Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

estrelabet con-Pensadora atemporal: Lélia Gonzalez faria 87 anos

estrelabet con

Nascidaestrelabet con1º de fevereiro de 1935, a intelectual negra mineira é tida como um dos ícones da luta racial e interseccional do país;estrelabet conconversa com a Alma Preta Jornalismo, socióloga destacaestrelabet concontribuição no entendimento do que é ser mulher negra no Brasil
1 fev 2022 - 11h37
(atualizado às 12h16)
Compartilhar
Exibir comentários
Imagem mostra a intelectual sorrindo para a câmeraestrelabet confotoestrelabet conpreto e branco
Imagem mostra a intelectual sorrindo para a câmeraestrelabet confotoestrelabet conpreto e branco
Foto: Imagem: Divulgação/Acervo / Alma Preta

estrelabet con de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

Referência nos estudos sobre raça e gênero no Brasil, a autora, política, professora, filósofa e antropóloga brasileira, Lélia Gonzalez, neste 1º de fevereiro faria 87 anos. Conhecida por atuarestrelabet condiversos campos de estudo e pesquisa, a intelectual se firmou como um dos ícones da luta antirracista no país, além de contribuir para o entendimento interseccional das causas. 

Mineira, Lélia nasceu na capital, Belo Horizonte, mas mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se graduouestrelabet conhistória e geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e deu continuidade àestrelabet convida acadêmica, com mestradoestrelabet concomunicação e doutoradoestrelabet conantropologia política - algo que já revelava seu interesse dem torno da pluralidade da população negra.

Sua contribuição no campo da educação é extensa, tendo como marca de carreira a iniciação do primeiro curso de Cultura Negra da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, também na capital fluminense, onde lecionou. Lélia ainda foi responsável por ajudar no estudo 'O que é ser negro no país', atuando no ensino médio e outras universidades. 

Um destaque de seus estudos, foi o pensamentoestrelabet contorno do feminismo afro-latino-americano como ponto central para o entendimento do que é ser mulher negra no Brasil. Lélia trouxe conceitos que, até os dias atuais, são necessários para se pensar na pauta racial de forma plural, atendendo às especificidades de cada grupo social, pelo viés de gênero também. 

Para a doutorandaestrelabet consociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Irys Oliveira, a importância de Lélia Gonzalez para o pensamento social brasileiro, assim como para a luta negra como um todo, é inegável. Para explicar isso, ela usa como exemplo um dos textos mais famosos da autora, intitulado 'Racismo e sexismo na cultura Brasileira', publicadoestrelabet conformato de artigo no ano de 1984.

"Nele, Lélia elabora uma linha de pensamento para analisar aquilo que chamou de 'neurose cultural brasileira', o que, segundo ela, é o pilar central da constituição do racismo no Brasil, que consiste na dupla negação,estrelabet contermos psicanalíticos, do patriarcado e do racismo enquanto co-fundadores da sociedade brasileira. Esta neurose está na estrutura social e inconsciente coletivo brasileiros, funcionando estrategicamente como um elemento de negação do racismo, ao mesmo tempoestrelabet conque perpetuador do mesmo", explica.

"Para validarestrelabet contese, a autora adentra no exemplo do papel da mulher negra na constituição da sociedade brasileira, através das noções de 'mulata', 'doméstica' e 'mãe preta'. Para Lélia, esta tríade, que marca a experiência ao longo da vida das mulheres negras brasileiras, é responsável por perpetuar o racismo à brasileira. Aqui podemos enxergar nitidamente a interseccionalidade no pensamento de Lélia", complementa. 

Irys ainda afirma que a intelectual foi uma das responsáveis por aquilo que Sueli Carneiro chamou de "enegrecer o feminismo", assim como trazer para dentro do movimento negro a necessidade de se discutir a situação das mulheres atreladas às questões raciais. 

Ponto de destaque naestrelabet contrajetória de estudos, é que Lélia ainda foi responsável pela inserção de termos como "amefricanidade" e "pretoguês" no dialeto da academia, sendo este primeiro a concisão do que se refere à experiência comum da população negra e indígenaestrelabet conrelação ao processo de domínio e colonização. Já para a linguística, o segundo termo refere-se ao processo de "africanização" do português falado, que possibilita a validação dos desdobramentos de uma linguagem que não é imutável e valoriza o cotidiano e quem o faz.

 Lélia Gonzalez é homenageadaestrelabet congrafite gigante no centro de São Paulo

"Através deestrelabet conhabilidadeestrelabet contransitar entre a linguagem científico-acadêmica e aquela de uso cotidiano, Lélia lançavaestrelabet concrítica à 'neurose cultural brasileira', que procura negar justamente aquilo que a compõe: a cultura negro-africana e indígena. Através da defesa desses dois elementos centrais para a formação da nossa sociedade, ela lança-nos a necessidade de construir um diálogo, relação e unidade entre as experiências negro-africanas e indígenas, surgindo assim o termo 'amefricanidade', outro conceito completamente necessário e atual para a construção do fazer científico e da luta política no Brasil", aponta Irys. 

Ainda segundo a estudiosa, o legado deixado por Lélia Gonzalez, seu exemplo de militância e fazer acadêmico-científico, estão na lista de contribuições atemporais do arsenal negro, fazendo dela uma mulher pioneira no que diz respeito aos estudos de gênero e raça no Brasil. 

"Além de visionária, tendoestrelabet convista que suas contribuições ecoam e se perpetuam ao longo do tempo, favorecendo e funcionando como mola propulsora da atuação e produção cientítica de mulheres negras nos dias atuais, tendo sempreestrelabet conmente a libertação e empoderamento do povo negro no Brasil e no mundo", finaliza. 

Legado

Nacionalmente, Gonzalez ajudou a fundar instituições de referênciaestrelabet conraça, como a construção do Movimento Negro Unificado (MNU) - grupo de ativismo político, cultural e social de relevante trajetória no âmbito do movimento negro no país - e do N'Zinga - Coletivo de Mulheres Negras -, além de participar da fundação do Instituito de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN) e da escola de tambores afro-brasileiro da cidade de Salvador, o Olodum. 

Além dos estudos, a intelectual se mostrava ativista das causas, trazendo seus trabalhos junto à academia para o cenário político nacional. Além de participar da formação do Partido dos Trabalhadores (PT), Lélia também fez parte do Partido Democrático Trabalhista (PDT), protagonizou debates nas discussões sobre a Constituição de 1988, que rege todo o ordenamento jurídico do país até os dias atuais e fez parte do primeiro Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. 

Reconhecimento

Aindaestrelabet con1997, Lélia Gonzales fez parte do enredo "Pérolas Negras do Saber" do primeiro bloco afro do país, o Ilê Aiyê. No ano seguinte, também foi citada pelo bloco no enredo intitulado "Candaces". Jáestrelabet con2010, com o objetivo de estimular a inserção de mais políticas públicas voltadas para mulheres na Bahia, o governo instituiu no estado o Prêmio Lélia Gonzales. 

Além de ser referência de estudo, política e educação, até hoje protagoniza nomes de escolas e coletivos acadêmicos de vários municípios do país, comoestrelabet conAracajú, São Paulo e no Rio de Janeiro. 

Alma Preta
Compartilhar

Fontes de referência

  1. esportenet bet apostas online
  2. quais são as melhores casas de apostas
  3. codigo de bonus betano hoje

Publicidade
Publicidade
Seu Terra












Recomendado por Taboola












Publicidade
Publicidade