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Após as investigações acerca da trama golpista, a Polícia Federal concluiu que o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Jair Bolsonaro (PL), desempenhou "papel de liderança" no planejamento e execução de ações para deslegitimar o processo eleitoral brasileiro e enfraquecer o regime democrático.
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Entre os elementos encontrados pela PF durante a investigação, estão anotações manuscritas apreendidas na residência de Heleno, que descrevem uma "comunhão de esforços" para confrontar ordens judiciais consideradas desfavoráveis ao grupo político.
PublicidadeSegundo os policiais federais, os integrantes da organização criminosa planejavam mecanismos para intimidar autoridades do sistema de persecução penal, com o objetivo de interromper investigações contra membros do grupo.
De acordo com o relatório, esses esforços incluíam a criação de pareceres administrativos que declarassem ordens judiciais como inconstitucionais, atribuindo à Advocacia-Geral da União (AGU) um papel de revisor de decisões judiciais — algo que contraria as normas estabelecidas pela Constituição Federal de 1988.
A PF classificou essas estratégias como "aberrações jurídicas", ressaltando que se tratava de uma tentativa de "subverter a ordem jurídica" por meio de argumentos sem base legal. O texto reforça que a AGU, conforme a Constituição, não tem competência para declarar a inconstitucionalidade de decisões judiciais, tampouco para obrigar que instituições como a Polícia Federal deixem de cumprir essas determinações.
"Tal intento, visava obstar a Polícia Federal de exercer seus deveres constitucionais, no cumprimento de determinações judiciais contra seu grupo político e apoiadores. O caminho seria através do Ministério da Justiça acionar a AGU", afirmou a corporação no relatório final da investigação.
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