baixar bwin-Conheça Demétrius Oliveira, procurador que espancou colega
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A agressividade do procurador Demétrius Oliveira de Macedo revoltou o País desde que as imagensbaixar bwinque ele aparece espancando uma colega de trabalho, a procuradora-geral de Registro (SP) Gabriela Samadello Monteiro de Barros, vieram à tona.
Agressor e vítima trabalharam juntos por anos até que a postura de Demétrius começou a mudar após promoções na equipe.
Demétrius é formadobaixar bwinDireito desde 2010 pela Universidade São Judas de Santos, no litoral de São Paulo. Já no ano seguinte,baixar bwin2011, ele entrou para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e iniciou a carreira profissional atuando na Prefeitura de Registro - mesmo local onde as agressões aconteceram na última segunda-feira, 20.
Em entrevista à TV Globo, a vítima Gabriela Samadello relata que tinha um bom relacionamento com Demétrius dentro da prefeitura. Em 2019, no entanto, ela foi promovida à procuradora-geral e, a partir daí, o comportamento do colega mudou.
"Não conversava mais com a gente, não dava ‘bom dia’, não cumprimentava na rua, não era colaborativo, não se integrava no trabalho. Era praticamente impossível um trabalhobaixar bwingrupo com ele", detalhou Gabriela à reportagem.
Em conversa com o Estadão, Gabriela disse que Macedo já havia deixado evidente a insatisfação com a ascensão de mulheres no ambientebaixar bwinque estavam, especialmente após outra colega ser nomeada como procuradora. "A forma de comunicação não formal dele era violenta, de ignorar, de negligenciar as necessidades e a rotina da gente. Enquanto a gente estava atribulada, não oferecia ajuda para as coisas de trabalho."
A procuradora-geral passou a receber relatos de um comportamento inapropriado de Demétrius dentro da equipe. Por causa disso, ela decidiu propor um procedimento administrativo contra o colega. A violência dentro do local de trabalho ocorreu logo depois, o que leva a Gabriela a acreditar que este foi o motivo da agressão.
Prisão, suspensão e investigação
Nesta quinta-feira, 23, Demétrius foi preso na capital de São Paulo após a Justiça decretarbaixar bwinprisão preventiva na última quarta-feira, 22.
Além disso, a prefeitura de Registro determinou a suspensão preventiva por 30 dias do procurador. A decisão foi publicada no Diário Oficial da cidade na terça-feira, 21, e prevê ainda a suspensão do pagamento de vencimentos durante o período.
Segundo a legislação municipal, a suspensão pode ser prorrogada por mais 30 dias, se "houver necessidade de seu afastamento para apuração da falta a ele imputada".
A OAB/SP também anunciou ter determinado a instauração de ofício de representação contra o procurador e o início dos trâmites processuais "necessários à suspensão preventiva do acusado" do exercício da advocacia. Segundo a instituição, ele será notificado a comparecer e "manifestar-se a respeito dos fatos para deliberação pela Turma do TED competente, que deverá concluir o processo disciplinar no prazo máximo de 90 dias".
Já o Ministério Público de São Paulo designou dois promotores de Justiça para apurar o caso. "Os promotores contataram a vítima para orientá-la e colher os primeiros subsídios para a apuração dos fatos logo depois do episódio, que também é acompanhado pelo Núcleo de Gênero do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim)", informoubaixar bwinnota.
Machismo
Também ao Estadão, Gabriela disse ainda que o caso que viveu é sintomático de uma sociedade machista. "No meu caso, dá pra ver claramente uma pessoa machista, que não aceitava ordem de mulher", diz.
"Ele tentou me subjugar (durante a agressão), me menosprezar pela minha condição, pela minha compleição física, pela diferença de tamanho. Isso não pode acontecer: as pessoas têm que estar ombreadas, não uma acima da outra, uma menor que a outra, ainda maisbaixar bwinum ambiente de trabalho", afirma. "A mulher tem que conquistar o seu espaço no trabalho, na sociedade, e gente tem que lutar para que isso aconteça."
Para ela, a repercussão das imagens de parte da agressão ajudarão na investigação do caso ebaixar bwinuma maior discussão sobre a violência contra a mulher na sociedade. "Sensibilizou muita gente. Isso evidencia o patriarcado que as mulheres ainda vivem. Traz à tona essa questão da violência que muitas mulheres sofrem, essa inversão de valores: enquanto o agressor está solto, a vítima tem que se esconder pra não ser agredida, pra não ser violentada."
A procuradora pretende processar Macedo no âmbito civil, por danos morais e estéticos.
* Com informações do Estadão Conteúdo