aposta mais-Análise: Halo Infinite é recomeço que a franquia do Xbox precisava
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Jogo combina homenagem ao clássico Halo: Combate Evolved com novos elementos muito bem vindosaposta mais de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Lançado para PC, Xbox One e Xbox Series X/S com mais de um ano de atraso, Halo Infinite é o melhor jogo da 343 Industries, produtora que herdou a franquia Halo após a saída da Bungie do Xbox Games Studios. O game marca um recomeço para a saga de Master Chief, ponto perfeito para a entrada de uma nova geração de fãs e também uma direção renovada para a produtora, após o malfadado Halo 5 Guardians, lançado seis anos atrás e que não encontrou a melhor recepção da comunidade.
Não é preciso ter jogado aquele game para entender e se divertir com a nova aventura de Master Chief, até porque todos os conflitos e personagens problemáticos de Guardians se resolveramaposta maisoutras mídias, como livros e quadrinhos, antes da chegada de Infinite. O novo jogo começa direto na ação, com a nave UNSC Infinite sendo abordada e destroçada pelos Banidos, uma nova facção alienígena introduzida no game de estratégia Halo Wars. Na incrível cena inicial, Master Chief é derrotado por Atriox, líder dos Banidos e desperta seis meses depois, pronto para descobrir o que aconteceu com a nave, visitar um novo mundo artificial, Zeta Halo, e lidar com as ameaças inimigas daquele jeito que os fãs veteranos tanto apreciam: mandando balaaposta maisquem aparecer pela frente.
A campanha de Infinite presta uma grande homenagem ao clássico Halo: Combat Evolved, que completou 20 anos recentemente. O cenário lembra muito os primeiros estágios daquele game, com a constante sensação de descoberta do anel. É como se o jogo fosse um grande "Cartógrafo Silencioso", o estágio mais marcante daquele game. Master Chief está mais calado do que nos últimos jogos. É um guerreiro cansado e marcado pela perda deaposta maiscompanheira de tantas batalhas, Cortana. No lugar dela, há uma nova Inteligência Artificial, a Arma, e também um Piloto, um soldado comum da UNSC que faz um contraponto ao espírito elevado e sorridente da Arma e ao estóico Spartan protagonista - embora o Piloto seja um tanto irritante emaposta maiscovardice, as conversas entre Chief e a Arma são muito boas. O Spartan sempre teve ótimas frases de efeito e continua mandando bemaposta maisInfinite.
A dublagem brasileira está caprichada, tanto na caracterização de Master Chief quanto dos inimigos, principalmente os Grunts e Elites. As gravações dos Banidos nem sempre são fáceis de entender, mas representam bem a voz gutural dos Banidos. Ainda há pequenos deslizes e pronúncias incorretas como "Flód" ao se referir ao "Flood" (pronuncia-se 'flud') mas nada tão gritante como já foi nos dias de Halo 4.
O ano extra de desenvolvimento foi muito bem aproveitado pela 343 Industries. É um dos jogos mais bonitos do ano, ainda mais no Xbox Series X, e merecia um modo Foto. Não são poucas as vezesaposta maisque você gostaria de parar tudo, fazer uma pose heróica e registrar o momento para a posteridade.
A melhor parte mesmo é a caracterização dos Banidos. Estas hordas de inimigos vindos de todas as espécies que formavam o Covenant e agora se agrupamaposta maisuma sociedade mais tribal são a companhia mais recorrente que o jogador vai encontrar e a 343 Industries não poupou esforçosaposta maisdar falas e comportamentos únicos para estes personagens, muitos deles engraçados - é bom ver esse lado mais leve e bem humorado de Halo de volta. Nem todo jogo da série precisa (ou conseguirá) ser como Halo Reach e ao oferecer momentos divertidos aqui e ali, a produtora consegue tornar os encontros épicos e as cenas dramáticas mais intensas.
O jogo oferece algo raro nos games de tiro atuais: ótimas batalhas contra chefões. Cada encontro de chefe durante a campanha é uma luta envolvente e desafiadora, que vai exigir toda a habilidade do jogador até aquele ponto, principalmente nas dificuldades mais altas.
