apostas online como funciona-Mitos sobre saúde de pessoas negras que não têm respaldo científico
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Como práticas e pensamentos racistas afetam o cuidado médico da população negraapostas online como funciona de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
O processo que tornou ré a ginecologista Helena Malzac por falas racistasapostas online como funcionauma consulta foi tema de uma reportagem no "Fantástico", da Rede Globo, no último domingo,11, e colocouapostas online como funcionapauta diversas práticas e pensamentos racistas que afetam diretamente a saúde da população negra.
No caso de Helena Malzac, ela afirmou para Luana Génot eapostas online como funcionaafilhada, que estava no consultório para colocar um DIU, que mulher negras tinham cheiro forte na região genital e nas axilas.
"[A médica disse que] mulheres pretas têm mais probabilidade de ter o cheiro mais forte nas partes íntimas. De início eu me senti vulnerável e no meu canto. (...) Tenho receio de me consultar com outras ginecologistas porque tem essa possibilidade de ocorrer novamente. Então, esse medo permaneceapostas online como funcionamim," contou a vítima, que preferiu falar anonimamente ao Fantástico.
A questão do odor e suorapostas online como funcionapessoas de pele preta é tema de comentários racistas frequentemente. Em 2014, Franciele Grossi falou durante o BBB que participava que “se não usar desodorante, fico com cheiro de neguinha”. Jáapostas online como funciona2021, a influênciadora Isadora Farias afirmou que usa desodorante para pessoas negras porque tem muito odor nas axilias.
Em uma entrevista para a revista Marie Claire, a dermatologista e expertapostas online como funcionapele negra Katleen da Cruz Conceição explicou que não existe nenhuma diferença no odorapostas online como funcionapeles de diferentes cores.
"As glândulas apócrinas são maiores na pele negra, além de produzirem maior quantidade de secreção. Elas são glândulas sudoríparas que se concentramapostas online como funcionadeterminadas zonas do corpo, como na virilha, peito, região perineal e também nas axilas, que é o lugar onde se apresenta maior concentração delas. Mas isso não explica a diferença no odor, pois este depende da colonização bacteriana e independe da cor da pele", reforça a especialista.
Mulheres negras e a violência obstetricia
“Mulheres pretas têm quadris mais largos e, por isso, são parideiras por excelência” e “Negras são fortes e mais resistentes à dor”, são algumas das percepções e falas de profissionais de obstetrícia.
Ao ouvir frases como essas, a doutoraapostas online como funcionasaúde pública Maria do Carmo Leal, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reuniu uma equipe de pesquisadoras,apostas online como funciona2017. Elas analisaram o recorte de raça e cor dos dados da pesquisa “Nascer no Brasil”, realizada com prontuários médicos de 23.894 mulheres coletados entre 2011 e 2012, que gerou o artigo “A cor da dor: iniquidades raciais na atenção pré-natal e ao parto no Brasil”.
O resultado é que "durante a episiotomia, que por sinal não é mais uma prática que se recomende que seja feita, a chance de a mulher negra não receber anestesia é 50% maior" e ainda que mulheres negras possuem maior risco de ter um pré-natal inadequado, com menos consultas do que o indicado pelo Ministério da Saúde, além de maior peregrinação entre maternidades.
Ou seja, além do mito de que mulheres negras são mais forte e suportam mais dor, o que faz com que recebam menos medicamentos, elas ainda passam por um processo de falta de atendimento.