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Metade dos 44 corais importados do Panamá pelo Instituto Coral Vivo (ICV) para uma pesquisa científica internacional morreu após ficar retida no terminal de cargas do Aeroporto de Cumbica,suporte onabetGuarulhos, segundo informou o instituto. Os 22 corais sobreviventes estão "em condição de debilidade", afirma a entidade. Por ordem judicial, o ICV está cuidando dos animais, como fiel depositário, até que a Justiça decida o destino deles.
O ICV, entidade sem fins lucrativos criada na Bahia, está participando de uma pesquisa científica mundial sobre a resistência dos corais às ondas de calor provocadas pelas mudanças climáticas. A pesquisa, da qual também participam universidades brasileiras e instituições estrangeiras, tem fins acadêmicos e é financiada com recursos públicos e privados.
PublicidadePara a pesquisa, o ICV importou corais do Panamá, de onde saíram na manhã de 29 de junho, desembarcando no aeroporto de Cumbica na manhã do dia 30. Corais são animais aquáticos que se alimentam de plâncton e pequenos peixes, geralmente formam colônias e são usadossuporte onabetmedicamentos e na fabricação de colares, entre outras utilidades
Segundo o ICV, todas as autorizações nacionais e internacionais necessárias foram concedidas, inclusive pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). "Ao passar pelos trâmites aduaneiros, no entanto, o Ibama indeferiu a licença de importação, alegando que a 'importação contém mais espécimes do que o declarado nos documentos de instrução do processo'", informou o ICV. "A justificativa se mostra totalmente inverossímil e infundada, já que o Ibama autorizou previamente a importação de 220 indivíduos, mas foram enviados do Panamá apenas 44 indivíduos, conforme indica o cartão de embarque da transportadora".
Alegando irregularidades, o Ibama determinou que a empresa importadora levasse os corais de volta ao Panamá. Mas essa decisão não foi cumprida.
Nesse imbróglio, os corais ficaram armazenados provisoriamente, e a questão foi parar na Justiça: no dia 2 de julho, o ICV obteve decisão judicial liminarsuporte onabetprocesso que tramita na 2.ª Vara Federal de Guarulhos obrigando o Ibama a "acondicionar os espécimes adequadamente até ulterior deliberação judicial".
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