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O procurador da República Roberson Pozzobon, membro da força-tarefa da Operação Lava Jatojogos com bonusCuritiba, disse ao Estado nesta quinta-feira, 24, que a proposta do Banco Central (BC) que altera as regras de monitoramento de transações bancárias de políticos e seus parentes torna mais difícil a fiscalização e o desmantelamento da cadeia de lavagem de dinheiro. Na avaliação do procurador, retirar a classificação de parentes ou pessoas próximas de políticos do rol de pessoas politicamente expostas "seria uma involução".
A proposta, que ainda estájogos com bonusconsulta pública, foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quinta e, segundo a reportagem, traz regras menos rígidas para controle de transações feitas por parentes de políticos. Em nota, o BC negou que a ideia seja afrouxar o controle, mas sim torná-lo mais rígidos, abrangentes e eficientes.
Publicidade"Quando você exclui familiares do círculo de pessoas politicamente expostas - irmãos, filhos, parentes, esposa, marido - de agentes públicos ou políticos que ocupam cargos estratégicos e que podem ser cooptados para a corrupção você está dificultando a investigação da lavagem de dinheiro", disse ao Estado. O procurador participa do 3º Fórum Jurídico de Combate à Corrupção, que está sendo realizado desde terça-feira, 22,jogos com bonusBrasília.
Pozzobon explica que a investigação de atos de lavagem de dinheiro demanda uma análise do ciclo de relacionamento dos indivíduos. O procurador conta que a investigação apura as pessoas que estão ao redor de agentes públicos ou políticos beneficiários da corrupção para averiguar se elas estão recebendo recursos ilícitos. "Porque eles não vão receber nas suas próprias contas correntes ou nas de suas empresas diretas, então eles colocam laranjas, colocam familiares, colocam pessoas de confiança do círculo íntimo para receber os valores."
Pozzobon também destacou que a proposta ainda estájogos com bonusfase de consulta pública e que será importante ouvir as justificativas que serão posteriormente apresentadas. "Nesse aspecto particular, acho que o caso seja de reconsiderar e manter o texto atual. Agora está para debate. Mas foi muito bom ter sido ventilado pela imprensa e debatido porque as críticas vêm e vamos ver quais as justificativas que serão apresentadas pelos próprios redatores."
Um outro investigador ouvido reservadamente pela reportagem considerou a proposta danosa e avaliou que ela caminha no sentido contrário do que tem sido orientado pelo Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi).
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