vera&john casino-Mostra de Cinema de São Paulo 2024: 400 filmes, Maria Callas, cinema palestino e israelense e mais
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Entre os principais destaques, além da cinebiografia da cantora, interpretada por Angelina Jolie, estão filmes como 'O Brutalista', 'Anora' e 'Ainda Estou Aqui'; festival faz retrospectiva do cinema indiano e de Marcello Mastroianni e abraça temas políticos e urgentesvera&john casino de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
"Olha, vou te dizer uma coisa, eu estou meio assustada este ano, porque a Mostra está muito grande". É assim que começa a conversa com Renata Almeida, diretora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que abrevera&john casino48ª no dia 17 de outubro. Segundo ela, já são quase 400 filmes selecionados na programação, que segue até o dia 30.
"Para mim é assustador, porque o orçamento é um problema enorme. Estou aqui me chicoteando por ter deixado isso acontecer. Mas é o que acontece quando se trabalha com paixão, né?", diz Renata, que deixa escapar uma ponta de orgulho ao falar sobre os filmes selecionados. "Quando a seleção de filmes já está fechada, você pensa 'já deu', mas aí aparecem filmes que você adora e que não pode deixar de fora. Não tem o que fazer."
Em 2023, a Mostra atingiu a marca de 360 filmes.
A Mostra ainda vai fazer uma pequena retrospectiva de Marcello Mastroianni, com sete diretores de sete países mostrando a versatilidade do ator - e com o novo filme Marcello Mio também na programação.
Por fim, como já virou tradição, o evento vai trazer uma série de filmes brasileiros restaurados para a telona. Um exemplo é a pornochanchada Onda Nova, "um filme que os censores da Ditadura nem souberam bem o que censurar".
Política e formação de público
Um ponto importante que Renata destaca, para além desses grandes destaques da programação, está na importância da Mostra como espaço para pensar, refletir e debater sobre o que está acontecendo fora das salas de cinema, dialogando com o mundo.
"Temos vários filmes sobre o Oriente Médio", diz Renata. Dentre os filmes selecionados, Gazan Tales, do palestino Mahmoud Nabil Ahmed, Happy Holidays, do palestino Scandar Copti, Israel Palestina na TV Sueca 1958-1989, do sueco Göran Olsson, A Lista, da iraniana Hana Makhmalbaf, No Other Land, do palestino Basel Adra, o libanês Green Line, de Sylvie Ballyot, Por Que a Guerra? e Shikun, ambos do diretor israelense Amos Gitaï.
Renata, aliás, diz que não tem problema de tocarvera&john casinotemas políticos. Para ela, é dever de um festival como a Mostra não só falar sobre política, mas cutucar o espectador a debater.
"Isso que o Festival de Cannes fez, de dizer que não precisa falar sobre política, é uma bobagem", diz. "Não pode ter medo da polêmica, da discussão. A gente precisa reaprender a conversar sobre as coisas sem querer anular o outro completamente, sem demonizar o outro. Precisamos reaprender o diálogo. Mesmo que alguém se exaltevera&john casinouma discussão, o treino da convivência é essencial. Se dissermos que o festival não pode falar de política… Como isso? O festival é político, tem que ser político. O medo da polêmica não pode existir".