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Nutrir rancor é péssimo. Um atraso de vida. Comprometimento de nossa elevação espiritual. É o tipo de sentimento que devemos domar com a maior vigilância. Não permitir que a fera saia da jaula, ocupe espaço, ataque as pessoas ao redor.
Entre tantos possíveis rancores, dois deles são os mais perniciosos. Lá no topo, campeão de crueldade, pairando absoluto, bastante distante do segundo colocado, o devastador dos devastadores: o rancor contra si mesmo.
PublicidadeSe qualquer rancor torna a pessoa infeliz, quando autodirigido o problema se potencializa, multiplica frustrações e sofrimentos. Portanto, nada de se odiar. É sinal de amadurecimento aprender a percorrer os caminhos perigosos que precisamos trilhar sem se deixar aprisionar por essa traiçoeira armadilha.
Logo depois, menos destrutivo – porém ainda titânico a ponto de poder acabar com qualquer um –, sobe ao pódio para medalha de prata o tão habitual rancor contra o ser amado, o rancor que envenena tantos casamentos, noivados, namoros, situações que brotaram de compromisso amoroso.
Odiar alguém com quem já compartilhamos sentimento é sair do trilho, perder completamente a pista da compaixão, soterrar nossas mais nobres capacidades de compreensão e perdão, comprometer as forças místicas de retificação, abaixar o que se deveria levantar, esquentar o que deveria ser deixado para esfriar, armazenar o lixo que deveria ser jogado fora.
É complicado quando um relacionamento amoroso acaba inundado pela lama escura do rancor, sacrificante e perigosa. Pensamentos e atos movidos nessas circunstâncias, marcados pela raiva, são portas abertas para doenças do corpo físico e espiritual, todo tipo de aflição depressão.
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