vbet se de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Um dos consultores da candidatura à Presidência de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), de 64 anos, afirma que há um "certo radicalismo nas ideias, até meio boçal", entre os apoiadores do candidato nas eleições 2018. Ao Estado, ele diz que a campanha é "meio amadora" e reclama que a imprensa trata Bolsonaro com "preconceito". Há dois meses no comando do Clube Militar, entidade que teve espaço de destaque na política até os anos 1960, Mourão, gaúcho de Porto Alegre, diz que o setor ficou dentro do "casco" como tartaruga desde o fim do regime militar, mas voltou disposto a atuarvbet sedisputas eleitorais.
Mourão chegou a ser cogitado como vice na chapa do presidenciável. Em almoçovbet se19 de julho, Bolsonaro questionou a correligionários se o nome do general seria uma boa ideia paravbet sechapa. Em setembro de 2017, Mourão foi criticado por ter citadovbet sediscurso a possibilidade de intervenção militar como solução para resolver a crise enfrentada pelo País.
A campanha do PSL tentará um eleitorado mais amplo ou preservar o que conseguiu?
Ele está num momento de encruzilhada, tantovbet serelação à escolha do vice, que não está fácil, como à necessidade de buscar novos eleitores. Ele alcançou o limite daquele pessoal que, por decantação, se sente atraído. Tem de buscar aquelas pessoas que ainda não escolheramvbet sequem votar. Ele tem de estar preparado, desde agora, para ser o presidente de todos os brasileiros, e não apenas do grupo que o apoia fanaticamente. Não é mudar o discurso. Existe muito estereótipovbet secima da figura do Bolsonaro, porque parcela aí da imprensa não publica as coisas boas, só as escorregadas. Há um preconceito, uma má vontade. Ele tem de mostrar que não é um troglodita. Que é um homem que criou os filhos de forma correta, que não nasceuvbet seberço de ouro.
Os seguidores tradicionais de Bolsonaro entenderão o pragmatismo de uma campanha?
Existe um certo radicalismo nas ideias, um radicalismo até meio boçal. Tem boçal dos dois lados. Os extremos se atraem. Quando a Janaina (Paschoal) falou que o pessoal não pode ser o PT ao contrário, ela tem razão. A gente não pode dividir o País. Isso foi o que o PT fez. O PT é a vanguarda do atraso. A gente tem de trazer todos os brasileiros e aceitar as ideias de uns e de outros e não ficar se matando.
Publicidade
Foi um elo previsível uma candidatura de um homem oriundo do meio militar e jovens órfãos de lideranças políticas?
É o camarada que perdeu a perspectiva. No momentovbet seque essa geração quer fazer um concurso público ou quer ir para fora do País, alguma coisa está errada. O País deixou de empreender, criar emprego e esperança. Por meio das redes sociais, Bolsonaro captou a mensagem. Tem muita gente que vê o galo cantar e apresenta visão distorcida: 'Ah, o Brasil vai virar uma Venezuela'. Eu digo: 'Calma lá, minha gente. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.'
O grupo dos senhores está mesmo no jogo?
Estamos para ganhar. O que eu julgo é que a campanha do Bolsonaro está meio amadora. É aquela história: ele se fez, então tem dificuldades de ouvir as pessoas. Mas acho que ele vai colocar um coordenador de campanha, que poderia ser o general (Augusto) Heleno. Alguém tem de coordenar esse troço aí, tem de colocar já uma equipe para escrever logo o programa de governo, o que ele vai fazer. Não pode o camarada ganhar a eleição e perguntarem: 'O que ele vai fazer agora?'. Se ele pretende reduzir o número de ministérios, tem de ter um estudo. Qual é o programa de privatização? Tem de ser mais claro. Até porque, a partir daí, ele buscará aquele eleitorado liberal que ainda está fazendo cara feia porque sente que não tem muita profundidade nessa lagoa.
Por que a atuação de militares na política está mais explícita?
O Exército é apartidário, mas não é apolítico. Na Nova República, as Forças Armadas foram muito atacadas, isso levou a um refluxo, a um comportamento de uma tartaruga que se esconde dentro do casco. Houve, então, infelizmente por erros de lideranças civis envolvidasvbet secorrupção, um movimento da sociedade de buscar no grupo militar gestores capazes.
Publicidade
Sem articulações, a campanha terá pouco espaço no horário gratuito de TV.
Tempo de TV não é balizador. Quando começar o tempo eleitoral, a maioria das pessoas vai desligar a TV. E quem tem TV a cabo, fica com a TV a cabo.
Não é uma faca de dois gumes para as Forças Armadas ter um candidato oriundo da caserna e, ao mesmo tempo, com discurso polêmicovbet serelação às questões indígena e de gênero?
Não acho que Bolsonaro recebe apoio ostensivo das Forças. O pessoal da ativa pode até apoiar, mas você não vai ver faixa no quartel. Esses temas que tiveram êxito nos últimos 30 anos fazem parte do gramscismo, que resultou no politicamente correto e no abafamento da liberdade de pensar.
Veja também:
Top Político: Janaína quer mais tempo para decidir sobre vice de Bolsonaro