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BRASÍLIA - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (30) ao Estadão/Broadcast que vê um "ambiente conflituoso" que "gera insegurança" na atual conjuntura política do País.
O tribunal retoma suas atividades na próxima quinta-feira (1), quando vai decidir se confirma ou não a liminar do ministro Luís Roberto Barroso, que suspendeu trecho de uma nova medida provisória que transferia a demarcação de terras indígenas para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
PublicidadeMarco Aurélio disse à reportagem que não poderia se pronunciar sobre as últimas declarações do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou nesta terça-feira que não existem documentos que possam comprovar como se deu a morte do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, durante a ditadura militar. Bolsonaro ainda questionou a veracidade dos documentos produzidos pela Comissão Nacional da Verdade, criada pela ex-presidente Dilma Rousseff.
Felipe é filho de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, integrante do grupo Ação Popular (AP), organização contrária ao regime militar. Ele foi preso pelo governobetpix365 instagram1974 e nunca mais foi visto. Em 2012, no livro "Memórias de uma guerra suja", o ex-delegado do Dops Cláudio Guerra revelou que o corpo de Fernando foi incinerado no forno de uma usina de açúcarbetpix365 instagramCampos.
"Eu sou amplamente a favor da liberdade de expressão e não sugeri colocar mordaçabetpix365 instagramque quer seja, muito menos no presidente da República. Você não pode, a priori, antecipadamente proibir alguém de veicular ideias. De início, não pode proibir. Jamais preconizei censura. Sou a favor da liberdade de expressão, de manifestação. Quem precisa de mordaça sou eu", disse Marco Aurélio Mello à reportagem, enquanto cuidava de processos embetpix365 instagramcasa,betpix365 instagramBrasília.
"Estaria sendo leviano se me pronunciasse (sobre a fala do presidente) porque não vi o que ele disse exatamentebetpix365 instagramque contexto. Agora, tudo que vem de cima tem uma repercussão muito grande - e a fala é do presidente da República. Se fosse de alguém da esquina, um cidadão comum, não teria importância. O que o presidente da Republica diz repercute muito", completou o ministro.
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