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Cotado para chefiar o Ministério da Educação, Carlos Alberto Decotelli da Silva foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como doutor pela Universidade Nacional de Rosário, na Argentina. Como afirmado pelo próprio reitor da instituição ao Estadão, o título atribuído a Decotelli era falso e o curso nunca foi concluído. Esse, entretanto, não é o primeiro caso de "currículo inflado" no governo.
Se realmente assumir a cadeira do MEC, Decotelli será o terceiro nome consecutivo do ministério cujo currículo apresenta divergências com a realidade. E, apesar de invicta nesse quesito, a pasta não é a única chefiada por pessoas com inconsistências bibliográficas. A prática tampouco é privilégio da administração de Bolsonaro no governo federal, e já foi provadajogo penalti apostagovernadores, prefeitos e ex-presidente.
Abaixo, relembre outros casos de figuras públicas que mentiram no currículo:
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Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação
O sucessor de Decotelli na cadeira do MEC foi apresentado pelo presidente como doutor e professor universitário "de ampla experiênciajogo penalti apostagestão". Entretanto, Abraham Weintraub nunca recebeu título de doutor por nenhuma universidade, como mostrou reportagem da revista Época.
Após o erro ter sido apontado, Bolsonaro retificou a informaçãojogo penalti apostasuas redes sociais. Mas essa não era a única inconsistência no currículo do ministro e,dias depois, ele foi acusado de se "autoplagiar" publicando o mesmo artigojogo penalti apostamais de uma revista.
Corrigindo: Abraham possui mestradojogo penalti apostaAdministração na área de Finanças pela FGV e MBA Executivo Internacional pelo OneMBA, com título reconhecido pelas escolas: FGV/Brasil, RSM/Holanda, UNC/Estados Unidos, CUHK/China e EGADE-ITESM/México.
O primeiro ministro da Educação no governo Bolsonaro contava com pelo menos 22 informações falsasjogo penalti apostaseu currículo, de acordo com levantamento do Nexo. Em março de 2019, Vélez tinha atribuído a si mesmo a autoria de livros que não foram escritos por ele, e listou artigos publicadosjogo penalti apostaperiódicos sem reconhecimento científico.
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Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
Antes de se unir ao governo de Jair Bolsonaro como ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a então palestrante Damares Alves se apresentava como "advogada", "mestrejogo penalti apostaeducação", "em direito constitucional" e "direito da família". Em janeiro de 2019, entretanto, ela confessou à Folha de S. Paulo que os títulos não foram conquistadosjogo penalti apostauma universidade, mas simjogo penalti apostaleituras da bíblia. "Nas igrejas cristãs é chamado mestre todo aquele que é dedicado ao ensino bíblico", afirmou.
Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente
Ao contrário do que dizia, o atual ministro do Meio Ambiente nunca foi sequer matriculado como aluno de mestrado na Universidade de Yale, uma das mais concorridas nos EUA. A informação inicial constavajogo penalti apostaum artigo assinado pelo próprio Ricardo Salles na Folha de S. Paulo e foi usada durantejogo penalti apostaparticipação no programa Roda Viva, mas desmentida posteriormentejogo penalti apostareportagem do The Intercept Brasil. Questionado, o ministro culpoujogo penalti apostaassessoria de imprensa pelo erro.
Dilma Rousseff, ex-presidente
Quando ainda era pré-candidata à presidência,jogo penalti aposta2009, o currículo da então ministra da Casa Civil contava com um mestrado e um doutoradojogo penalti apostaciência econômicas pela Unicamp. As informações, replicadas na Plataformas Lattes, eram falsas. Apesar de ter estudado na universidade após o bacharelado na UFRGS, Dilma Rousseff não chegou a concluir os cursos.
Wilson Witzel, governador do Rio
Harvard também foi a instituição escolhida por Wilson Witzel (PSC) para inflar seu currículo Lattes, onde ele afirmava que parte do seu doutorado na Universidade Federal Fluminense (UFF) foi cursado na instituição dos EUA. Entretanto, a informação era falsa e foi denunciada pelo jornal O Globo.
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Questionada, a assessoria do ex-juiz federal negou que houvesse erro no currículo, mas admitiu que iria corrigir a informação. "Em seu projeto inicial de doutorado, ele incluiu a possibilidade de aprofundar os estudosjogo penalti apostaHarvard, projeto interrompido pela campanha ao governo do Estado,jogo penalti aposta2018, quando se encerraram as inscrições para a universidade norte-americana (....). Quando o governador iniciou o doutorado atuava como juiz federal e não tinha como prever que o projeto de estudarjogo penalti apostaHarvard poderia ser adiadojogo penalti apostarazão da eleição", justificou.
Marcelo Crivella, prefeito do Rio
A nível municipal no Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) também alegou ser doutorjogo penalti apostaEngenharia Civil pela Universidade de Pretória, na África do Sul, sem nunca ter estudado lá. A informação foi verificada pela Agência Lupa e confirmada pelo ex-bispo, que alegou ter apenas revalidado seu diploma brasileiro na instituição.
Mesmo após a retratação,jogo penalti apostapassagem falsa pela Universidade de Pretória continuou na biografia de Crivella no site da Prefeitura do Rio até 2019.