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Erika Hilton é figura marcante na política e também no mundo fashion. A primeira deputada federal negra e trans eleita na história do Brasil subirá mais uma vez na passarela do SPFW. Na edição N56, integra o casting de Apartamento 03, nesta sexta-feira (10), e da LED, no domingo (12).
Em entrevista exclusiva ao Elas no Tapete Vermelho, comentou sobre a importância da moda no Brasil. "Nós vemos na passarela uma moda que vai emergindo das periferias do Brasil, dos guetos, uma moda que é negra, que é feminina, que é LGBTQIA+, que é indígena, que traz consigo uma mensagem, uma simbologia", explicou. Outros assuntos abordados são imagem pessoal e escolha da roupa para o ambiente de trabalho. Confira:
PublicidadeModa é resistência
Erika Hilton: A moda no Brasil é importante porque é caracterizada por pessoas dissidentes, emjogos de azar legalizadosgrande maioria. Quando a gente olha, por exemplo, as edições do SPFW, nós vemos na passarela uma moda que vai emergindo das periferias do Brasil, uma moda que vai emergindo dos guetos, uma moda que é negra, que é feminina, uma moda que é LGBTQIA+, que é indígena, que traz consigo uma mensagem, uma simbologia. Podemos citar Dendezeiro, Meninos Rei, Anacê, LED e tantas outras marcas, que carregam consigo uma história de resistência, de transformação do que representa a moda no nosso país, o que representa a moda para a população brasileira.
Moda é ato político
Erika Hilton: Eu estou sempre conectada com a moda, porque eu amo moda. Acho que a crise no Brasil também é estética. Através da moda e da linguagem estética, eu tenho conseguido me acessar com os jovens, com essa comunidade que se sente atraída pelo meu projeto político também através da moda. Pensar a política com seriedade, entender a moda também com uma ramificação do fazer político é extremamente importante. A moda é um ato político muitas vezes, por isso acho que uma parlamentar que traga consigo a moda como elemento de fazer política é algo inovador no Brasil e, por isso, eu me conecto tanto com ela.
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