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A insuficiência cardíaca segue entre as principais causas de mortes relacionadas ao aparelho circulatório no Brasil, superando até o infarto agudo do miocárdio. O apresentador Fausto Silva, o Faustão, está internado no Hospital Albert Einstein,jogos de apostas grátisSão Paulo, desde o dia 5 de agosto com o quadro de insuficiência cardíaca.
"É muito grave. A insuficiência cardíaca é o fim das doenças que envolvem o coração se não adequadamente tratadas", destaca a cardio-oncologista Marina Bond, do Hospital do Coração (HCor). "Mas hojejogos de apostas grátisdia, o tratamento está mais moderno e pode dar mais qualidade de vida se feito com um diagnóstico e tratamento corretos."
Também chamada de "doença do coração fraco", a insuficiência cardíaca é uma síndromejogos de apostas grátisque o coração tem dificuldades para bombear adequadamente, podendo prejudicar outros órgãos, como os pulmões.
Costuma acometer principalmente pacientes com histórico de doenças e problemas cardiovasculares, como hipertensão e infarto, doença de Chagas e doenças congênitas. Outros fatores podem agravar o quadro, como diabetes, tabagismo e sedentarismo.
Pessoas que passaram por quimioterapia e radioterapia na região do tórax (comojogos de apostas grátiscânceres nos pulmões, na mama e linfoma) também têm mais chances de desenvolver a síndrome, principalmente as que fizeram os tratamentos nas décadas anteriores aos anos 2000.
"Nas décadas de 80 e 90, o coração foi mais atingido, aumentando o risco de placa gordura - que aumenta o risco de infarte -, afetando as válvulas e fazendo com que o paciente precise de cirurgias de trocas de válvulas, e diretamente afetando o músculo", comenta Marina Bond. Segundo ela, esses pacientes têm cerca de cinco vezes mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares.
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Ela também aponta mudanças de comportamento importantes para o paciente com a síndrome. "É preciso controlar a quantidade de líquido ingerido - que deve ser menor, porque, como o coração não bombeia o sangue corretamente, pode causar líquido no pulmão -, consumir pouco sal, fazer uma reabilitação cardíaca - que é uma fisioterapia do coração -, controlar a alimentação e tomar as medicações - que são cada vez melhores. De maneira geral, tem muita coisa que pode fazer pra esse paciente."
Também cardio-oncologista do HCor, Marcel Pina explica que a radioterapia evoluiu nas últimas décadas, com doses menores e mais localizadas, reduzindo as chances de impactar na saúde cardíaca, porém mesmo os pacientes mais recentes precisam de acompanhamento especializado, tanto durante o tratamento quanto anos depois, por meio de consultas periódicas e exames (como o ecocardiograma), a fim de identificar também outros problemas, como calcificações e doenças nas válvulas e artérias do coração. "Dependendo da dose e do local irradiado, podemos predizer problemas que podem ocorrer."
Dificuldades respiratórias, fraqueza e cansaço são sintomas
A insuficiência cardíaca é mais comum após os 65 anos e, ainda mais, depois dos 75 anos. Faustão tem 73 anos. Entre os sintomas principais, estão dificuldades respiratórias, fraqueza, cansaço e pernas inchadas. Estudos recentes têm destacado sinais adicionais, como a pesquisa da Associação Americana do Coração que lista insônia, depressão, ansiedade, disfunção cognitiva e problemas gastrointestinais, como dor no estômago, enjoo, vômitos e perda de apetite.
Médico do Instituto do Coração (Incor) e presidente do Departamento de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Múcio Tavares explica que a síndrome pode decorrer de um único dano significativo ao coração, como um infarto, que por vezes deixa uma "cicatriz" local. "Não precisa ser contínuo."
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Já os efeitos da síndrome são contínuos, com uma piora progressiva quando o tratamento é insuficiente, tanto que parte significativa dos pacientes não sobrevive de um a cinco anos após o diagnóstico. "É uma doença mais grave que a maioria dos cânceres", destaca. "É ruim, mortal, mas temos opções de melhora e para bloquear essa evolução ruim."
Ele destaca a melhora nos tratamentos, com novos medicamentos, parte deles disponíveis também na rede pública, como betabloqueadores, inibidores e outros. "Hoje, se fizer um tratamento completo, um paciente com 55 anos ganha uma média de 10 anos e meio de expectativa a mais de vida, segundo estudos."
Professor da USP Ribeirão Preto e assessor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), Marcus Vinicius Simões explica que o coração tende a dilatar no caso de insuficiência cardíaca, chegando a um formato esférico.
"Em um primeiro momento, pode não apresentar sintomas. É progressiva. O déficit de contração que o coração assume vai, lentamente, ao longo de meses e anos, causando uma progressão e o coração vai dilatando."
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Ele explica que o diagnóstico é baseadojogos de apostas grátishistórico clínico, exames físicos e de imagem e avaliação de sintomas. Também destaca que a resposta ao tratamento pode ser mais difícil no caso de pacientes com cardiopatias muito graves.
Como a síndrome está ligada a outros problemas de saúde, a principal prevenção é a adoção de hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e a alimentação balanceada. No caso de pessoas com mais de 40 anos, um check-up anual é recomendado. "Os exames são necessários porque são condições silenciosas, que, sem um rastreio, não se detecta. O fato de não causarem sintomas, não quer dizer que não existam", aponta o cardiologista.
Hospitalizações caem, mas ainda chegam a 163 mil anualmente
O número de hospitalizações na rede pública brasileirajogos de apostas grátisdecorrência da síndrome tem caído anualmente, com uma redução de 37,5%jogos de apostas grátisuma década, baixando de 261,7 mil,jogos de apostas grátis2011, para 163,4 mil,jogos de apostas grátis2021, segundo dados compilados na plataforma do DataSUS. A queda se repete também entre o número de óbitos, sendo de 9,46%, de 24,3 mil,jogos de apostas grátis2011, para 22 mil,jogos de apostas grátis2021.
A taxa de mortalidade do primeiro semestre de 2022 foi de 13,15% do total de 89,6 mil internações por insuficiências cardíacas, com 11,79 mil óbitos, ainda segundo o DataSUS. Em 2021, 22 mil pessoas morreram pela síndrome na rede pública, 13,48% das internadas com o diagnóstico.
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Os número de mortes e hospitalizações são mais altos, por exemplo, do que os do infarto agudo do miocárdio, que teve 140,8 mil internações e 13,6 mil óbitos na rede públicajogos de apostas grátis2021, com uma taxa de mortalidade de 9,6%.
Ao todo, doenças do aparelho circulatório somaram 1 milhão de internações e 102 mil mortes apenasjogos de apostas grátis2021 no SUS. Especialistas ouvidos pelo Estadão avaliam que a situação se repete no sistema privado e que o avanço do tratamento tem contribuído para reduzir o número de óbitos.
*Com informações do conteúdo produzido pelo Estadão e publicado pelo Terrajogos de apostas grátis21 de agosto de 2022