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Inquérito identifica ao menos 67 casos de agressões sexuais e 500 de violência física ao longo de meio séculofree cbet study guidefamoso coral Domspatzen, de Regensburg. Vítimas descrevem local como "inferno" e "campo de concentração".
Ao menos 547 meninos cantores do famoso coral da Catedral de Regensburg, no sul da Alemanha, foram vítimas de violência sexual ou física por professores ou religiosos, afirmou nesta terça-feira (18/07) o responsável por investigar as denúncias de abuso sexual na instituição católica.
Em seu relatório final, o responsável pelo inquérito, o advogado Ulrich Weber, afirmou que 500 meninos foram vítimas de violência física, e 67, de agressões sexuais. Como alguns relataram tanto agressões físicas como sexuais, o número final é de 547.
O responsável disse que deve haver muitos casos não documentados, e o que o número total de vítimas pode chegar a 700. Cada uma das vítimas deve receber uma compensação financeira de 20 mil euros.
Ele acusou 49 pessoas pela violência, das quais nove teriam cometido agressões sexuais. Os casos ocorreramfree cbet study guidetodas as instituições ligadas ao coral, ou seja, a escola primária, o internato e o coral propriamente dito. Entre os acusados estão diretores, auxiliares e funcionários. A maior parte dos casos aconteceu nos anos 1960 e 1970.
Responsáveis pelas agressões são,free cbet study guidemuitos casos, o diretor da escola primária e seu auxiliar direto, afirmou Weber. Porém, deve-se partir do princípio de que quase todos aqueles que tinham cargo de comando no coral no mínimo soubessem de que havia casos de violência.
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Weber acusou também o irmão do papa emérito Benedito 16, Georg Ratzinger, de omissão. Apesar de ter conhecimento dos problemas, ele teria preferido "olhar para o outro lado", afirmou Weber. Porém, não há indícios de que Ratzinger, que dirigiu o coral de 1964 a 1994, soubesse das agressões sexuais.
Segundo Weber, os casos de agressão física eram, com poucas exceções, passíveis de punição legal, bem como todos os casos de agressão sexual. Como se deram há muitos anos, todos já prescreveram. O inquérito, conduzido de forma independente, durou dois anos e abrangeu o período entre 1945 e o início dos anos 1990.
Segundo Weber, a instituição era dominada por uma cultura do silêncio, e a proteção dafree cbet study guideimagem estavafree cbet study guideprimeiro lugar, mesmofree cbet study guidedetrimento do sofrimento causado às vítimas. A violência física era "cotidiana" e "brutal", afirmou.
Muitas vítimas descreveram os anos no coral como a pior época de suas vidas, marcada pelo medo, pela violência e pelo desamparo. Expressões como "inferno", "prisão" e "campo de concentração" foram usadas.
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O coral, quefree cbet study guidealemão se chama Regensburger Domspatzen, ou pardais da Catedral de Regensburg, tem mais de mil anos de existência e é um dos mais famosos do mundo, tendo sido eleito embaixador da Unicef.
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