poker hold em online-Adriana Barbosa: criadora da Feira Preta e uma das pessoas mais influentes da América

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"Só existe solução se ela for coletiva e comunitária. Isso é uma premissa de vida para mim”. Quem diz isso é a empresária Adriana Barbosa, uma das vozes mais relevantes no mundo dos negócios sociais, que foi eleita como uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina,poker hold em onlinelista publicadapoker hold em online2022 pelo site Bloomberg Línea.

A empresária é fundadora da Feira Preta, um dos maiores festivais de arte e empreendedorismo afrocentrados da América Latina que,poker hold em onlinedécadas de existência, faz circular milhões de reais na economia anualmente e já recebeu artistas do porte de Mano Brown, Elza Soares e Dona Ivone Lara. Também lidera o PretaHub, centro de iniciativas de formação e fomento a negócios de pessoas negras com arte e tecnologia.

Para isso, todos os dias, Adriana mobiliza um ecossistema que alia empreendedorismo, responsabilidade social e letramento racial.

O tripé ajuda a manter firme a Feira Preta. Criada por Adrianapoker hold em online2001, a iniciativa começou como um brechó itinerante, passou pela Praça Benedito Calixto, ponto tradicional do bairro paulistano de Pinheiros e foi crescendo. Cresceu tanto que virou hub que promove a inclusão e apoia projetos independentes, tem diálogo com marcas importantes do mercado (como as multinacionais Ambev e Avon) e deu origem a um festival que,poker hold em online2024, ocupou por três dias o Parque do Ibirapuera, unindo entretenimento, gastronomia, tecnologia, moda, literatura, artes visuais e shows de Marcelo D2 e Preta Gil, entre outros.

Para entender de onde veio a inspiração para que Adriana Barbosa virasse essa potência, é preciso olhar seu passado.

Primeiro, para a base familiar. “Eu fui educada por bisavó, por avó, por mãe”, enumera,poker hold em onlineconversa com a Velvet durante a sessão de fotos que ilustra a matéria. “Essa primeira rede de mulheres que me educaram contribuiu para que eu pudesse ter uma visão feminina, feminista,poker hold em onlinerelação à forma como eu vejo o mundo e aquilo que eu entrego para o mundo também com a minha força de trabalho”.

"A intuição é fundamental, mas vai ter um momentopoker hold em onlineque você vai ter que olhar aquilo que criou intuitivamente e colocar energia para transformar isso numa prática. E aí, da prática vem a técnica."

Durante a juventude na zona sul de São Paulo, Adriana se acostumou a ver a bisavó cozinhar para complementar a rendapoker hold em onlinecasa. “Quando eu começo a entender os códigos do empreendedorismo, eu olho para a prática da minha bisavó e noto que a minha avó era muito empreendedora”, relembra. “Ela tinha uma visão de 360 graus. Ela não sabia, mas intuía como fazer. Desde a precificação, a estratégia de marketing, até a gestão da equipe, que era toda a família.”

Em todas as suas falas, sejapoker hold em onlineentrevistas ou nas palestras que costuma dar pelo país afora, Adriana sempre mede as palavras para não romantizar o que chama de “sevirologia”, ou seja, o ato de se virar para ter que se livrar do aperto financeiro, muitas vezes no informalismo. A empresária é uma defensora ferrenha da capacitação e profissionalização.

Nesses 23 anos desde a inauguração da Feira Preta, a questão racial ganhou cada vez mais peso no debate público, com a lei de cotas nas universidades federais (sancionadapoker hold em online2012) e outras ações afirmativas. A empreitada também faz parte desse novo momento que o Brasil vem vivendo nas últimas décadas.

“O empreendedorismo da população negra é um processo bastante naturalizado”, explica. “Então, o que eu faço hoje é trazer para a consciência uma prática intuitiva, ancestral, mas uma prática que ultrapasse os limites da sobrevivência, que seja uma oportunidade.”

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Para entender mais profundamente as raízes de seu negócio, Adriana fez especializaçãopoker hold em onlineGestão Cultural pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação da ECA - USP “Na Feira Preta me reconhec como um mulher preta”, declara. “A partir daí, mergulhei na história.”

