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BRASÍLIA - O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, decidiu convocar ministros substitutos para participar do julgamento desta quarta-feira (2) que decidirá sobre o afastamento de Wilson Witzel (PSC) do governo do Rio. Segundo seis ministros do STJ ouvidos pela reportagem ao longo dos últimos dias, a tendência é a de que seja mantida a decisão do ministro Benedito Gonçalves, que afastou Witzel do cargo por 180 dias.
Martins decidiu convocar Paulo de Tarso Vieira Sanseverino e Isabel Gallotti para participarem da sessão no lugar de Felix Fischer e João Otávio de Noronha - Noronha e Fischer se declararam impedidos de analisar o caso.
PublicidadeO ministro Antonio Carlos Ferreira também foi convocado. Segundo o Estadão apurou, o ministro Herman Benjamin não deve participar do julgamento por ter declarado suspeição desde o início das investigações, no ano passado - Herman conhece advogados que atuam no caso. Também existe a chance de o ministro Jorge Mussi ficar de fora da sessão. Integrantes do STJ avaliam que as trocas não mudam a tendência da Corte Especial de deixar Witzel afastado do cargo.
O afastamento de Witzel vai ser julgado - por videoconferência - na sessão das 14h desta quarta-feira pela Corte Especial do STJ, colegiado formado por 15 dos 33 ministros mais antigos do tribunal. De acordo com técnicos do STJ ouvidos pela reportagem, são necessários um mínimo de 10 votos (quórum qualificado de 2/3) para que Witzel seja mantido afastado do cargo.
Um dos ministros mais rigorosos e técnicos do tribunal, Fischer já se declarou impedido porque um ex-auxiliar atua como advogado de um dos alvos da investigação que mirou a cúpula política do Estado do Rio. Já o ministro João Otávio de Noronha também se declarou impedido para julgar processos relacionados à compra de equipamentos para o combate à covid-19 devido à atuação dejogo carnival slotsfilha, a advogada Anna Carolina Noronha Borelli, no caso.
Integrantes do STJ ouvidos reservadamente pela reportagem avaliam que o caso de Witzel é "cabuloso", consideram as denúncias "muito graves" e apontam que o governador afastado do Rio "seguiu o mesmo rumo" do ex-governador Sérgio Cabral. Cabral, cuja soma de todas as penas já chega a 282 anos de prisão, está detido desde novembro de 2016, quando foi detido pela Polícia Federal na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio. O ex-governador está no Complexo Penitenciário de Gericinó,jogo carnival slotsBangu.
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