bet valsport-'Brazilian Aesthetic': a cara da favelas brasileiras ditam a moda
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Marquinha de biquíni de fita, chinelos brancos, camisa de time, cabelo na régua e outros símbolos de favelas representam a estética nacionalbet valsport de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Elementos que compõe o imaginário social do que é tipicamente periférico e que na maioria das vezes são estigmatizados, vem se tornando um tipo de movimento de moda e nas redes socais, que permeia as elites nacionais e é amplamente divulgado no exterior. Mas o estilo vileiro, mandrake, chavoso, hip-hop e o mais recente: “BrasilCore” sempre tiveram significados diferentes para dentro da favela e para fora das comunidades.
Thiagson, funkeiro, professor de música, doutorando pela USP, compositor e escritor, explica o significado da palavra estética e como ela é vivida nas favelas do Brasil.
“A palavra "estética" significa “sensação”, por isso existe a palavra "anestesia". Uma substância usada para não sentir a sensação da dor, a estesia da dor. Estesia é sensação, estesia é de onde veio a palavra "estética". Esta palavra é a principal no mundo das artes. Ou seja, percebemos a Arte através das sensações. Falarbet valsportestética periférica significa falarbet valsportcomo as periferias sentem a arte.” Explica o professor.
O jovem Henrique Santos, morador da Vila Nova Tiradentes,bet valsportCuritiba se identifica com o estilo periférico e se considera muito “chave no estilo”. E entende que o estilo de roupas que ele usa causa diferentes sensações conforme os locais frequentados por ele.
“Chavoso vem de chave, para nós da vila, alguém com estilo “chavoso” é aquele que vem para resolver problemas mesmo, para se divertir, agora para os playboys é chave de cadeia, porque para eles tudo que vem da periferia é problema mesmo. ” Afirma Henrique.
O jovem ainda afirma que não são só roupas ou ouvir um estilo musical, é uma atitude vida e uma maneira de ocupar o mundo.
De acordo professor Thiagson Artes Periféricas são fortes, intensas e chamativas, porque as periferias sintam o mundo de um jeito forte, intenso e gritante. Ainda segundo o professor a estética periférica é muito composta pela “estética do vilão”.
“Vilão significa, na origem, morador de vila. Ou seja, enaltecer o vilão significa enaltecer os moradores de vila (quebet valsportmuitos lugares é o mesmo que morador de favela). Só quem vive a experiência do vilão sabe que o vilão não é alguém que nasceu "do mal", mas alguém que o nosso mundo corrupto e injusto tornou do mal. Enaltecer o vilão é, de uma certa forma, denunciar as injustiças e mostrar que o mundo como ele beneficia muita gente, mas, por outro lado, tritura muito mais pessoas. Por isso, a estética periférica é cheia de Coringas, Palhaços do Mal, Irmãos Metralha, Pica-Pau” explica Thiagson.
Resinificar a favela e conquistar a auto estima:
Rafael Freire, Educador infantil, fotógrafo profissional especializado em pele negra surpreende nas redes socais pela forma como ele retrata as favelas brasileiras. Nas páginas do instagram @rafaelfreire e @aflordafavela, o fotografo mostra seu trabalho a partir do pertencimento a favela e surpreende seu público com a estética de suas fotos.
Morador da comunidade "aglomerado da serra"bet valsportBelo Horizonte, Rafael t venceu uma profunda depressão somada a uma guerra entre facções embet valsportcomunidade por meio da fotografia. Como educador infantilbet valsportuma escola da comunidade, ele pediu aos alunos que falassem sobre o que viam e como se sentiam ao morar na comunidade e se surpreendeu com uma poesia sobre a falta de flores da favela, motivado pelo olhar das crianças começou seu projeto de plantar flores na favela e fotografarbet valsportprópria comunidade.
“Antes de plantar flores, eu não enxergava beleza na favela, eu não conseguia enxergar belezabet valsportmim” diz Rafael.
As fotos de Rafael viralizam nas redes socais e frequentemente surgem comentários como:
“ Suas fotos ebet valsporttécnica são incríveis, mas pare de fotografar favela”.
“Favela não é motivo de orgulho”
“Porque você só fotografa favelas?”
“Como você consegue deixar a favela bonita?”
Ao se deparar com esses comentários, o fotografo responde “eu queria fotografar o que se parece comigo, por isso fotografo dentro da favela” diz Rafael.
Além do olhar sensível aos moradores, cenários e composição da fotografia, todas as legendas trazem o encantamento, resistência e ressignificação de estereótipos associados a favela.
O objetivo do Favela, a Flor que se Aglomera é resgatar a autoestima e mostrar a potência das pessoas da comunidade, fazendo ensaios fotográficos gratuitos para jovens sem condição financeira poderem mostrar suas habilidades.