A campanha de Halo Infinite é a melhor que a 343 Industries já produziu e mesmo que não esteja no nível de um Halo 2 ou de Reach (que considero as obras primas da Bungie), está ombro a ombro com Halo: Combat Evolved e Halo 3, o que não é pouca coisa.
Novas mecânicas
O jogo não vive apenas de homenagens ao passado e busca estabelecer o que será Halo daqui para frente, com a promessa de ser uma plataforma para os próximos 10 anos da franquia. Entre as novidades, o jogo deixa de ser linear e adota um formato de mundo aberto. Não é uma vastidão sem fim como um Skyrim, Red Dead Redemption 2 ou mesmo The Legend of Zelda: Breath of the Wild, mas uma primeira experiênciaaposta maisir além das tradicionais arenas sandbox da franquia.
No controle de Master Chief, você tem liberdade para explorar a superfície de Zeta Halo como quiser, dentro dos limites bem amplos do jogo. Há um único bioma e se você viu as florestas, montanhas e instalações ao estilo catedral alienígena dos trailers, viu todo tipo de paisagem que o jogo oferece. Não há nenhuma inovação ao gênero de 'mundo aberto'aposta maisInfinite: você conquista fortalezas dos Banidos que se tornam bases para os fuzileiros remanescentes da UNSC, onde é possível solicitar armamentos e veículos.
Também há uma série de missões secundárias, como destruir torres de propaganda (maravilhosas, dá até dó de detoná-las), Banidos poderosos para caçar e colecionáveis espalhados, como os infames Crânios e muitos arquivos de áudio, que expandem a compreensão de tudo o que rolou nos seis meses entre a queda da Infinite e o despertar de Master Chief. Tonalizadores de armadura para o modo multiplayer também podem ser encontrados - pena que não há peças de armadura únicas para hostentar nas partidas online após fechar o jogo nas dificuldades mais altas, por exemplo. Uma oportunidade perdida.
O mundo aberto de Halo Infinite também permite novas abordagens para o combate, ampliando as arenas 'sandbox' da série. Junto com as novas armas dos Banidos e os equipamentos de Master Chief,aposta maisespecial o gancho, essas novidades maximizam o que Halo sempre teve de melhor: o sistema de combate. Cada pequena batalha é divertida e engajaraposta maisum conflito maior para tomar uma fortaleza ou ajudar fuzileirosaposta maismeio a um assalto de tropas inimigas é sempre empolgante. Mesmo que você não se interesse pela mitologia de Halo ou pela trama de Infinite, o gameplay é bom o bastante para fazer com que você continue até o fim da campanha.
O gancho permite escalar e alcançar lugares que antes só quem dominava a arte de "pularaposta maisgranadas" conseguiria. Ele adiciona de cara uma nova dimensão ao movimento, mas também pode ser usado para golpear inimigos, remover escudos, puxar armas e explosivos para as mãos de Chief e roubar veículo, entre outros usos encontrados por jogadores criativos. Há outros equipamentos, como uma barreira portátil e um radar, mas embora tenham suas utilidades, na campanha quem reina é o gancho. Você pode aprimorar estes equipamentos com Núcleos Spartan encontrados ao explorar os cantos do jogo e esse elemento de personalização é outra adição bem vinda.
O arsenal disponível combina armas clássicas da franquia, como o rifle de batalha e a pistola da UNSC, lança-foguetes e carabinas de plasma, com novas adições sinistras oferecidas pelos Banidos. Muitas das novas armas parecem meio desengonçadas no começo, mas é mais uma questão de você entender quando utilizar cada uma delas. Como há dispensers de munição espalhados pelo anel, é fácil permanecer com suas armas padrão da UNSC durante todo o tempo, mas ao jogar na dificuldade Heróica ou Legendária, é bom saber manipular outras armas, pois aquela troca constante de equipamento no calor da batalha é uma parte essencial da experiência.
