aplicativo blazer com-'Fui acusado de ser o homem que defecou no Supremo e nemaplicativo blazer comBrasília eu estava', diz funcionário do Banco do Brasil

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Em entrevista à BBC News Brasil, Thiago Albuquerque relata ter sofrido ameaças pela internet após ter seus dados vinculados à imagem de homem que simula defecar no Supremo, durante invasão bolsonarista no domingo. Após apuração, Banco do Brasil disse que não se trata do funcionário e que informação é fake news.
10 jan 2023 - 16h09
(atualizado às 17h52)
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Foto: Reprodução / BBC News Brasil

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A foto e os dados de Thiago Albuquerque, funcionário do Banco do Brasil, viralizaram nas redes sociais, associando o perfil dele ao vídeoaplicativo blazer comque um homem aparece simulando defecar no Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo (8/1).

Após apuração, o Banco do Brasil divulgou nota afirmando que a imagem "não é de funcionário do BB citadoaplicativo blazer comfake newsaplicativo blazer comredes sociais".

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À BBC News Brasil, Albuquerque diz que "nemaplicativo blazer comBrasília estava", mas segue recebendo ameaças pelas redes sociais - o que o motivou a deixaraplicativo blazer comcasa temporariamente.

"A velocidadeaplicativo blazer comque uma notícia falsa se espalha não é a mesma de uma notícia que vem para corrigir esse erro", diz. "Uma informação falsa pode acabar com a vida da genteaplicativo blazer comquestão de minutos."

Albuquerque disse que, na segunda-feira (9/1), quando estava de licença médica por sintomas de covid, ficou sabendo por um colega de trabalho queaplicativo blazer comimagem estava se espalhando.

"Eu estava tomando café, assistindo noticiário sobre a gravidade (da invasão), com tudo quebradoaplicativo blazer comBrasília e algumas pessoas indo presas e tudo mais. E aí um colega do banco me mandou uma mensagem no WhatsApp perguntando se eu já tinha conhecimento dos boatos que estavam envolvendo o meu nome e me mandou o vídeo da pessoa supostamente defecando numa mesa."

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Ele diz que a sensação foi a de "cairaplicativo blazer comum abismo". "A gente fica sem chão. Não tem nada que possa fazer para desmentir uma situação dessa."

Em seguida, a notícia começou a se espalhar e o gerente da agência na qual ele trabalha entrouaplicativo blazer comcontato para pedir informações sobre o caso.

Albuquerque, que fez boletim de ocorrência e diz não ter sido procurado pela políciaaplicativo blazer comnenhum momento, reclama de ter se vistoaplicativo blazer comuma situaçãoaplicativo blazer comque teve que provar que uma acusação divulgadaaplicativo blazer comredes sociais era falsa.

"Eu me senti um criminoso", diz. "O ônus da prova deveria ser de quem acusa."

Ele informou à área de segurança do Banco do Brasil que estavaaplicativo blazer comuma cidade próxima a Goiânia no fim de semana - e apresentou extrato de transações no pedágio de Alexânia (entre Brasília e Goiânia) no sábado, quando conta ter partido do DF, e na noite de domingo, quando conta que retornou ao Distrito Federal, com chegada após 22h.

Também compartilhou informações daaplicativo blazer comlinha do tempo do Google Maps - ferramenta que, com base no histórico de localização, mostra os lugares que a pessoa esteve e possíveis trajetos usados.

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Ele diz que,aplicativo blazer comuma hipótese de uma apuração policial, teria como álibis as pessoas que estavam com ele fora do Distrito Federal, além de imagens de câmeras de segurança fora do DF.

"Mas eu tenho ocasiões na minha vida que eu tiro folga, férias, e eu gosto muito de ir para a natureza, de ficaraplicativo blazer comsítio, sem contato com nada. Imagina se eu tivesse uma situação dessa? Vamos supor que demorasse uma semana até eu ter conhecimento dessa situação. Como é que estaria a minha vida agora? Aí eu pego uma rodovia, paro num comércio, e de repente eu estou sendo xingado, agredido, não tô nem sabendo o que está acontecendo."

Embora seja difícil identificar o rosto do homem que aparece no vídeo - de costas e de chapéu -, Albuquerque diz, ainda, que o biotipo não é semelhante ao dele. "Meu tipo físico é bem diferente, eu sou bem mais gordinho, o cara é magro e tudo. E eu parto do princípio que, se você não tem certezaaplicativo blazer comidentificar uma pessoa, você não deve fazer isso."

Mesmo assim, ele conta, recebeu desconfiança inclusive de alguns familiares mais distantes. "Não sei como vai ser daqui pra frente o convívio com minha família. Algumas pessoas estãoaplicativo blazer comminha defesa, outras não. Nunca tive esse tipo de problema."

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Questionado se participou de outras manifestações ou do acampamento na área militaraplicativo blazer comBrasília, Albuquerque disse que "nunca participou desse tipo de ato".

Albuquerque, que agora reúne informações sobre as acusações e ameaças, diz que buscará a orientação de um advogado.

"Você consegue amenizar o dano à imagem, mas você não repara 100% nunca mais."

Apoiadores de Bolsonaro invadiram prédios públicosaplicativo blazer comBrasília no domingo
Foto: Reuters / BBC News Brasil

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O que disse o Banco do Brasil

Procurada pela BBC News Brasil nesta terça-feira, a assessoria de imprensa do Banco do Brasil disse que "assim que tomou conhecimento sobre os relatosaplicativo blazer comredes sociais, o BB atuou prontamente no levantamento de informações, sempreaplicativo blazer comcontato permanente com as autoridades competentes, responsáveis pela investigação do caso".

Disse, ainda, que atuou "com total zelo na apuração da falsa acusação contra o funcionário do Banco". "Assim que teve condições técnicas e evidências suficientes, comunicou prontamente à imprensa que se tratava de fake news."

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A imagem com os dados de Albuquerque que foi veiculada nas redes sociais é a captura de tela de uma plataforma interna da instituição, chamada humanograma.

A reportagem questionou se o banco identificou os responsáveis pela divulgação desses dados. A assessoria respondeu que "foram tomadas todas as medidas administrativas para apuração sobre envolvimento de funcionários que possam ter descumprido normativos internos no referido caso".

Inicialmente, na segunda-feira, o Banco do Brasil - cobrado nas redes sociais para agir contra o funcionário - divulgou uma nota que ainda não negava se tratar de um funcionário da instituição. O texto apenas repudiava a violência e dizia que auxiliaria nas investigações.

Um funcionário do Banco do Brasil que participou da apuração caso e falou com a reportagemaplicativo blazer comcondição de anonimato apontou que o fato de o rosto do homem ser pouco visível no vídeo dificultou a confirmação de que não era Albuquerque. Também disse que houve uma checagem de nomes com autoridades policiais.

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Jáaplicativo blazer comnota oficial divulgada na noite de segunda-feira o Banco do Brasil disse que, após apuração, identificou que "não se trata de funcionário do BB citadoaplicativo blazer comboatos que circulam nesta fake news que surgiu nas redes sociais".

Afirmou, ainda, que "desconhece a identidade da pessoa que aparece no vídeo, assim como não há indícios de que se trate de um funcionário do BB na cena lamentável".

Não descartou, no entanto, a participação de outros funcionários do banco nas invasões, ao dizer que "auxiliará nas investigações das autoridades competentes no que for necessário para identificar qualquer funcionário que possa ter participado de atos de vandalismoaplicativo blazer comBrasília".

- Este texto foi publicadoaplicativo blazer comhttps://www.bbc.com/portuguese/brasil-64221071

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Fontes de referência

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