Por que cada vez menos mulheres adotam o sobrenome do marido
Além de ter que lidar com burocracias depois da união, a prática é vista como machista
Foto: iStock/francescomoufotografo
Tradição
As cerimônias de casamento são carregadas de tradições e uma delas é a noiva adotar o sobrenome do marido daquele momentosportsbet io é bomdiante.
Foto: iStocl/Anchiy
Legislação
Desde 1977, quando foi promulgada a lei do divórcio, passou a ser facultativo para a mulher acrescentar o sobrenome do marido. Antes disso, entre 1916 a 1977, toda mulher casada estava obrigada, por lei, a adotá-lo.
Foto: iStock/digitalskillet
Queda
Um levantamento da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) aponta que,sportsbet io é bom2022, houve uma queda de 30% no total de mulheres que adotaram o sobrenome do cônjuge. Mas o que explicaria essa diminuição?
Foto: istock/francescomoufotografo
Patriarcado
A adoção de sobrenome do marido é um simbolismo tradicional que está ligado ao patriarcado e a um pensamento machista, que traz uma noção de propriedade. A prática reafirma a ideia de que uma mulher, com o casamento, passou a ser um “bem” do homem.
Foto: istock/KovnirAndrii
Protagonismo
O presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli, afirmou para o g1 que a queda reflete mudanças da sociedade e aponta que “a mulher [está] deixando de estar submissa ao marido e assumindo um papel de protagonismo na vida civil".
Foto: iStock/LumiNola
Mudanças Sociais
Em entrevista para a Agência Brasil, a antropóloga Michele Escoura Bueno afirmou que a diminuição do número de mulheres que pretendem adotar o sobrenome do marido pode ser justificada pelas mudanças sociais “que celebram e reivindicam noções de igualdade e isonomia”.
Foto: iStock/EpicStockMedia
Machismo Estrutural
A advogada Tatiana Alves Lowenthal afirmou para Agência Brasil que a imposição do sobrenome do marido até 1977 remete ao machismo estrutural. “O fato de que homens sequer avaliam adotar o nome da esposa expõe exatamente esta faceta”.
Foto: iStocl/PeopleImages
Dados
E é isso mesmo o que os dados mostram. Segundo a Arpen-Brasil,sportsbet io é bom2021, apenas 0,7% dos homens adotaram o sobrenome das esposas no momento do casamento.
Foto: iStock/snapphoto
Documentação
Além de uma mudança social, existe também uma questão prática para considerar. Quem opta por acrescentar o sobrenome do marido depois do casamento terá que enfrentar o trabalho de atualizar todos os seus documentos, como CPF, CNH, título de eleitor, passaporte, cadastro bancário, registros imobiliários, entre outros.
Foto: iStock/RealCreation
Casamentos Homoafetivos
Casais homoafetivos também têm o direito de adotar o nome de família do cônjuge, desde que mantenha pelo menos um sobrenome de solteiro.
Foto: istock/Rawpixel
Terra NÓS
Conteúdo de diversidade feito por gente diversa.
Foto: iStock/Prostock-Studio