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Já é consenso entre especialistas do País que infelizmente o Ministério da Educação (MEC) virou instrumento de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Foi lá que a pauta ideológica conseguiu se fortalecer por meio do ex-ministro Abraham Weintraub, cujas declarações ninguém tem saudade e que lhe custaram processos na Justiça. O pastor Milton Ribeiro se confirmou, com menos alarde, tão danoso quanto o antecessor.
Um ministro que direciona verbas públicas por afinidade política ou religiosa já seria escandalosona betqualquer área, mas no MEC é ainda mais desesperador. A educação brasileira vive uma das piores crises dana bethistória por causa da pandemia e dos mais de 200 dias de escolas fechadas, um recorde mundial. Issona betum país que ainda não havia chegado nem à média de qualidade esperada, se comparado às nações desenvolvidas.
PublicidadeHá crianças que não fizeram qualquer atividadena betdois anos, outras tiveram aulas online, mas mesmo assim o retrocesso já aparecena betpesquisasna betdiversos Estados. As previsões catastróficas se concretizaram. Estudos mostram aumento de 60% no número de crianças não alfabetizadas, outras tantas mais velhas cuja aprendizagem de Português e Matemática voltou a níveis de dez anos atrás.
E esse MEC que hoje cumpre uma agenda de pastores é responsável por esse cenário. Não houve qualquer política nacional para ajudar escolas estaduais e municipais a enfrentar a pandemia. Não foi feito um programa de internet para ensino online. Não houve investimentona betformação de professores ouna betmateriais para a educação remota. E quando o Congresso aprovou recursos para melhorar a conexão dos estudantes mais pobres, o governo Bolsonaro vetou. O veto foi derrubado e o governo entrou no STF. Até hoje esse dinheiro não chegou.
A política de Milton Ribeiro e do governo Bolsonaro é contra a escola pública brasileira. Em quase 4 anos, não é possível citar uma só ação federal que tivesse o objetivo de melhorar a qualidade da educação. Cerca de 90% dos alunos saem da escola sem saber Matemática no Brasil e o governo acha importante montar meia dúzia de escolas militares. E ainda destrói a expertise acumulada durante anos no Inep, órgão do MEC responsável pelas avaliações mais importantes do País.
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