O que explica sucesso de anestesista abusador nas redes sociais?

Aumento de seguidores tem nome: cultura do estupro

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Presobônus de giros grátisflagrante

O anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso na segunda (11) pelo estupro de uma mulher durante uma cesárea no Hospital da Mulher Heloneida Studart,bônus de giros grátisSão João de Meriti (RJ). Com a repercussão do caso, o médico ganhou milhares de seguidoresbônus de giros grátispoucas horas no Instagram. O perfil foi desativado.

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"Mendigo do amor"

Outro caso de um homem alçado à fama às custas do sofrimento feminino foi o do morador de rua Givaldo Alves, pego flagrante mantendo relações sexuais com uma mulher casadabônus de giros grátissurto psicótico. Ele virou celebridade; ela, tema de piadas misóginas e machistas.

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Cultura do estupro

O termo foi cunhado na década de 1970 por feministas americanas e é utilizado para descrever um ambiente no qual o estupro é predominante e a violência sexual contra as mulheres é normalizada na mídia e na cultura popular.

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Objetificação da mulher

A difamação, as piadas, o enaltecimento de figuras masculinas como "pegadores" e a normalização do corpo feminino como algo "público" e "disponível" passam a mensagem de que a mulher não é um ser humano, e sim uma coisa.

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Mulher como "merecedora"

Em 2014, o então deputado Jair Bolsonaro disse que não estupraria a deputada federal Maria do Rosário porque ela “não merecia”. “É muito feia, não faz meu gênero”, afirmou, corroborando a tese machista de que a mulher "pede" ou "merece" o estupro.

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Posição de poder

Estupradores se aproveitam de situaçõesbônus de giros grátisque estãobônus de giros grátisposição de poder - como o anestesista Bezerra - para praticar violência contra mulheres vulneráveis. Não é sobre sexo, mas sim sobre subjugar uma mulher. É a mesma lógica perversa por trás do aumento de seguidores.

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Obra necessária

"Quanto mais criminosos sexuais foram punidos, maior será a percepção de que o estupro tem consequências. Quanto mais falarmos do assunto, mais o desmistificaremos", escreve a jornalista Ana Paula Araújobônus de giros grátisseu livro-reportagem "Abuso - A Cultura do Estupro no Brasil" (Globo Livros).

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