aposta ganha telefone-Tentativas de soltar Lula mostram 'caos jurídico' e 'politização' do Judiciário, diz ex-presidente do STJ e TSE

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"Em um pedido desta envergadura, que não traz novidades por tratar de um réu que está preso há bastante tempo, e sem fato novo, a posição do desembargador foi implausível", considera Gilson Dipp.
8 jul 2018 - 22h16
(atualizadoaposta ganha telefone9/7/2018 às 09h21)
Durante o domingo, houve três mandados de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Durante o domingo, houve três mandados de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: AFP / BBC News Brasil

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O turbilhão gerado pelas sucessivas tentativas de soltar o ex-presidente Lula ao longo deste domingo causa "estragos" ao explicitar uma guerra jurídica e ideológica que é "ruim para o Judiciário e ruim para o cidadão", afirma Gilson Dipp, ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em entrevista à BBC News Brasil, Dipp afirma que o desembargador Rogerio Favreto, plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), extrapolouaposta ganha telefonecompetência ao deliberaraposta ganha telefoneregime de urgência sobre a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma matéria "de alta indagação que está sendo discutida nas cortes superiores".

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"A decisão não está incorreta, já que ele (na competência de desembargador plantonista) pode dar uma liminar e o juiz ter que cumprir. Masaposta ganha telefoneum pedido desta envergadura, que não traz novidades por tratar de um réu que está preso há bastante tempo, e sem fato novo, a posição do desembargador foi implausível", considera Dipp, que já foi presidente do TRF-4.

Na noite deste domingo o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, tomou decisão que, na prática, mantém o ex-presidente Lula na prisão. O despacho ocorre após o desembargador plantonista, Rogerio Favreto, determinar três vezes ao longo do dia a soltura de Lula. O ex-presidente e pré-candidato à Presidência está presoaposta ganha telefoneCuritiba desde abril, cumprindo sentença após condenaçãoaposta ganha telefonesegunda instância pelo TRF-4 a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionado ao caso do tríplex de Guarujá.

"É temerário um plantonista de fim de semana decidir sobre uma matéria que já vem sendo contemplada há muito tempo por tribunais superiores. Isso contribui para um desgaste muito grande do Judiciário, das instâncias inferiores às superiores", afirma o jurista.

Para Dipp, o roteiro de mandos e desmandos deste domingo levou a um momento "impensável no Judiciário", uma sequência de decisões incoerentes "que nunca viaposta ganha telefoneminha vida até agora".

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Lula está preso há 93 dias na Polícia Federalaposta ganha telefoneCuritiba, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Foto: AFP / BBC News Brasil

"É o caos jurídico e a politização do Judiciário de forma exacerbada. Não importa quem tenha razão", considera Dipp. A seu ver, a contradição entre decisões tomadas por ministros do STF está se refletindo nas instâncias inferiores. "O filho imita o pai."

Dipp afirma, no entanto, que as tentativas da defesa de um réu de entrar com pedidosaposta ganha telefonedias de plantonistas tidos por mais "garantistas" e voltados aos direitos do cidadão, na expectativa de que emitam decisões mais favoráveis ao réu, "fazem parte do jogo" e são "legítimas" como estratégia jurídica.

Em março, a condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro na primeira instância foi confirmada por três desembargadores do TRF-4, e o STF negou o pedido de habeas corpus a Lula até que o processo transitasseaposta ganha telefonejulgado e passasse por todos os recursos cabíveis antes da execução da sentença de prisão. Na última sexta-feira, os deputados federais Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, do PT, apesentaram pedido de habeas corpus no TRF-4, contemplado no domingo pelo desembargador Rogério Favreto.

Apesar de ser favorável à interpretação de que a sentença só deveria ser executada após trânsitoaposta ganha telefonejulgado, entretanto, Dipp frisa tratar-se de matéria que tem sido longamente examinada, contemplada pelo STJ e pelo STF, e considera que Favreto "desbordou" deaposta ganha telefonecompetência.

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Neste domingo, o desembargador Rogerio Favreto decidiu soltar Lula três vezes
Foto: TRF4 / BBC News Brasil

"Ele (Favreto) não deveria ter entrado nesse mérito. Isso causa um tumulto jurídico e uma guerra ideológica no direito penal. É uma politização do Judiciário levada ao extremo", diz, ressaltando a importância de decisões judiciais se manterem coerentes e não despertarem dúvidas sobre se devem ou não ser cumpridas.

Após o primeiro despacho de Favreto, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federalaposta ganha telefoneCuritiba, revidou com um despacho afirmando que o desembargador não teria competência para mandar soltar o ex-presidente, gerando um impasse.

Petistasaposta ganha telefonevigíliaaposta ganha telefonefrente à Polícia Federalaposta ganha telefoneCuritiba
Foto: Ricardo Stuckert / BBC News Brasil

Embate e confusão

As primeiras notícias sobre a possível libertação de Lula surgiram por volta de meio dia deste domingo, com base num despacho publicado horas antes: às 9h, o desembargador plantonista José Favreto decidiu favoravelmente a um pedido de habeas corpus formulado pelos deputados petistas Wadih Damous (RJ), Paulo Teixeira (SP) e Paulo Pimenta (RS). Os três apresentaram o pedido na noite da última sexta-feira.

Pouco antes das 13h, o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federalaposta ganha telefoneCuritiba publicou um despacho no qual dizia não ser papel de Favreto decidir a respeito de Lula. Minutos depois do despacho de Moro, Favreto voltou à carga, ordenando à Polícia Federal que soltasse lula imediatamente. Perto das 16h, João Gebran atendeu ao pedido de Moro e falou nos autos sobre o caso. Relator da Lava Jato na 2ª Instância, Gebran argumentou que, como a decisão de prender Lula era da 8ª Turma do Tribunal (formada por ele, Victor Laus e Leandro Paulsen), não cabia a Favreto mandar soltar o ex-presidente Lula.

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Então, às 16h12, Favreto lançou uma terceira decisão com o objetivo de soltar o ex-presidente Lula.

Na tarde deste domingo, o desembargador João Gebran Neto chegou a suspender habeas corpus dado a Lula por seu colega, Rogerio Favreto
Foto: TRF4 / BBC News Brasil

"Ele (o Favreto) está se expondo, porque corre o risco de a ordem não ser cumprida, mas a essa altura só lhe resta ir até o fim mesmo", diz Dipp, afirmando que o não-cumprimento da ordem judicial gera uma situação insólita, já que, emaposta ganha telefonevisão, uma ordem judicial é para ser cumprida ou derrubada imediatamente pelos recursos cabíveis.

"Um desembargador com a mesma hierarquia não pode reformar a decisão de um colega de plantão. Ele (Gebran Neto) teria que esperar até segunda, quando cessa o plantão", diz. "Mas aí o Lula poderia ser solto. O Ministério Público, o TRF-4, a Polícia Federal querem o Lula solto?" , questiona.

Dipp afirma também que, no imbróglio observado nas decisões judiciárias neste domingo. o próprio Moro extrapolouaposta ganha telefonecompetência ao questionar o desembargador. "Juizaposta ganha telefoneprimeiro grau não tem que discutir competência do tribunal. Ponto. Quem tem que dizer se o desembargador extrapolou suas competências ou não são os órgãos superiores a ele", afirma.

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Fontes de referência

  1. como jogar na aposta esportiva
  2. roleta de objetos
  3. fluminense fortaleza palpite

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