vamos apostar casino-Cartunistas protestam contra censura a exposição crítica a Bolsonaro
vamos apostar casino
Mostra de charges com críticas a Bolsonaro e Trump foi retirada da Câmara de Vereadores de Porto Alegrevamos apostar casino de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Após a Câmara de Vereadores de Porto Alegre ter determinado a retirada de uma exposição de charges do saguão do prédio, por conter críticas aos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, os cartunistas integrantes da mostra fizeram, ontem, protestovamos apostar casinofrente à sede do Legislativo municipal.
Com réplicas dos desenhosvamos apostar casinotamanho reduzido, os artistas se manifestaram contra o que entendem ter sido um ato de censura da presidência da Câmara Municipal. A exibição, batizada de O Riso é Risco - Independênciavamos apostar casinoRisco, trazia 36 obras de 19 cartunistas diferentes.
Os trabalhos,vamos apostar casinotamanho A3, tinham permissão para ficar no hall da Câmara até 19 de setembro, porém foram retirados menos de 24 horas depois de entrarvamos apostar casinocartaz. Na descrição da mostra, os artistas dizem que, "armados com seus lápis, pincéis e tintas", o objetivo é denunciar o "autoritarismo, a intolerância e a violência".
Durante o protesto, os trabalhos foram expostosvamos apostar casinoum varal improvisado junto ao portão do Legislativo, incluindo uma tarja com a palavra "censurado"vamos apostar casinocada cartoon. Para o jornalista Celso Schröder, cartunista desde 1974, a manifestação ganhou proporções além da própria exibição.
"Essa censura, burra e estúpida como toda censura, acabou fazendo a exposição circular muito mais do que se ela ficasse no âmbito da Câmara. Além disso, a defesa da exposição mostra uma preocupação com a liberdade e a independência brasileira de nós indivíduos", advertiu. Em função da repercussão, Schröder cogita acionar a Justiça para retomar a apresentação na Casa.
Responsável por suspender a mostra, a presidente da Câmara Municipal, vereadora Mônica Leal (PP), afirmou ter sido comunicada do conteúdo da exibição por pessoas de fora do Legislativo. Ela justifica que o pedido para receber a mostra partiu do vereador Marcelo Sgarbossa (PT), sem indicar o conteúdo de todos os desenhos.
"Verificou-se que o que estava ali exposto caracterizava clara falta de respeito ao presidente da República, falta de limite e de bom senso. O exercício da liberdade de expressão, um importante direito que a democracia conquistou, não exime as pessoas de suas responsabilidades e noções de limite e de coletividade. Os espaços da Câmara Municipal são destinados para exposições de arte, de memória e de história. O respeito, o bom senso e a ponderação são princípios básicos que devem orientar o poder público e não podem ser deixados de lado", defendeu Mônica Leal.
Surpreso negativamente com o cancelamento da exposição, Sgarbossa deixou claro que o pedido de uso do espaço partiu dos próprios cartunistas, sem interferência política do PT. Presente no ato, o vereador petista colocouvamos apostar casinoxeque o Estado democrático de direito. "A repercussão que teve o caso da censura da exposição dos cartunistas, tanto no Brasil quanto no exterior, nos dá mais força porque está escancarando essa falsa democracia que estamos vivendo", criticou.
Chargista ácido, Carlos Latuff lamentou o episódio, ao recordar das vezesvamos apostar casinoque foi censurado por autoridades de países como Egito e Turquia. "A atitude arbitrária é perigosa para um país que se apresenta como democracia. A Câmara de Vereadores de Porto Alegre, tendo a frente Mônica Leal, agiu de maneira autoritária, bem característica de regimes ditatoriais, violando inclusive a Constituição do Brasilvamos apostar casinoseu artigo 5°. Parece que a vereadora tem saudade dos tempos da censura do regime militar", alertou.
Já o artista Leandro Dóro, um dos organizadores da mostra, lembrou ainda o ano de 1990, quando de "forma escancarada" um grupo de artistas gaúchos foi censurado, quando a Revista DumDum sofreu ataques de lideranças políticas, depois de ter recebido recursos do Fumproarte. "A censura que sofremos significa um retrocesso democrático. Nós realizamos essa exposição pensando sobre a democracia e a soberania nacional. Será que agora somos proibidos de pensar sobre nosso próprio país?", questionou.