Ao estudar, passou a observar as semelhanças entrepoker holdpoker hold em onlineonlineempreitada e os mercados africanos e de outros países latinoamericanos, como a Colômbia. “Tem um fio condutor dessa diáspora africana que ela tece, não importa onde é que a gente esteja”, diz. “Os corpos vão se movimentar da mesma forma. A música, a gastronomia, as cores, a textura, os tecidos, a vibração, ela está ali, na essência.”

Nada mais natural, então, do que a Feira Preta colocar como objetivo para o futuro próximo a ampliação de suas fronteiras. “Acho que o Brasil já ficou pequeno para aquilo que a gente faz”, reflete. “Quero me conectar com as coisas que estão acontecendo na Jamaica,poker hold em onlineCuba, nos Estados Unidos,poker hold em onlinequalquer lugar onde houve essa diáspora.”

Este ano, a PretaHub fez uma pesquisa sobre empreendedorismo negropoker hold em onlinepaíses da América Latina como Peru, Argentina, Panamá e Colômbia. Este último é um foco de novas e intensas parcerias desde 2021. É lá que acontece, desde 1997, na cidade de Cali, o Festival Petronio Álvarez, que celebra o passado, presente e futuro da cultura negra no território colombiano.

Transformação digital

E por que não ir além? O mundo on-line é outro horizonte que já começou a ser desbravado por Adriana epoker holdpoker hold em onlineonlineequipe. “Desde o contexto da pandemia, a gente tem mergulhado no processo da transformação digital”, conta. No início, o objetivo era apenas digitalizar o conteúdo e a comercialização de produtos. Mas, como tudo na vida da empreendedora, a coisa não demorou a crescer. Vieram estudos sobre blockchain, criptomoedas, NFT e,poker hold em online2024, a Feira Preta também aconteceu no metaverso.

“Durante o evento, lançamos o mapa Zumbi dos Palmares para o Fortnite”, relata. “Pela primeira vez tivemos um jogo cunhado na cultura afro-brasileira dentro de uma plataforma global de games. A gente está olhando a tecnologia junto com essa cultura da ancestralidade também presente.”

Ao ouvir sobre a trajetória de Adriana, é comum que o interlocutor reaja com alguma exclamação parecida com “nossa, mas essa mulher não para!”. É uma verdade. E também algo que tem ligado um sinal amarelo dentro dela mesma. “Eu venho de uma geração de família de muito trabalho, trabalho, trabalho”, reflete. E eu passei 23 anos, desde a primeira Feira Preta, trabalhando muito. Talvez eu pudesse ter me cuidado mais, ter me divertido mais”, pondera, quase parodiando a famosa música dos Titãs.

Adriana se forçou a colocar pausas empoker holdpoker hold em onlineonlineagenda, nem que seja para assistir a um filme ou série no streaming. “Aí eu fui entender que o buraco era muito mais embaixo”, confessa.

Ela fica feliz ao perceber que a mudança já estápoker hold em onlineandamento. “Quando eu olho a geração agora, eu acho que é mais libertapoker hold em onlinerelação a uma prisão mental dessa força do trabalho. Eles se permitem viver mais. Que bom”, comemora. “Estamos construindo outros imaginários para a juventude, que entende que a centralidade da vida não está na força do trabalho. Está napoker holdpoker hold em onlineonlineprópria existência.”

"O impacto do que eu faço é transformar o empreendedorismo negro no Brasil numa perspectiva a mais longo prazo, não só de sobrevivência, de vender hoje para comer amanhã."

O que faz a cabeça de Adriana Barbosa

Disco:

• “Caju”, de Liniker

“Que disco foi esse? Ela veio muito potente.”

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Livro:

• "Irmãs do Inhame: Mulheres Negras e Autorrecuperação", de bell hooks

“Uma cacetada. A hooks é sempre maravilhosa.”

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Podcasts:

• “Projeto Quirino” (Tiago Rogero e Rádio Novelo)
• “Desiguais” (Piauí)

“É muito massa olhar a nossa historicidade.”

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