sites de apostar-A dançarina que foi enterrada viva quando criança
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Gulabo Sapera esites de apostarfamília desafiaram as tradições e regras desites de apostarcomunidade nômade no Rajastão, no norte da Índia,sites de apostaruma trajetória que a transformariasites de apostaruma embaixadora cultural e líder do povosites de apostar de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
A indiana Gulabo Sapera não deveria estar viva, muito menos ser dançarina ou ter ficado famosa. Mas, contrariando as tradições, ela e seus pais desafiaramsites de apostarprópria comunidade no Estado do Rajastão, no norte do país,sites de apostaruma trajetória que a transformaria na líder do povo que um dia a rejeitou esites de apostaruma celebridade global. Gulabo conversou com Sumiran Preet Kaur, da BBC Hindi, e conta a seguirsites de apostarhistória.
"Nascisites de apostaruma comunidade nômade. Nós viajávamos de um lugar para outro e acampávamos nos arredores de vilarejos, mas éramos mantidos separados. Os moradores nunca deixavam a gente entrar na cidade, a não ser que tivessem algum trabalho para nós.
Somos conhecidos como os sapera, ou os encatadores de serpente, já que fazemos cobras dançarem. Nos festivais, nos deixavam entrar nos vilarejos para entretê-los com as cobras, e, se alguém era picado, nos chamavam para tratar a pessoa com nossos medicamentos tradicionais.
Levávamos uma vida dura viajandosites de apostarmeio à natureza. As famílias eram pobres e não podiam pagar os dotes e casamentos para suas filhas. O costume era ter apenas uma menina por família. Quando uma segunda menina nascia, era simplesmente enterrada viva.
Minha família era incomum: tinha três meninas e três meninos. Fui a sétima criança a nascer. Quando isso aconteceu, meu pai estava fora,sites de apostarum mercado. Minha mãe ficou inconsciente no parto, e algumas mulheres me levaram para longe dela. Cavaram uma cova rasa, colocaram grama sobre mim e me cobriram.
Pouco depois, minha mãe acordou e perguntou por mim. Quando soube o que tinha acontecido, ela chorou e disse que meu pai ficaria bravo. Ele tinha outras três meninas e não acreditava neste costume. Uma mulher da comunidade perguntou: 'Como você vai cuidar de três garotas?'.
No meio da noite, minha mãe saiu escondida com minha tia, que a levou até onde eu estava. Elas me desenterraram e me encontraram com vida. No dia seguinte, toda a comunidade se reuniu, e alguns perguntaram: 'Como vocês a trouxeram de volta? Talvez ela seja uma bruxa. Como ela pode ter sobrevivido enterrada? Vocês devem matá-la, ou vamos fazer isso'.
Mesmo sendo repreendido, meu pai apenas cruzou os braços e disse quesites de apostarfilha era especial, que tinha conseguido sobreviver e era filha da terra. Ele temia pela minha vida e me levava ao seu lado mesmo quando estava trabalhando. Ele era um encantador de serpentes. Foi como comecei a dançar com cobras quando tinha só 2 anos.
Não cresci junto a meus irmãos, mas com as serpentes. Dançava com elas enroladas no pescoço. Alguns na minha comunidade diziam que meninas não deviam dançar de forma alguma. Eles me deixavam fazer issosites de apostarfestivais e nas feiras para conseguir dinheiro e comida, mas,sites de apostaroutras situações, me proibiam.
Insatisfeita com minha dança, minha comunidade pressionou meu pai para que eu ficasse noiva quando tinha 5 anos. Meu pretendente era 30 anos mais velho. Mas eu tive um acidente de bicicleta e quebrei a perna. Os pais do meu noivo souberam disso e disseram: 'Como ela vai trabalhar com uma perna ruim?'.
Então, eles acabaram com o noivado. Disse à minha mãe: 'Nunca mais me deixe ficar noiva, apenas me deixe dançar'.
Quando tinha 7 anos, eu me apresenteisites de apostaruma feira, e um funcionário da secretaria de turismo me viu. Conforme eu dançava, as pessoas me davam muito dinheiro. Ficavam impressionadas com minha flexibilidade, diziam que era como se eu não tivesse nenhum osso no corpo.
Fui chamada para dançar para convidados internacionais. Foi tão legal, o palco parecia um templo, e o público, Deus. Sinto isso ainda hoje."
Mas Gulabo pagaria um preço por isso. Algumas pessoas desites de apostarcomunidade ficaram furiosas por ela ter dançadosites de apostarpúblico para estrangeiros, esites de apostarfamília foi banida e teve de se mudar. Ela continuou a dançar e a trabalhar para a secretaria de turismo, que planejava uma visita aos Estados Unidos. Ela havia acabado de entrar na adolescência na época.
"Meu pai morreu um dia antes de eu ir para a América, mas, ainda assim, eu fui e dancei. Fiz isso por ele.
Fui a primeira menina de minha comunidade a viajar de avião. Foi como um sonho. Até mesmo viajar de ônibus e de trem parecia um sonho.
Quando fui à América, as pessoas me perguntaram: 'Qual é o nome desites de apostardança? Se você deu início à ela, deveria ter seu nome'. Respondi: 'Quero batizá-lasites de apostarhomenagem à minha comunidade, já que não somos reconhecidossites de apostarcasa, somos considerados ultrapassados, então, a batizei como dança sapera'".
Gulabo tinha parado de dançar com serpentes a essa altura. Ainda assim, deixou muitos espectadores impressionadossites de apostarWashington, tornando-se uma espécie de embaixadora cultural do Rajastão e da Índia.
"Quando fui à América, minha comunidade ficou impressionada ao ver meu nome nos jornais e por eu ter batizado a dança emsites de apostarhomenagem. Eu trouxe fama e reconhecimento ao meu povo.
Depois de algumas performances, tinha dinheiro suficiente para me casar. Quando minha primeira filha nasceu, ainda não tinha um teto para viver. Moravasites de apostaruma tenda.
Minha bebê tinha apenas 3 meses quando choveu tanto que a tenda se rompeu, então, eu e minha mãe ficamos sob uma enorme caixa para proteger minha menina."
O departamento de turismo socorreu Gulabo, organizando mais performances internacionais para ela. "Fui a Londressites de apostar1986 com outro artista para nos apresentar. O público disse que queria mais. Dancei por uma hora sem parar. Depois disso, fui ao Reino Unido várias vezes.
Ganhei prêmios por minha dançasites de apostarJaipur (capital do Rajastão), na Dinamarca e na França. Também canto um pouco, então, já gravei dez álbuns. Também dei aulas de dança ao redor do mundo.
Hoje, tenho cinco filhos e sou a líder da minha comunidade. Depois das minhas performances, quando voltei da América, minha comunidade deixou de matar meninas. Essa foi minha maior conquista.
Mas ainda há muitas coisas que tenho de fazer, pela sociedade, pelas novas gerações, meus filhos, minha família. Ainda tenho muitos grilhões que preciso romper.
Dançar é minha vida. Quando danço, eu me torno outra pessoa. Perco a noção de tempo e me transporto para outro mundo.
Rezo para que, quando eu morrer, seja dançando. Pedi a Deus para, quando ele me chamar, que faça isso enquanto eu estiver no palco, para que, na próxima vida, eu seja uma dançarina de novo."