a maquiagem de dados do Banco Rural obtidos pela CPI dos Correios,vai de bet apk2005. Segundo ele, o tucano, então governador de Minas, estava incomodado porque tais informações atingiriam pessoas próximas a ele, mais tarde implicadas no escândalo que ficou conhecido como mensalão tucano.

Em nota divulgada porvai de bet apkequipe, Aécio, que é presidente do PSDB, diz considerar "absolutamente natural e necessário que as investigações sejam feitas", uma vez que elas irão demonstrar, "como já ocorreu outras vezes, a correção davai de bet apkconduta".

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O texto lembra que o próprio senador defendeu, à época da homologação da delação de Delcídio, que fossem abertas investigações. "Como o próprio senador Delcídio declarou recentemente, as citações que fez ao nome do senador Aécio foram todas por ouvir dizer, não existindo nenhuma prova ou indício de qualquer irregularidade", afirma a nota.

Eduardo Cunha e Renan Calheiros também foram citados por Delcídio
Foto: Agência Brasil

4. As suspeitas sobre a cúpula do Congresso

Os presidentes da Câmara e do Senado também são alvo de novas ações da Procuradoria-Geral:

Em nota enviada à imprensa, Cunha acusou Janot de ser "despudoradamente seletivo". Segundo ele, se o critério fosse "a citação na delação" de Delcídio, o procurador-geral deveria ter pedido a abertura de inquérito para investigar Dilma.

Os demais parlamentares negam a prática de crimes.

Ministro Edinho Silva (à esq.) e deputado Marco Maia, ambos do PT, podem ser investigados
Foto: Ag. Brasil / Ag. Camara

5. Os petistas Edinho Silva e Marco Maia

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência foi acusado por Delcídio de, como tesoureiro de Dilma à reeleição,vai de bet apk2014, orientar o recebimento de dívidas de campanha por meio de uma empresa farmacêutica.

Para Janot, "os fatos narrados indicam que os valores indevidos a serem entregues aos destinatários passariam por processos de ocultação e dissimulação".

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"Sempre agi de maneira ética, correta e dentro da legalidade. As afirmações do senador Delcídio Amaral são mentiras escandalosas", respondeu Edinho,vai de bet apknota. "Jamais orientei o senador a 'esquentar' doações e jamais mantive contato com as mencionadas empresas, antes ou durante a campanha eleitoral", completou.

Outro petista que pode virar alvo de investigação é o deputado petista Marco Maia. Emvai de bet apkdelação, Delcídio acusa ele e o então senador peemedebista Vital do Rêgo, hoje ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), de terem cobrado "pedágio" para evitar convocações de empresários na CPMI (comissão mista, que incluía senadores e deputados) da Petrobras,vai de bet apk2014.

Em nota divulgada pelo TCU, Vital afirmou reiterar seu "repúdio às ilações", classificadas como "desprovidas de qualquer verossimilhança". Maia chamou as acusações de "mentira deslavada". "Utilizarei de todas as medidas legais para que a verdade seja estabelecida", completou, tambémvai de bet apknota.

Todos negam a prática de crimes e já questionaram, por várias vezes, a credibilidade da fala de Delcídio.

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Fontes de referência

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