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Para a escritora (e anti-turista) Cecília Meireles, o viajante é aquele que se demoravai de bet bônus cassinodicionários, histórias e poesias. Já o turista, apressado e sem tempo para se impressionar, apenas gasta sola de sapato.
No box de três livros Crônicas de Viagem, a Global Editora reuniu textosvai de bet bônus cassinoprosa sobre a estrada, assinados por Meireles, que também foi jornalista, entre 1941 e até bem pouco antes devai de bet bônus cassinomorte,vai de bet bônus cassinonovembro de 1964.
Sem saber se aquilo tudo é jornalismo, diário de bordo ou poesia, com essa carioca, o leitor viajavai de bet bônus cassinotextos dos arquivos da família da poeta, alguns deles sem indicação de data ou dispersosvai de bet bônus cassinojornais e revistas.
Para a seleção de frases a seguir, o Viagemvai de bet bônus cassinoPauta se inspirou no volume 2, cujo planejamento editorial, com aprovação da própria família da escritora, traz as crônicas, exclusivamente, sobre viagens.
Mas como avisa a apresentação do organizador da obra, Leodegário A. de Azevedo Filho, o livro "nada tem de propriamente turístico ou vulgar, mas apenas de eterno".
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Cecília Meireles para quem ama viajar
"A arte de viajar é uma arte de admirar."
Cecília Meireles
Nesse texto nostálgico, a escritora não só vai descrevendo os atrativos da italiana Siena que vão ficando para trás como também define o viajar como uma peregrinação que emociona e faz o viajante participar "intensamente de coisas".
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"O viajante é criatura menos feliz, de movimentos mais vagarosos, todo enredadovai de bet bônus cassinoafetos, querendo morarvai de bet bônus cassinocada coisa."
Cecília Meireles
Essa crônica é uma deliciosa tentativa de diferenciar o turista do viajante.
O primeiro, segundo a escritora, é mais feliz porque, comvai de bet bônus cassinocâmera fotográfica e um guia turístico no bolso, tem como destino "caminhar pela superfície das coisas", "sem apego nem compromisso". Já o viajante é aquele que se demoravai de bet bônus cassinodicionários, histórias e poesias.
"Quanto mais viajo, mais me torno antiturística."
Cecília Meireles
Em um dos capítulos dedicados às breves notas de viagens da escritora, o volume reúne pensamentos soltos que ela foi registrando sobre suas viagens pela Itália.
Lá pelas bandas do Vesúvio, Cecília viu grupos de turistas barulhentos que, pouco dispostos a ouvir o que os guias tinham para contar, estavam mais preocupadosvai de bet bônus cassinoencher sacolas com souvenirs ou se lamentar por aquilo que não tiveram tempo de comprar.
Em Florença, achou que as histórias nunca chegavam ao fim;vai de bet bônus cassinoVeneza, explorou a "cidade líquida", a bordo de cisnes negros, como a viajante chamava as gôndolas, andou de pontevai de bet bônus cassinoponte e se encantou com as rendas venezianas.
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E quanto mais viajava, mais se sentia "antiturística".
"A vida é rápida demais. Não se tem tempo nem para amar uma cidade."
Cecília Meireles
Apesar da crítica aos milhares de turistas que sequer ouviam o que o guia tinha para explicar, mais preocupadosvai de bet bônus cassinorir, falar e tirar fotos, a escritora-viajante lamenta a rapidez das experiências numa viagem.
Logo, dúbio na memória, tudo desaparece e "o caminho já vai sendo saudade".
Não fosse a pressa da vida, poderíamos, nas palavras da escritora, sempre subir e descer ruas e escadas, sem hora certa, como nessa crônica de 1953, outra vez, sobre Siena, na Itália, onde a viajante dá lugar à professora que reconta as histórias do século XVI, como se estivesse diante das arenas das touradas.
"Ai, não fosse a vida esta urgência!", conclui Cecília Meireles.