cbet tv-Thiago Nigro é autista? Psicólogo explica diagnóstico revelado por Maíra Cardi

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Thiago Nigro, o Primo Rico, aparentemente foi diagnosticado como autista, pelo menos foi isso quecbet tvesposa Maíra Cardi disse ao justificar um vídeo polêmico publicado por seu marido nas redes sociais. Para quem está por fora, a influencer viveu um aborto espontâneocbet tvcasa e o milionário resolveu filmar e publicar imagens do feto nas redes sociais. A situação causou muito desgosto entre os seguidores, que cobraram um posicionamento. 

Segundo a ex-esposa de Arthur Aguiar, o marido fez o post por ter um 'leve grau de autismo'. "A maneira como ele sente e expressa a dor, os sentimentos, é diferente. A forma como eles [pessoas no espectro autista] lidam com o mundo, expõem as dores e agem com praticidade pode parecer assustadora para quem não entende, mas é uma condição, não uma escolha", disse ela.

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Thiago Nigro realmente é autista?

Em maio deste ano, Thiago apareceucbet tvum podcast ao lado da esposa para dizer que está investigando a possibilidade de fazer parte do espectro autista. Na entrevista, o influencer diz que tem dificuldade de entender alguns sentimentos, situações e piadas desde a infância.

O psicólogo Alexander Bez explica que o TEA, assim como muitos outros transtornos, não pode ser 'obtido' durante a vida: "Autismo é uma condição neuropsiquiátrica congênita, ou seja, a pessoa já nasce com ele. Não existe a possibilidade de adquirir autismo ao longo da vida, e traumas não são capazes de provocá-lo. O que pode ocorrer é que eventos traumáticos agravem sintomas já existentescbet tvpessoas diagnosticadas com autismo".

'Acho que o Thiago dissociou'

Foi o que Maíra Cardi disse ao justificar a atitude do marido de publicar o vídeo sensível. De acordo com Bez, é comum que qualquer pessoacbet tvum cenário traumatizante passe pela dissociação. "É um mecanismo de defesa do cérebro para lidar com situações traumáticas e pode acontecercbet tvqualquer pessoa, independente de ter ou não autismo. Contudo, afirmar que um trauma 'gera' autismo não tem embasamento clínico. É importante destacar que o autismo não é causado por fatores externos, mas sim por questões neurológicas e genéticas, ainda pouco compreendidas", explicou ele.

'Sofre de um grau leve de TEA'

Essa foi a forma que a influencer explicou o transtorno do influencer. Bez explica que essa nomenclatura está errada: "Enquanto pessoas com autismo podem apresentar diferentes níveis de intensidade dos sintomas, o conceito de 'grau de autismo' muitas vezes é mal interpretado. O que existe são variações no espectro, que determinam como o indivíduo interage com o mundo".

O autismo justifica a ação?

Alexander conta que a saúde mental não age de forma binária, ou seja, não é possível dizercbet tvcerto ou errado quando se trata de um transtorno psicológico. Uma pessoa com algum tipo de condição, por exemplo, age e interpreta a vida de uma forma nem sempre aceita socialmente: "O cérebro, especialmentecbet tvcasos de condições psiquiátricas ou neuropsiquiátricas, opera de maneira independente de leis ou normas sociais. Em pessoas com transtornos como o autismo, o processamento das informações pode ocorrer de forma distinta, gerando reações consideradas incomuns ou inesperadas".

E ele segue: "No caso de pessoas com autismo, os estímulos externos podem ser processados de forma diferenciada, o que justifica determinadas reações comportamentais. Contudo, é essencial um diagnóstico profissional e individualizado para entender como cada pessoa lida com os estímulos externos e internos".

Como alguém com TEA vê o mundo?

Bez explica que o indivíduo pode ter visões e interpretações diferentes da sociedade de acordo com variações no espectro. "O autismo pode afetar a forma como os estímulos externos, traumáticos ou não, são processados, mas é importante lembrar que cada organismo reage de maneira diferente".

No caso de Thiago, que viveu um trauma com o aborto da esposa, ele pode ter vivido um episódio de "meltdown": "Um colapso mental e emocional que pode incluir reações mais intensas, como agressividade ou isolamento. Esse tipo de resposta é característico de algumas pessoas no espectro autista e geralmente ocorre diante de situações de sobrecarga sensorial ou emocional".

Por fim, Bez reforçou a importância de um diagnóstico documentado: "Porém, reforça-se a importância de um diagnóstico clínico feito por um profissional capacitado. Suposições sobre saúde mental sem embasamento técnico podem gerar desinformação. Cada caso é único, e apenas profissionais qualificados podem avaliar as condições específicas de cada indivíduo".