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O desmatamento, as queimadas e as mudanças climáticas deixam a Amazônia cada vez mais perto de um ponto irreversível, a partir do qual a regeneração da floresta se tornará inviável, e a área tenderá a se transformar num grande deserto. A desertificação da floresta terá impactos "catastróficos" para o clima do planeta. O alerta foi feito nesta sexta-feira, 12, na COP-26,sportingbet vivoGlasgow, na Escócia, pelo Painel Científico para a Amazônia.
"O atual modelo de desenvolvimento está alimentando o desmatamento e a perda de biodiversidade, levando à devastação e mudanças irreversíveis", afirmou o climatologista Carlos Nobre, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, e um dos coordenadores do painel. "Para que a Amazônia sobreviva, precisamos mostrar como ela pode ser transformada de forma a gerar benefícios econômicos e ambientais como resultado de uma colaboração entre cientistas, povos indígenas, comunidades locais, setor privado e governos."
PublicidadePelo menos 17% da floresta já foram totalmente destruídos e outros 17% são compostos de áreas já degradadas. Especialistas estimam que 366,3 mil quilômetros quadrados de mata foram desmatados entre 1995 e 2017. A cada ano, apontam, centenas de milhares de hectares são queimados para abrir espaço para a agricultura, a pecuária e o garimpo.
Pesquisadores afirmam que é preciso agir o mais rapidamente possível para que seja possível zerar o desmatamento na região antes de 2030, conforme foi acordado na COP-26 por mais de cem países, o Brasil entre eles, além de recuperar áreas degradadas. A preservação da floresta, alertam, é crucial para a redução das emissões de gases do efeito estufa, uma vez que ela atua como um sumidouro de CO2. São de 150 a 200 bilhões de toneladas de carbono armazenadas no solo e na vegetação.
A floresta amazônica é um dos elementos mais importantes do sistema climático da Terra. A mata exerce um papel crucial nos ciclos globais da água e na regulação da variabilidade climática. Um volume significativo de água evaporada pela floresta vai para sul por meio dos chamados "rios voadores". É uma das principais fontes de água a alimentar outros ecossistemas e cultivos agrícolas do Centro-Oeste e do Sudeste do País. Além disso, a Bacia Amazônica é fonte de de 16% a 22% de toda a água lançada anualmente nos oceanos.
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