jogos no computador-Até que ponto é saudável compartilhar vida digital com familia e amigos?
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Localizaçãojogos no computadortempo real é questão de segurança ou beira a obsessão por informações o tempo inteiro?jogos no computador de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Fernanda*, advogada de 24 anos que morajogos no computadorSão Paulo, é adepta de um aplicativo que permite separar e compartilhar informações digitais com pessoas de grupos específicos, o Life 360. A partir do recurso de GPS dos smartphones, a plataforma oferece um acompanhamentojogos no computadortempo real da localização de usuários cadastrados.
O exemplo mostra como o desenvolvimento da tecnologia traz cada vez mais impasses sobre as fronteiras da privacidade. Um deles é até onde dividir a vida digital com amigos e família pode ser saudável.
No Life 360, a jovem e mais dois amigos compartilham suas localizações durante todo o tempo em um grupo. O monitoramento ocorre de forma harmoniosa, mas, para se sentir confortável, Fernanda precisou escolher a dedo com quem iria dividir as informações dejogos no computadorvida.
“A gente baixou o aplicativo mais pra se divertir, mesmo. Ficamos zoando uns aos outros”, conta.
Os limites da vida online
O problema é que o caminho muitas vezes não é tão simples assim, segundo Cristiano Nabuco de Abreu, doutorjogos no computadorpsicologia e coordenador do Grupo de Dependência Tecnológica do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).
O especialista entende que o nosso cérebro tem limites para aprender a lidar de forma saudável com uma vida de informaçõesjogos no computadortempo real. Para Nabuco de Abreu, criar o costume de viver com dados instantâneos a todo momento deve ser evitado.
Ele explica que,jogos no computadorinterações na vida real, o cérebro tem alguns milissegundos para processar informações e transformar algumas emoções instantâneas e mais primitivasjogos no computadorpensamentos racionais e mais ponderados.
Nas interações online, por outro lado, os dados instantâneos nos fazem “pular” esta etapa importante do processamento racional. Isso pode nos tornar mais impulsivos e até mesmo menos equilibrados emocionalmente ao longo do tempo. “Todo esse movimento é muito deletério para o desenvolvimento e equilíbrio emocional humano”, diz.
Discrição online é também seguro
Mas, para muitos, o costume de compartilhar informações pode envolver aspectos práticos difíceis de abrir mão, como a própria segurança. A partir do histórico de localização do Life 360, por exemplo, Fernanda e seus amigos checam se todos chegaram bemjogos no computadorcasa depois de terem bebidojogos no computadoruma festa.
Recentemente, casos de sequestros relâmpago aumentaramjogos no computadormuitas capitais do Brasil, principalmentejogos no computadorextorsões por meio de Pix, plataforma de pagamentos via celular que tornou o crime mais rápido e simples. Relatos envolvendo sequestros e agressões sexuais envolvendo transportes por aplicativo também não são raros.
Entretanto, Fernanda reconhece que essa divisão entre a privacidade e praticidade pode ficar mais tênue em outros tipos de relações. “Difícil dizer se eu dividiria a minha localização com um parceiro afetivo, por exemplo. Acredito que não. Tem até algumas amizades com as quais eu nunca usaria um aplicativo desse”, diz.
Quebras de expectativas
Para Ailton Batista, psicólogo especializadojogos no computadorsaúde pública pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), a tecnologia pode criar imagens e expectativas irreaisjogos no computadoroutras pessoas, principalmente no relacionamento a dois. Se nos condicionarmos a sempre aceitar (ou até exigir) informações cada vez mais rápidas, podemos acabar criando problemas com relação a limites de privacidade estipulados pelo parceiro.
“A tecnologia vai criando uma certa ilusão de que o outro está o tempo todo disponível e pronto para atender às nossas necessidades, como se o outro fosse uma máquina que operasse segundo os nossos desejos, mas é muito pelo contrário. O outro também tem desejos próprios".
Cláudio *, estudante de arquitetura de 22 anos de Curitiba, conta que dividiria ajogos no computadorlocalizaçãojogos no computadortempo real com a namorada sem grandes problemas. Mas, para dividir a mesma informação com ajogos no computadormãe, a coisa já é bem diferente.
“Se dependesse da minha mãe, ela teria minha localização o tempo todo, mas eu me recusei. É invasão de privacidade demais pra mim”.
A mãe de Cláudio, que compartilha ajogos no computadorlocalizaçãojogos no computadortempo real com ele durante todo o tempo, no final das contas, teve que aceitar a decisão do filho — mas não sem nenhuma negociação.
“Quando vou viajar, ela pede que eu compartilhe a localização. Eu não gosto, mas é mais fácil fazer do que reclamar, então eu faço”, brincou.
* Nomes fictícios, criados a pedido das pessoas citadas na reportagem