Você ainda enfrenta o medo e o tabu da consulta com o psiquiatra? Então essa matéria é para você!
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Vamos iniciar essa matéria com uma pergunta inquietante: como você está? Janeiro começou e com ele vem também o Janeiro Branco, mês de conscientização da saúde mental. Embora o início do ano carregue para muitas pessoas a expectativa de reinício e energia para uma nova época, definitivamente esse não é o cenário para todo mundo, já que a depressão afeta mais de 11 milhões de brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E não é a passagem de dezembro para o mês seguinte que faz com que esses sintomas desapareçam. Em um Brasil cada vez mais depressivo, pode ser doloroso tocar nesse assunto, mas, para realmente começar o ano bem, talvez seja a hora de se perguntar: será que é o momento de buscar ajuda profissional?
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Quando procurar um psiquiatra?Contra um sofrimento profundo que virou depressão, não basta a medicação, é preciso toda uma mudança de mentalidade. "A complexidade do funcionamento dos indivíduos está relacionada com aspectos anatômicos, fisiológicos e genéticos. Por vezes, situações desagradáveis e estressoras podem ser agudas, como após enfrentar uma catástrofe, por exemplo, ou prolongadas, como ocorrebetesportivaum relacionamento conturbado. Esse sofrimento pode motivar o aparecimento de sintomas, como tristeza intensa, alterações do sono e apetite, sensações físicas, como palpitações e sudorese, além de pensamentos perturbadores, falta de adaptação aos locais e situações ou comportamentos disfuncionais. A hora de procurar um psiquiatra é quando esse sofrimento começa a prejudicar o dia a dia", orienta Rodrigo Lancelote Alberto, psiquiatra do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM).
PublicidadeDepressão é multifatorial
Segundo um estudo da Sandbox, o uso de antidepressivos e ansiolíticos por brasileiros aumentou 18,6% nos últimos dois anos. Isso significa que a velha crença nociva de que transtornos mentais não são doenças preocupantes está sendo quebrada. O problema é que outra crença tão ruim quanto pode substituí-la: a de que remédios psiquiátricos são uma 'solução milagrosa' contra o sofrimento emocional. "A função de um médico psiquiatra vai muito além de sugerir medicações. É um profissional que estuda por anos para identificar também as causas físicas de um sofrimento psíquico, e que irá fornecer não apenas diagnósticos, mas também suporte emocional para que o paciente consiga entender seus conflitos e potencialidades e, assim, consiga ressignificar e superar momentos difíceis", explica o especialista.
De olho no CRM!
Ao visitar o psiquiatra, ele irá iniciar uma investigação médica do paciente, levandobetesportivaconta o histórico de saúde, pedindo exames complementares, e trabalhandobetesportivaconjunto com outros profissionais, como psicólogos, por exemplo. "É essencial que medicações psiquiátricas sejam indicadas apenas por médicos capacitados. Para verificar a especialidade do profissional, o registro CRM dele sempre pode ser checado no site do Conselho Federal de Medicina", esclarece Rodrigo.
E os efeitos colaterais do tratamento da depressão?
Muita gente resiste a ir à consulta com o psiquiatra por temer os efeitos adversos dos remédios, que podem incluir sonolência e desconforto estomacal. Rodrigo explica, porém, que esses contratempos não são a regra e nem devem durar para sempre. "Daí a importância de a medicação ser indicada por um psiquiatra. Prescrever medicamentos é o produto de uma consultabetesportivaque o médico ouve as queixas, examina o paciente, e pode ou não solicitar exames complementares, para então formular uma hipótese diagnóstica e prescrever corretamente, pelo tempo que se fizer necessário, acompanhando a evolução positiva do quadro e ajustando o que não estiver funcionando", complementa.
O médico explica ainda que alguns efeitos colaterais são passageiros e desaparecem logo após os primeiros dias de medicação durante o tratamento da depressão, enquanto outros irão necessitar que a dose seja ajustada ou até trocada, e tudo deve ser negociado entre o paciente e o psiquiatra. "Por isso também a ida ao especialista é importante. E esse processo deve ser um acompanhamento, que avaliará toda a situação do paciente e suas necessidades", comenta.
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