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Um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o jurista Miguel Reale Jr. fez duras críticas ao atual presidente, Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira. Em entrevista à Rádio Guaíba, Reale se mostrou indignado com as declarações recentes de Bolsonaro, que atingiram o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz.
“Estamos, realmente,eu quero girar a roletaum quadro de insanidade da mais absoluta. Não é mais caso de impeachment, mas de interdição”, disparou Reale. “É um fato gravíssimo. Há mais de um ano, disse que quem fosse democrata não deveria votar no Bolsonaro”, completou.
PublicidadeO jurista também prestou solidariedade ao presidente da OAB e afirmou que a fala de Bolsonaro “ofendeu todos que prezam pelos direitos humanos”. Reale ainda relembrou o discurso feito por Bolsonaro no voto pelo impeachment de Dilma, quando homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe do DOI-Codi do II Exército,eu quero girar a roletaSão Paulo, durante a ditadura militar.
Polêmica
A nova polêmica envolvendo o presidente da República começou na manhã desta segunda-feira, quando Bolsonaro comentava a investigaçãoeu quero girar a roletatorno de Adélio Bispo, responsável por esfaquear o então candidato à presidência, no ano passado. Insatisfeito com a atuação da OAB no caso, que teria impedido a Polícia Federal (PF) de acessar o telefone de um dos advogados de Adélio, Bolsonaro questionou a entidade.
“Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados? Qual a intenção da OAB?”, afirmou Bolsonaro, que atacou Santa Cruz na sequência. “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade, mas eu conto.”
Segundo Bolsonaro, o pai de Felipe, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, que foi integrante do grupo de esquerda Ação Popular durante a ditadura militar, teria sido morto por membros do movimento. Por outro lado, relatório feito pela Comissão Nacional da Verdade aponta Fernando Augusto como desaparecido político, afirmando que ele foi preso e assassinado pelo Estado brasileiro.
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