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O que estão compartilhando: vídeoaposta esportiva estratégiaque o pastor Lamartine Posella parece falar sobre como ele teria recuperado a visão usando um medicamento natural chamado Oculiv depois de ter sido diagnosticado com catarata. No início da gravação, a apresentadora Ana Maria Braga parece falar que estaria utilizando o mesmo produto e afirma que teria ajudado a enxergar novamente letras da Bíblia e receitas.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Duas ferramentas de detecção de uso de inteligência artificial apontaram que a voz das duas personalidades foi clonada usando a tecnologia. A peça verificada utiliza trechos de participações da apresentadora da TV Globo e do pastoraposta esportiva estratégiapodcasts para divulgar um produto que não está registrado ou notificado na base de dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
PublicidadeA imagem de Ana Maria foi extraída da participação no podcast Podpah,aposta esportiva estratégiajunho deste ano, enquanto a de Posella foi retirada de um episódio do podcast Inteligência Ltda,aposta esportiva estratégianovembro de 2022. Nos dois vídeos, não há qualquer menção a tratamentos para doenças oculares.
Em buscas por informações sobre o tratamento divulgado, a reportagem encontrou o texto do suposto relato do pastor Lamartine publicadoaposta esportiva estratégiaum site chamado Scribd, plataforma que afirma ser uma biblioteca de documentos digitais. No script, que segue o mesmo estilo de testemunho falsamente atribuído ao pastor, há a menção de outro medicamento, que também promete tratar catarata e glaucoma.
Ao Verifica, o médico oftalmologista Oswaldo Moura Brasil, que é presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), pontuou que todo medicamento deve ter seu uso respaldado por estudos científicos, com evidências robustas que comprovem a eficácia e segurança.
De acordo com Oswaldo, medicações que não passam por ensaios clínicos randomizados — ou seja, pesquisas que testam a eficácia de uma terapia ao administrá-laaposta esportiva estratégiapelo menos dois grupos diferentes, nos quais os participantes são selecionados aleatoriamente para receber o tratamento ou um placebo — devem ser vistas com desconfiança. A mesma cautela se aplica a tratamentos que prometem resultados milagrosos e afirmam tratar doenças que possuem causas diferentes.
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