O especialista Rodrigo Rosa discute a técnica do IVG
Foto: Instagram / Reprodução
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Desde que um artigo da revista Nature relatou a formação do primeiro embrião sintético no mundo, usando células não-reprodutivas para criar a chamada gametogênese in vitro, muitos cientistas começaram a aventar a possibilidade de uma revolução no campo dos tratamentos de infertilidade.
“Essa abordagem vai muito além da fertilização in vitro, que combina óvulo e espermacomo jogar o sportingbetlaboratório, porque não requer óvulos ou espermatozoides naturais. A produção de gametas acontece fora do corpo, com células não reprodutivas, como as da pele ou do sangue. Chamada de gametogênese in vitro, ou IVG, a técnica promete um dia fornecer a cura para muitos tipos de infertilidade, retardar ou até mesmo desligar os relógios biológicos e permitir uma melhor seleção de embriões”, explica Rodrigo Rosa, especialistacomo jogar o sportingbetreprodução humana e sócio do Mater Lab.
Mas será que o futuro da reprodução humana pode incluir esse tipo de gravidez com embriões sintéticos?
Técnica revolucionária ainda estácomo jogar o sportingbettestes
Na técnica, aindacomo jogar o sportingbetteste, os pesquisadores que estão tentando cultivar essas células por meio de IVG, têm por objetivo reprogramar células sanguíneas, doadas com consentimento para pesquisa embrionária, para transformá-lascomo jogar o sportingbetcélulas-tronco, que podem assumir o papel de qualquer tipo de célula do corpo.
“As células-tronco são então programadascomo jogar o sportingbetcélulas germinativas primordiais, as precursoras dos óvulos. Essas células germinativas são colocadascomo jogar o sportingbetpratos com células auxiliares cultivadascomo jogar o sportingbetlaboratório, que recriam o ambiente ovariano e são conhecidas coletivamente como organoides ovarianos. A esperança é que essas células auxiliares enviem os sinais necessários para persuadir as células germinativascomo jogar o sportingbetseu desenvolvimentocomo jogar o sportingbetóvulos maduros capazes de serem fertilizados”, diz o médico.
“Os pesquisadores usam uma variedade de técnicas, como o sequenciamento de RNA, para garantir que as células feitascomo jogar o sportingbetlaboratório expressem os mesmos genes que expressariamcomo jogar o sportingbetum estágio semelhante no útero e que estão formando o que chamamos de folículos, as estruturas no ováriocomo jogar o sportingbetque os óvulos imaturos se desenvolvem”, acrescenta o médico.
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A ajudacomo jogar o sportingbetcasos de fertilidade tardia
Segundo o especialista, se os óvulos humanos maduros pudessem ser derivados das células da pele de uma pessoa, isso evitaria a maior parte do custo, quase todo o desconforto e todo o risco da fertilização in vitro. Poderia ajudar, também,como jogar o sportingbetcasos de fertilidade tardia – já que a idade é uma bomba relógio e prejudica a fertilidade feminina.
“O tempo é implacável não só na quantidade de óvulos, mas também na qualidade deles. Essa queda da fertilidade acontece a partir dos 30 anos, mas a partir dos 35 anos é uma queda muito mais acentuada, sendo que a incidência de infertilidade conjugal acomete umcomo jogar o sportingbetcada sete casais com faixa etária por volta dos 35 anos. E passa a ser de um a cada dois casais aos 41 anos de idade. Então realmente é uma incidência que sobe exponencialmente a partir dos 35 anos”, diz Rodrigo.
Mas esse futuro não deve estar muito próximo. “A tecnologia para fazer bebês a partir de outras células além de óvulos e espermatozoides ainda está a uma década de distância ou mais. Mesmo que possamos obter células reprodutivas humanascomo jogar o sportingbetcultura, precisamos avaliar cuidadosamente a qualidade dos óvulos, porque mesmo nos camundongos a maioria deles não é potente o suficiente para se desenvolvercomo jogar o sportingbetum bebê. Os que se desenvolveram até esse ponto tornaram-se camundongos saudáveis e capazes de ter seus próprios filhotes e netos. Mas os conflitos éticos podem limitar acomo jogar o sportingbetaplicaçãocomo jogar o sportingbethumanos”, projeta Rodrigo.
É hora de discutir as implicações éticas do IVG
Antes que a ciência transforme a possibilidadecomo jogar o sportingbetrealidade, agora é um bom momento para o público considerar as implicações do IVG.
Quando o pesquisador japonês Katsuhiko Hayashi mostrou que pode transformar células da pele de camundongos machos adultoscomo jogar o sportingbetóvulos saudáveis, ele previu eventualmente usar essa abordagem para tratar a infertilidadecomo jogar o sportingbetpessoas que têm cromossomos sexuais extras, como XXY ou XYY,como jogar o sportingbetcomparação com o típico XX para mulheres e XY para homens.
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Isso também poderia permitir que casais do mesmo sexo tivessem um filho biologicamente relacionado a ambos os pais. A técnica não serve apenas para humanos:como jogar o sportingbetanimais, o IVG pode ser usado para conservar espéciescomo jogar o sportingbetperigo de extinção.
Mas, existem questõescomo jogar o sportingbetaberto: o IVG poderia ser considerado segurocomo jogar o sportingbethumanos? Quantos embriões teriam que ser sacrificados no processo? Embora a ciência possa ser movida pela curiosidade, ela também pode ser usada para ganhar dinheiro com pessoas desesperadas para continuarcomo jogar o sportingbetlinhagem biológica ou apenas dispostas a pagar pela prole decomo jogar o sportingbetescolha.
“As questões éticas também envolvem o espectro de idosos de 90 anos tendo filhos dessa maneira, ou bebês tendo bebês, ou usando o DNA de pessoas mortas há muito tempo”, diz o médico.
Os futuristas especulam sobre possibilidades mais amplas, como um embrião formado com o DNA de quatro pessoascomo jogar o sportingbetvez de duas, ou mesmo o chamado “unibaby”, resultado de uma pessoa se reproduzindo consigo mesma. A técnica também pode enfrentar barreiras regulatórias por parte dos países.
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Por enquanto, o melhor a fazer é preservar por meio do congelamento, se você achar que ainda não está na idade de ter um filho ou estiver com alguma doença que afete o sistema reprodutivo, ou buscar auxílio de médicos especialistascomo jogar o sportingbetReprodução Humana.
“Apesar das limitações, a FIV (fertilização in vitro) é um tratamento seguro e que permitiu a milhões de casais terem um filho”, finaliza Rodrigo.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da COMPASSO, agência de conteúdo e conexão.
