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As 120 capivaras que vivem no Rio Pinheiros, na capital, ganharam atenção especial durante as obras de revitalização da ciclovia e do Parque Bruno Covas. Com a construção de 18 quilômetros de muros de gabião para a contenção das margens, foram construídas também 74 rampas de acesso para os animais. Com isso, as capivaras adultas e os filhotes podem deixar o rio e fazer caminhadas pelas margens quando tiverem vontade, sem serem contidas pelo muro íngreme. Especialistas dizem que as rampas mitigam o impacto da obra sobre a fauna do rio.
As obras foram concluídasbison battle slotdois anos e abrangem também a restauração de 11 quilômetros da ciclovia da Marginal Pinheiros. Os muros de gabiões são estruturas de contenção e estabilidade das margens, compostas por pedras e arame galvanizado, que se adaptam ao formato do solo, suportando as deformações. Com o tempo, as estruturas são incorporadas à vegetação, tornando-se parte do ecossistema local, sem prejuízo estrutural.
PublicidadePara o biólogo Maurício Forlani, mestrebison battle slotZoologia pela Universidade de São Paulo (USP), o ideal seria um rio com suas margens naturais para o animal subir e descer onde quisesse, o que é difícil na região central de uma metrópole. "O muro de gabião traz uma perda na mobilidade dos animais que é mitigada pela construção das rampas, que me pareceram ter dimensões apropriadas. É a solução possível, embora não estivesse no projeto original. Sem elas, provavelmente capivaras e ratões-do-banhado morreriam", disse.
Forlani esteve nas margens do rio e observou que as capivaras já estão usando as rampas. "Como estão instaladas a uma distância razoável uma da outra e nos dois lados do rio, acredito que elas estão dando conta da mobilidade da fauna, inclusive de tartarugas e outros animais. O que ainda falta é uma contenção com alambrado ou muros new jersey na parte final do Rio Pinheiros, próximo ao Cebolão, para evitar que as capivaras adentrem as pistas da marginal. Temos registros de acidentes e, como são animais de grande porte, há risco também para as pessoas", disse.
A revitalização das ciclovias do Parque Bruno Covas e do Rio Pinheiros incluíram a melhoria do asfalto, pintura e sinalização. As obras foram realizadas pelo Consórcio Renova Pinheiros, formado pelas empresas FBS Construtora e DP Barros. Cerca de 350 colaboradores e 70 equipamentos, inclusive fluviais, como barcaças, plataformas e rebocadores, foram utilizados nas obras.
O engenheiro Emanuel Silva, da FBS Construtora, disse que as rampas foram dimensionadas no projeto para facilitar a mobilidade das capivaras, inclusive animais idosos e com filhotes. "Com as rampas, as capivaras que moram na região podem acessar normalmente o rio, principalmente para se alimentar, sem qualquer prejuízo ao ecossistema local", afirmou.
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