arbety-Nulos, brancos e abstenções superamarbety1º ou 2º colocadoarbety22 capitais

3 out 2016 - 12h08
(atualizado às 12h16)
Número de nulos, brancos e abstenções surpreendeu neste primeiro turno das eleições municipais
Número de nulos, brancos e abstenções surpreendeu neste primeiro turno das eleições municipais
Foto: PAULO PINTO | FOTOS PUBLICAS / BBC News Brasil

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Os grandes campeões deste primeiro turno de eleições municipais foram os votos inválidos ou ausências. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, a soma de votos nulos, brancos e abstenções superou o primeiro ou segundo colocado na disputa para prefeitoarbety22 capitais.

Somadas, as abstenções, nulos e brancos superaram o primeiro colocadoarbetydez capitais: Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Aracaju (SE) e Belém (PA).

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No Rio de Janeiro earbetyBelo Horizonte, esta soma de nulos, brancos e abstenções chegou a superar os votos obtidos pelos dois primeiros colocados, juntos.

As abstenções, nulos e brancos superaram o segundo colocado na votação de 11 capitais: Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Palmas (TO), Maceió (AL), Recife (PE), Natal (RN), São Luis (MA), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Boa Vista (RO), e Salvador (BA).

Em Rio Branco (AC), Vitória (ES), João Pessoa (PB), Teresina (PI) e Manaus (AM), a soma de abstenções, nulos e brancos ocuparia o terceiro lugar na eleição para prefeito.

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Manaus é exceção

O menor índice de abstenções entre as capitais foi registradoarbetyManaus: 8,59%.

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Já o maior índice de pessoas que deixaram de votararbetytodo o país foi registrado no Rio de Janeiro (24,28%). Praticamente umarbetycada quatro eleitores não votou na capital carioca.

Brancos, nulos e abstenções chegaram a 1.866.621 no Rio. Os dois líderes, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), juntos, tiveram 470 mil votos a menos.

Em São Paulo, a soma das faltas ou votos inválidos foi 3.096.304. O estreante João Dória (PSDB), que venceu a eleição no primeiro turno, registou 3.085.187 votos - mais de 11 mil a menos.

Negação e voto útil

O professor de gestão de políticas públicas da USP Pablo Ortellado justificou a alta rejeição por dois fenômenos: a onda de manifestações de 2013 e o impacto das investigações da operação Lava Jato.

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"Estamos vivendo uma profunda crise do sistema de representação por causa de dois processos. Junho de 2013, com a grande mobilização da sociedade brasileira rejeitando o sistema de representação e demandando direitos, e esse escândalo da Lava Jato, que contaminou e colocou sob suspeita todo o sistema politico partidário. Todos ficaram sob suspeita desde o início das investigações", disse o professor à BBC Brasil.

Para Ortellado, a vitória de Doria no primeiro turno paulistano é um reflexo do mesmo fenômeno, já quearbetycampanha teria sido baseada completamente no discurso da "antipolítica".

"O resultado das urnasarbetySão Paulo foi uma demonstração eloquente do discurso da antipolítica. Essa é uma rejeição natural - eu ficaria muito preocupado se houvesse uma crença no sistema político depois de tudo o que aconteceu nesses últimos três anos", afirmou o professor.

O voto útil, segundo o instituto Datafolha, também influenciou a vitória do candidato tucanoarbetySão Paulo.

Entre os eleitores de Celso Russomanno (PRB) que admitiram na véspera que poderiam mudar voto, 39% citaram Doria como primeira opção. Dos apoiadores de Marta, "cerca de um terço" indicava mudar seu voto para o empresário - outros 29% disseram que consideravam mudar para Haddad.

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Fontes de referência

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