grêmio e tombense palpite-Deepfake: como montagens podem manipular emoções dos eleitores neste ano
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Cada vez mais verossímil, técnica pode ter grande potencial de compartilhamento. Mas é possível identificá-la e evitar o conteúdo enganosogrêmio e tombense palpite de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Além dos textos com informações falsas e das imagens fora de contexto, outro tipo de conteúdo pode trazer preocupação para estas eleições, por seu poder de confundir o público. Os deepfakes já circulam há alguns anos na internet e, com o avanço da tecnologia, têm se tornado cada vez mais convincentes.
A tecnologia, se usada com o intuito de propagar desinformação, pode representar riscos neste ano eleitoral. Os deepfakes são, geralmente, vídeosgrêmio e tombense palpiteque o rosto e/ou a voz de alguém é substituído digitalmente pelos traços de outras pessoas. As expressões faciais também podem ser manipuladas, para fazer com que a pessoa retratada aparente estar fazendo ou dizendo algogrêmio e tombense palpiteum novo contexto.
"Eles são aptos a gerar grande engajamento porque os conteúdos buscam atingirgrêmio e tombense palpitecheio aspectos emocionais de quem os recebe", afirma Marcelo Crespo, coordenador do curso de Direito da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). "Difícil é quantificar o quanto isso pode impactar no pleito, mas pode."
Esses vídeos são criados a partir de uma técnica de inteligência artificial chamada deep learning (aprendizado profundo),grêmio e tombense palpiteque o computador pode, por exemplo, analisar milhares de imagens de uma pessoa, aprendendo a recriá-la. A mesma técnica pode ser usada para reproduzir o timbre de voz.
A tecnologia, se usada com o intuito de propagar desinformação, pode representar riscos neste ano eleitoral. "Oficialmente, as campanhas não produzirão deepfakes, mas os canais informais ou militantes podem gerar fake news com o uso dessa técnica mais sofisticada de mídia sintética", avalia Dora Kaufman, professora do Programa de Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC-SP.
Um vídeo recente com a apresentadora da TV Globo Renata Vasconcellos, que simulava uma notícia dizendo que o presidente Jair Bolsonaro liderava uma pesquisa eleitoral, não era uma deepfake de fato, apesar de ter sido alardeada como tal. Tratava-se de uma edição de vídeogrêmio e tombense palpiteque o áudio foi recortado e coladogrêmio e tombense palpiteuma ordem distinta, com o intuito de inverter a informação real.
A deepfake como arma de fake news
Um dos fatores que podem contribuir com a disseminação da deepfake desinformativa é a falta de conhecimento do público sobre essas mídias ou a falta de atenção para identificá-las.
“Uma pessoa que esteja olhando com atenção para o vídeo pode detectar que é um deepfake. Mas, como a gente vive com uma atenção que muda constantemente entre um aplicativo e outro, as pessoas podem ver aquilo, não prestar muita atenção, e achar que é verdade. Então, esse é um risco que a gente tem, muito grave, para essas eleições”, diz Diogo Cortiz, professor da PUC-SP e pesquisador no NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR).
Para Kaufman, os órgãos fiscalizadores, além de iniciativas da grande mídia e de organizações da sociedade civil, estão atentos. Ainda assim, podem existir desafios, considerando a dificuldade de fiscalizar um ambiente tão vasto quanto o online.
Há, hoje, segundo Cortiz, pessoas e grupos que se dedicam a melhorar os algoritmos com o objetivo real de espalhar desinformação. No entanto, afirma, esse foi um “efeito colateral” do surgimento dessa tecnologia, nãogrêmio e tombense palpitefinalidade original.
“O deepfake foi um processo natural da evolução da área de visão computacional, que é o uso de técnicas de IA [inteligência artificial] que trabalham com imagens”, diz o pesquisador. “Então, no processo de exploração, para saber se era possível criar novas imagens ou fazer algum tipo de edição, se chegou a essa tecnologia.”
Técnica também pode divertir e conscientizar
Nem todo deepfake que circula nas redes sociais, porém, tem o intuito de confundir; alguns pretendem provocar o riso ou a reflexão. O jornalista Bruno Sartori trabalha com a tecnologia há anos e já postou,grêmio e tombense palpiteseu canal de YouTube, diversas paródias protagonizadas por políticos como Jair Bolsonaro, Lula, Sergio Moro e Donald Trump.
Um dos destaques no canal de Sartori foi uma cena da novela mexicana “A Usurpadora” protagonizada por Lula e Bolsonaro, e uma cena do seriado “Chaves” estrelada por Sergio Moro e Pedro Bial.
Outra aplicação positiva, atualmente, é na arte. Kaufman cita exemplos como a reconstituição de obras de arte danificadas, a inserção da face de um atorgrêmio e tombense palpitecenas protagonizadas por um dublê, como no filme "Rogue One: Uma História Star Wars" com a princesa Leia; e a possibilidade de "reviver" artistas e personalidades falecidas, como na exposição "Eu, Ayrton Senna da Silva", que recriou a voz do piloto a partir de IA, usando-a para contar a história do ídolo.
"A tecnologia que está por trás do deepfake é a GAN (rede adversária generativa, na siglagrêmio e tombense palpiteinglês), que cria imagens bi ou tridimensionais (imagem, voz, vídeo), possibilitando inúmeros benefícios, inclusive aplicações importantes na área de saúde", afirma a professora. Um exemplo de GAN na saúde seria a análise e detecção de diferentes tipos de câncergrêmio e tombense palpiteuma tomografia computadorizada.
Deepfakes também podem ser ferramentas de conscientização. Neste ano, um comercial na Holanda fez com que a versão digital de uma vítima de um disparo de arma ocorridogrêmio e tombense palpite2003 pudesse "reviver" no vídeo, enquanto uma narração pedia para que as pessoas não deixem o crime impune, e compartilhassem pistas e testemunhos.
Deepfake de desinformação pode ser punida?
Apesar de suas muitas aplicações positivas e inovadoras, a criação de deepfakes, se usada para espalhar desinformação nas eleições, pode levar a penalizações.
"O Código Eleitoral pune as fake news eleitorais nas condutas de quem 'divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos que são inverídicosgrêmio e tombense palpiterelação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado'", explica Crespo.
As penas podem ser desde pagamento de 120 a 150 dias-multa — cada dia-multa custa entre 1/30 a cinco vezes o salário mínimo mensal vigente — a dois meses a um ano de prisão. "Também são punidos da mesma forma aqueles que produzem, oferecem ou vendem vídeos com conteúdo inverídico acerca de partidos ou candidatos", diz o professor.