Ainda há algumas coisas faltando e me coloco junto aos outros fãs de Halo no desapontamento pela ausência das opções de jogar a campanhaaposta maismodo cooperativo e do modo Forja, que permite criar seus próprios mapas e modalidade multiplayer. Também senti falta de um modo Firefight, com a pontuação e medalhas na tela durante a campanha. Os dois primeiros estão previstos para 2022 e é de se esperar que a 343 Industries continue adicionando recursos ao game nos próximos anos. Eles souberam fazer isso com a The Master Chief Collection e agora é a hora de dar toda a atenção para Infinite.
Multiplayer de qualidade, mas que pode melhorar
O modo multiplayer de Halo Infinite foi lançado antes mesmo da campanha,aposta mais15 de novembro, como um teste beta final antes do lançamento completo. Ele é gratuito para jogar e é aí que moram as principais queixas da comunidade.
Não é que o modo seja ruim: As partidas multiplayer são excelentes, com mapas na medida certa e modalidades divertidas, desde o mata-mata tradicional, dominação e capture a bandeira, até o famigerado Bola Maluca - vence o time que segurar um crânio flamejante por mais tempo. Há mais modalidades esporádicas, como Fiesta,aposta maisque os jogadores entram na arena com armas aleatórias, e as partidas de batalhaaposta maisgrande escala, com 24 jogadoresaposta maismapas maiores e cheios de veículos. Não há um modo Battle Royale e tudo bem, porque o multiplayer tradicional de Halo é uma brisa de ar frescoaposta maisum mercadoaposta maisque todo mundo parece precisar jogar 100 pessoasaposta maisuma ilha para lutar até que reste apenas um.
Alguns elementos do multiplayer poderiam ser melhores: não há fogo amigo, o que resultaaposta maischuvas de granadas. Não há impacto real entre os Spartans, o que muitas vezes faz com que o jogador se engane sobre o impacto de um golpe corpo-a-corpo. São detalhes que podem ser melhorados, assim como as listas de jogos: no começo, não era possível escolher que modalidade seria disputada nemaposta maisqual arena a partida vai rolar. Agora, há listas separadas para o modo Assassino, o mata-mata, e os modos com objetivos, como Controle e Bola Maluca. Ainda não é possível selecionar uma arena específica.
Por ser gratuito para jogar, o multiplayer de Halo Infinite adota sistemas de monetização como Passes de Batalha e venda de itens cosméticos. Os preços dos itens são muito elevados e a progressão no passe de batalha ainda está passando por ajustes, mas deixava muito a desejar, quando comparada com a de outros jogos do gênero. Como Halo: The Master Chief Collection já tinha um sistema de temporadas e itens cosméticos que funcionava muito bem, é estranho que a produtora tenha optado por iraposta maisoutra direção e começado com o pé esquerdoaposta maisInfinite. Ao menos a 343 Industries tem dado ouvidos aos pedidos e reclamações e aos poucos, as coisas vem melhorando neste sentido.
Os maiores defeitos do modo multiplayer são periféricos, ligados ao passe de batalha e aos itens cosméticos. Tudo isso pode ser modificado, melhorado e resolvido. As partidasaposta maissi são empolgantes e super competitivas, com uma sensação rara de "esportividade" nos jogos atuais,aposta maisque quem possui a nova arma mais poderosa da semana tem vantagem. Em Halo Infinite, você vence a partida sendo melhor e mais habilidoso (desde que o adversário não esteja usando algum hack ou trapaça) e é isso o que mantém muitos jogadores voltando para a próxima rodada.
Considerações
Ainda que tenha espaço para melhorias, Halo Infinite é um jogo incrível e muito bem suscedido, que celebra o passado da franquia ao mesmo tempoaposta maisque abre caminho para o futuro.
O jogo explora novos horizontes e possibilidades na melhor campanha já produzida pela 343 Industries, com inovações bem vindas, tanto na história quanto nas mecânicas. Também entrega um modo multiplayer bastante competitivo e com potencial para durar muitos anos. Halo Infinite é o game que o Xbox Series X precisava no lançamento. Chegou um pouco tarde, mas valeu toda a espera.