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grupo telegram mines f12bet-'The Talk': como é a conversa de pais negros com filhos sobre racismo e abuso policial nos EUA

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Não se trata de um diálogo pontual, mas sim algo permanente e presente entre famílias afroamericanas há várias gerações.
15 jun 2022 - 08h13
(atualizado às 10h05)
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Pais e mães afro-americanas orientam seus filhos sobre como devem agir para vivergrupo telegram mines f12betsegurança há várias gerações.
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Foto: Getty Images / BBC News Brasil

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"Vou definir para você como mãe, como uma mãe que criou quatro filhos negros: 'the talk' ('a conversa',grupo telegram mines f12betportuguês) tem a ver com segurança pessoal, com as coisas que eles podem fazer para voltar para casa vivos."

A explicação é da reverenda Najuma Smith-Pollard. Ela conhece bem o assunto, que viveu pessoalmente com seu filho mais velho, Daniel (que morreugrupo telegram mines f12bet2018, com 24 anos), agora com outros três meninos, de 12, 17 e 18 anos, e às vezes também comgrupo telegram mines f12betfilha de 7,grupo telegram mines f12betum bairro no sul de Los Angeles, nos Estados Unidos.

Ela esclarece que não é um diálogo pontual, um assunto do qual se fala uma única vez, mas sim algo constante, presente entre as famílias afroamericanas há várias gerações.

"É uma conversa permanente entre pais e filhos sobre [como garantir]grupo telegram mines f12betsegurança pessoal pública ao trafegar pela vida interurbana", explica ela à BBC News Mundo (o serviço de notíciasgrupo telegram mines f12betespanhol da BBC).

Smith-Pollard levougrupo telegram mines f12betexperiência pastoral e como líder comunitária para o trabalho que realiza no Centro para a Religião e Cultura da Universidade do Sul da Califórnia (USC).

"Como mãe de filhos negros que vivem na cidade, tenho que falar para eles sobre policiais e criminosos, porque existem pessoas nos nossos bairros que simplesmente não têm boas intenções. Tenho que ensinar a eles como se relacionar com as forças [de manutenção] da ordem, mas também a navegar pela vidagrupo telegram mines f12betgeral", acrescenta ela.

A necessidade de ensinar aos filhos como devem se portar para garantirgrupo telegram mines f12betsegurança é um peso para as famílias afroamericanas
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Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Conhecida coloquialmente como "the talk" ("a conversa",grupo telegram mines f12betportuguês), essa é a manifestação comum do que o setor acadêmico chama de socialização étnico-racial, um vasto campo de estudos no âmbito das ciências sociais e da psicologia.

Sobre ela, existe extensa literatura científica, além de documentários profundos com uma série de pessoas de destaque, como The Talk: Race in America ("A conversa: raça na América",grupo telegram mines f12bettradução livre), da rede de televisão pública norte-americana PBS e relatos na ficção, como nas populares séries de TV Grey's Anatomy e Black-ish.

É uma questão real. E as pessoas que falaram (e as que não quiseram falar) com a BBC indicaram que se trata de algo doloroso, difícil, um "peso" que as famílias afroamericanas precisam suportar e que também afeta, cada vez mais, as famílias de origem latina.

Elas concordam que se trata de uma conversa "imensamente pessoal" que adquire novas nuances à medida que os filhos crescem e conforme muda o contexto.

Recente ataque a tiros na cidade de Buffalo relembra a muitas famílias afroamericanas necessidade de atualizar "a conversa"
Recente ataque a tiros na cidade de Buffalo relembra a muitas famílias afroamericanas necessidade de atualizar "a conversa"
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

"Agora, com o aumento da violência racista, também precisamos começar a dizer aos jovens: 'vocês não podem confiargrupo telegram mines f12bettodos os meninos brancos de 18 anos que pareçam estar fora das suas vizinhanças'", afirma Smith-Pollard.

Ela se refere ao ataque a tiros que,grupo telegram mines f12bet14 de maio de 2022, deixou 10 mortosgrupo telegram mines f12betum supermercado de um bairro com população majoritariamente negra na cidade de Buffalo, no Estado de Nova York.

Sobre moletons e como lidar com a polícia

Smith-Pollard recorda que a conversa com seu filho maior começou quando ele estava prestes a completar 13 anos. Ele estava no sétimo ano e foi assaltado quando ia a caminho da biblioteca com um colega.

"Tive que dizer a ele: 'quando você e o seu amigo andarem na rua, vocês precisam prestar atenção a quem estiver ao seu redor'", relembra ela.

Essa mensagem sobre segurança foi sendo repetida de forma constante toda vez que ele ia sozinho para uma loja, antes de subir no ônibus, mas assumiu outra feição quando ele tirougrupo telegram mines f12betcarteira de motorista.

"Quando ele começou a dirigir, precisei começar a falar com ele sobre o que fazer e o que não fazer se ele fosse parado pela polícia", relata ela.

Tom e conteúdo da "conversa" se alteram à medida que os filhos crescem e conforme contexto de cada momento
Tom e conteúdo da "conversa" se alteram à medida que os filhos crescem e conforme contexto de cada momento
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Smith-Pollard relembra que a conversa começou assim: "Nós moramosgrupo telegram mines f12betLos Angeles, no sul da cidade. Você não precisa fazer nada de errado para ser preso. Pode ser que digam para você parar e inventem algumas acusações de que você é suspeito. Você precisa saber que você tem os seus direitos."

Ela já havia falado sobre os direitos com seu filho quando ele completou 15 anos, já que seu porte físico — alto e forte, por ter jogado futebol desde os nove anos — "sempre fazia com que confundissemgrupo telegram mines f12betidade".

