poker mexicano-Sem clube, 1ª brasileira trans do futebol trabalhapoker mexicanosalão
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Sheilla Souza é a entrevistada da semana no podcast do Papo de Minapoker mexicano de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Sheilla Souza tem talento com as mãos. Das 8h até as 18h, de terça à sábado, ela cuida dos cabelos de outras mulheres e trabalha como cabeleireirapoker mexicanoum salão de beleza da cidade de Serrinha, onde nasceu. Ao anoitecer, sai a tesoura e entra a luva de goleira, com treinamentos diários e puxados, na busca pela recolocação no mercado do esporte profissional.
Sheilla Souza é a primeira trans do futebol brasileiro, e está sem clube. Aos 31 anos, porém, o sonho de trocar definitivamente a tesoura pelas luvas e chuteiras segue vivo e alimentado nos campeonatos de várzea da cidade da Bahia, localizada a quase 200 km de Salvador.
“Uma janela, eu consegui abrir. Isso, eu tenho certeza. Abrir uma porta e mantê-la aberta é complicado, porque está difícil de vencer. Eu levanto a bandeira como se estivesse levantando uma caçamba cheia de cimento, mas tenho resistência de segurar com uma mão só a bandeira”, discursou,poker mexicanoconversa com o Papo de Mina.
“Estou lá, pode vir a tempestade, mas estou segurando a porta e não vou deixá-la fechar”, assegura.
Paralelamente à transição, aos 21 anos, Sheilla começou a encarar com seriedade a chance de se tornar profissional de futebol. O registro feminino veio há pouco mais de cinco anos, enquanto a relação com o esporte se entrelaçoupoker mexicano2019, quando a goleira fez parte da seleção de Serrinha.
“Sou atleta profissional e sou goleira. Atualmente estou sem nenhum clube, mas jogo no futebol amador aquipoker mexicanoum clube na cidade de Serrinha. Inclusive, vou iniciar um campeonato no fim do mês de maio. Terminei um e fui campeã no mês passado e vou iniciar outro agora no mês de maio”, contou.
“Meus treinos começam depois [do expediente] e na segunda-feira dá para treinar o dia todo, porque é minha folga do salão de beleza. Então dá para conciliar”, acrescentou a goleira.
Ainda sem estrear por questões burocráticas, Sheilla viu o desejo de uma carreira nos gramados se materializar durante a pandemia. Ao conhecer um dirigente do Desportiva Lusaca, clube profissional de futebol feminino, ela contoupoker mexicanohistória e recebeu um retorno surpreendente.
“Eles me propuseram uma live, e no meio dela o presidente me fez o convite para fazer parte do elenco profissional. Fiquei de 2020 até março de 2021, quando pedi para sair porque não estava bem”, comentou sobre a primeira experiência no futebol.
Desde a passagem pelo Lusaca, Sheilla passou por avaliações e diz ter recebido convites de clubes com a possibilidade de atuar no Campeonato Baiano de 2022. A goleira carrega a expectativa de voltar a formar parte de um elenco profissional no segundo semestre para, quem sabe, estrear.
“Eu quero estar no futebol feminino. Quem não quiser, que lute. Os momentos difíceis me tornaram uma pessoa madura para superar toda a transfobia que sofro, que sou atacada no Instagram, no Whatsapp e no Facebook. Mas, nada fácil é bom”, relata a jogadora, vítima de preconceito nas redes sociais.
“Um seguidor um dia disse que ia colocar silicone, mega hair e que trocaria de nome para ser uma jogadora famosa. Eu só falei para ele: ‘eu sou mulher, e lugar de mulher é onde ela quiser’”, ponderou.
Sheilla vivepoker mexicanoum país preconceituoso. Há 13 anos, o Brasil lidera o ranking de assassinatos de pessoas trans.
Em 2021, 140 transsexuais morreram por puro crime de ódio. Os dados são do Dossiê Assassinatos e Violências Contra Travestis e Transexuais Brasileiraspoker mexicano2021, estudo realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
Tanto que a maior dificuldade enfrentada durante a transição ocorreu longe dos gramados, mais precisamentepoker mexicanouma avenida da cidade de São Paulo. Sheilla sofreu um ataque transfóbico e permaneceu dias internada para se recuperar do ato de violência.
Dentro do esporte, após período de teste no Vitória, ela viu o clube se mobilizar e reunir todas as categorias, inclusive o profissional masculino, para normalizar apoker mexicanopresença como atleta. O desejo agora é que as federações também normalizem essa situação.
“Há esse empecilho da Liga, porque ainda há a dificuldade de entender que uma atleta trans pode estar no futebol feminino”, encerra Sheilla, ainda dividindo o talento com as mãos entre a tesoura e as luvas, mas com o objetivo de trocar definitivamente o salão pelo gramado.