joguinho do dinheiro-Bonecos Gigantes percorrem ladeiras de Olinda nesta terça
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Lá vem o gigante descendo a ladeira, balançando de um lado para o outro, com os braços soltos. Ou melhor, 50 gigantes, envoltosjoguinho do dinheirouma multidão que vibrava com o frevo, pequena ao lado dos maiores foliões do Carnaval. O Encontro dos Bonecos Gigantes de Olinda percorreu as ladeiras pelo 30º ano consecutivo na manhã de hoje (28), animando o povo com um dos símbolos da folia pernambucana.
Medindojoguinho do dinheiromédia 3,4 metros quando montado, os bonecos são levados na cabeça e nas costas dos bonequeiros. O movimento característico deles se faz rodando; assim, os braços soltos do gigante giram de um lado para o outro, atingindo de leve algum desavisado e entretendo o pessoal que estájoguinho do dinheirovolta, que brinca de desviar das mãos giratórias. Tudojoguinho do dinheiromeio ao frevo tocado pelas orquestras.
O encontro começou no Largo do Guadalupe, desceu para o tradicional Quatro Cantos, cruzamento de Olinda que vive cheio e por onde passam vários blocos, e seguiu para a Prefeitura.
No 30º encontro, uma novidade são os 40 bonecos mirins, de tamanho menor. Segundo Sílvio Botelho, organizador do encontro e artista plástico que fabricou vários dos ícones dessa culturajoguinho do dinheiroPernambuco, é uma forma de continuar a brincadeira entre gerações, atraindo crianças e envolvendo os filhos das pessoas que fazem a cultura dos bonecos gigantes. Para combinar com a proposta, o Palhaço Chocolate foi escolhido como homenageado deste ano. Ajoguinho do dinheirorepresentação abria o cortejo dos gigantes.
Nos dias de Carnaval de Olinda, não é difícil encontrar crianças admiradoras dessa manifestação cultural: de fantasias do Homem da Meia Noite, o mais antigo deles, a bonequinhosjoguinho do dinheirominiatura sendo levados pelos pequenos. Para a empresária do Recife Renata Passos, de 45 anos, que sempre aparecejoguinho do dinheiroOlinda na terça-feira para acompanhar a passagem dos bonecos, não são só as crianças que gostam de pegar na mão e de dançar com os gigantes. "Adulto também adora", ri. "Na dança, na brincadeira como um todo. Faz parte da gente, né?"
A tradição pernambucana tem origemjoguinho do dinheirooutro continente, de acordo com o artista plástico Sílvio Botelho. "A origem do boneco gigante está datada de 800 anos,joguinho do dinheiroPortugal. Chegou ao paísjoguinho do dinheiro1919,joguinho do dinheiroBelém do São Francisco. Chegando aqui ficou timidamente e a história acabou. Renasceujoguinho do dinheiroOlinda,joguinho do dinheiro1932, com o primeiro boneco com o nome de Homem da Meia Noite", explica.
Encontro de personalidades
Personalidades da vida real também caem na foliajoguinho do dinheiroforma de bonecos. Eles são feitos por Leandro Castro, criador da Embaixada de Pernambuco, onde expõe os gigantes fabricados por ele. São artistas brasileiros e estrangeiros e outras pessoas conhecidas, inclusive presidentes do Brasil, que são retratados desde Fernando Henrique Cardoso. Segundo Leandro, para evitar o uso do bonecojoguinho do dinheiroprotestos espontâneos, o presidente Michel Temer ficou apenasjoguinho do dinheiroexposição e não saiu às ruas ontem (27), diajoguinho do dinheiroque Castro fez seu desfilejoguinho do dinheiroOlinda.
Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ex-presidente Obama pularam o carnaval. "A gente não usa nossos bonecos de forma caricata. Na verdade queremos materializar ícones", explica. "O Obama, como ele já deixou de ser presidente, aí sim a gente fez uma brincadeira e está caracterizando ele como Tio Sam negro, até para se contrapor ao Donald Trump, que é realmente polêmico", acrescenta. Criar bonecos de pessoas famosas e personalidades políticas não é consenso entre os artesãos. Sílvio Botelho só cria personagens ou representantes da cultura popular pernambucana. "Dona Selma do Coco eu transformeijoguinho do dinheiroboneca, então o povo tem aquele sentimento. Spok, Maestro Forró, Velho Manguaba, Lia de Itamaracá", cita. Sobre o outro tipo de representação de pessoas reais, o artesão justifica: "Se fosse uma sátira, você tem uma leitura temática, mas não é o caso. Quando só há interesse financeiro, isso eu não faço."