casa de apostas melhores odds-Cai o número de mulheres que usam sobrenome do marido quando casam
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Em 2002, essa era a opçãocasa de apostas melhores oddsquase 60% dos casamentos, hoje é a escolhacasa de apostas melhores odds45% dos casos, segundo levantamento de cartórioscasa de apostas melhores odds de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Se ostentar o sobrenome do marido já foi um símbolo de status, manter o nome de solteira é, hoje, uma forma de reafirmar a individualidade feminina. A mudança cultural foi captada pelos Cartórios de Registro Civil. Segundo levantamento divulgado na semana passada, houve, nos últimos 20 anos, uma redução de mais de 24% no número de mulheres que adotam o sobrenome do marido depois do casamento.
Em 2002, 59,2% das mulheres faziam essa opção. A partir daí, no entanto, os cartórios começaram a registrar uma queda paulatina. Em 2010, este porcentual já era de 52,5%. Atualmente, equivale a 45% dos matrimônios - índice ainda considerado alto. Do ponto de vista prático, trocar o sobrenome envolve grande burocracia. Historicamente, é um atestado da submissão feminina.
"No dia a dia, às vezes não damos muita importância ao sobrenome das pessoas, mas especificamente no momento do casamento é um dos elementos mais importantes, que tem uma carga emocional grande e um simbolismo de posse bem importante", afirma o presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), Gustavo Fiscarelli. "É um dado central decidir que nome assinar a partir do casamento."
Mais do que um símbolo de posse, explica a historiadora Mary Del Priore, o nome do marido pode indicar que a mulher é incapaz de gerircasa de apostas melhores oddsprópria vida.
"Nós herdamos isso do direito romano; mais do que posse, indica a noção de incapacidade, de que a mulher era uma incapaz. Ela tem o nome do homem porque ela é como uma criança", explica a historiadora, autora de Sobreviventes e Guerreiras: Uma Breve História da Mulher no Brasil de 1500 a 2000 (Ed. Planeta). "O Concílio de Trento (1545 -1563) amarra essa ideia quando organiza a família patriarcal e dá direito de vida e morte da mulher e dos filhos ao homem."
Facultativo
Até 1977, quando o divórcio foi aprovado no País, adotar o sobrenome do marido era a regra do casamento. Após a aprovação da lei, no entanto, tornou-se facultativo. A Constituição de 1988 igualou os direitos de homens e mulheres. Finalmente, o Código Civil de 2002 permitiu que o homem adotasse o sobrenome da mulher.
A principal opção hoje (de 47% dos casais) é por manter os sobrenomes de família, um aumento de 31% desde 2002. Naquele ano, esta era a escolha para apenas 35,7% dos casais. Dados preliminares deste ano indicam que os números seguemcasa de apostas melhores oddselevação. Nos primeiros cinco meses de 2022, foi a opção de quase 50% dos casais.
Novidade introduzida pelo Código Civil, a possibilidade de adoção do sobrenome da mulher pelo homem ainda é bem incomum no País. Em 2021, apenas 0,7% fez essa escolha no momento do casamento. A opção teve seu ápicecasa de apostas melhores odds2005, quando chegou a 2%. A mudança dos sobrenomes por ambos os cônjuges, opção comumcasa de apostas melhores oddsvários países da Europa, também não é muito popular no Brasil. No ano passado, foi a escolha de apenas 7,7% dos noivos - bem menos do quecasa de apostas melhores odds2014, quando foi a opçãocasa de apostas melhores odds13,8% das cerimônias.
Mudança nos documentos
A escolha dos sobrenomes do futuro casal deve ser comunicada ao Cartório de Registro Civil no ato da habilitação do casamento, quando são apresentados os documentos pessoais previstoscasa de apostas melhores oddslei. A pessoa que altera um nome deve providenciar a alteração de todos os documentos pessoais. Uma alternativa é apresentar também a certidão de casamento toda vez que tiver que mostrar um documento de identificação.
"Até alguns anos atrás, ao entrar no cartório, a primeira coisa que a mulher perguntava era: 'Vou ter que adotar o nome do meu marido?'. Porque essa sempre foi a praxe, porque a mãe fez, a avó fez, muitos maridos exigiam", afirma Fiscarelli. "De alguns anos para cá, isso vem mudando, as mulheres entendem que têm a possibilidade de dizer não, refletindo a evolução da sociedade."
Segundo Mary Del Priore, sempre prevaleceu o conceito de "a mulher de alguém". Ao adotar o próprio nome, explica a historiadora, rompe-se com essa ideia. "Hoje, ela não precisa ser mulher de ninguém para ser mulher", conclui a historiadora.