"Você não deve deixar que ninguém o reviste se não tiver uma ordem. Você não precisa responder nenhuma pergunta porque você é menor. Você pode telefonar para agrupo telegram mines f12betmãe; pode fazer com que me liguem imediatamente. Não tenha medo se quiserem levar você para a delegacia. Não brigue. Não corra. O seu pai e eu sempre tiraremos você de apuros, nunca vai precisar se preocupar com isso", prosseguiu ela.

"Diga o seu nome e mostre o seu documento de identidade. É tudo o que você precisa dar a eles e é melhor que você dê, para que eles possam verificar que você não tem antecedentes."

Walter Wallace Jr., afroamericano com 27 anos de idade e sete filhos, morreu nas mãos da polícia da Filadélfiagrupo telegram mines f12betoutubro de 2020
Walter Wallace Jr., afroamericano com 27 anos de idade e sete filhos, morreu nas mãos da polícia da Filadélfiagrupo telegram mines f12betoutubro de 2020
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Daniel conseguiu pôr as liçõesgrupo telegram mines f12betprática nas quatro vezesgrupo telegram mines f12betque, segundogrupo telegram mines f12betmãe, foi detido erroneamente como vítima de preconceito racial. Ele conseguiu sair sem problemas graças às lições. E as recomendações prosseguiram quando ele foi viver por conta própria.

"Você sabe que existem certas coisas que não deve fazer e é assim que você protege a si mesmo. Você conhece a quarta emenda [da constituição norte-americana, que protege o direito à privacidade e a não sofrer invasões arbitrárias] e, agora que você tem seu próprio apartamento, não deve deixar ninguém entrar", orientou a mãe.

Smith-Pollard também o advertiu sobre o sagging — a moda de usar as calças abaixo da cintura, mostrando a roupa de baixo, o que era muito comum nos anos 1990 — e hoje proíbe seu filho menor e seu filho adotivo de usar blusas com capuz.

"Não, vocês não vão levar moletom para a escola, nem para caminhar pela rua", diz a mãe aos seus filhos.

"E não é porque estejam fazendo algo de ruim, é porque não quero que ninguém pense que, por usar uma blusa com capuz, vocês estão tramando alguma coisa. A polícia e as pessoas deram um significado para essa roupa que ela não tem. E, sim, todos usam moletons, mas um menino branco usar não é a mesma coisa que vocês."

"Sempre estivemos prontos", segundo Smith-Pollard. "E o que quero dizer [com isso] é que estivemos prontos com advogados, dinheiro para fiança e tudo isso, porque realmente não confio na polícia."

"Nós simplesmente ensinamos [para Daniel]. Tínhamos um filho negro bonito. Não foi um trabalho fácil criá-lo com segurançagrupo telegram mines f12betLos Angeles. E, acredite, eu pensava que, quando ele fosse adulto, não teria nada com que me preocupar, até que alguém disparou e matou alguém que simplesmente estava tendo um dia muito ruim."

As estatísticas

Como ocorre com muitos pais de filhos negros, Smith-Pollard sempre receou que, se não tivesse essas conversas, seus filhos poderiam acabar aumentando as estatísticas da violênciagrupo telegram mines f12betgeral — e da políciagrupo telegram mines f12betparticular, como ocorreu com George Floyd, que morreu nas mãos do então policial Derek Chauvingrupo telegram mines f12betMinneapolis (Minnesota, Estados Unidos),grupo telegram mines f12bet2020.

Estatísticas oficiais justificam esse temor. No condado de Los Angeles, onde Smith-Pollard mora com a família, pelo menos 968 pessoas morreram nas mãos das forças de manutenção da ordem desde 2000, segundo os registros médicos forenses compilados pelo jornal americano Los Angeles Times. Desse total, quase 80% eram negros ou latinos, quase todos homens.

George Floyd morreu nas mãos do então policial Derek Chauvingrupo telegram mines f12betMinneapolisgrupo telegram mines f12bet2020
George Floyd morreu nas mãos do então policial Derek Chauvingrupo telegram mines f12betMinneapolisgrupo telegram mines f12bet2020
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

A nível nacional, os dados também deixam claro esse desequilíbrio demográfico, como já mostrou demonstrou a equipe de checagem de dados da BBC.

O jornal americano WThe Washington Post mantém um banco de dados atualizado desde 2015 sobre disparos realizados pela polícia do país.

O levantamento indica que 24% das vítimas fatais dos mais de 5.000 incidentes mortais registrados eram afroamericanos — embora eles representem menos de 13% da população total do país.

Os afroamericanos também são abordados pela polícia com mais frequência quando estão dirigindo: cerca de 20% mais, segundo um estudo conduzidogrupo telegram mines f12bet2020 pela Universidade Stanford, na Califórnia, um dos mais recentes sobre o tema e que analisou mais de 100 milhões de detenções no trânsito.

As estatísticas fazem distinção apenas por Estados, mas há testemunhos de discriminaçãogrupo telegram mines f12bettodas as classes socioeconômicas.

Para ilustrar que a origem da "conversa" vem de décadas atrás e se mantém ao longo das gerações, Smith-Pollard recorda que seu avô recebia recomendações para não caminhar por certas ruas no Mississipi, onde cresceu nos anos 1940.

Ou faz referência aos temposgrupo telegram mines f12betque ela ministrava na Primeira Igreja Africana Metodista Episcopal de Los Angeles, quando havia grupos de voluntários que aconselhavam aos jovens negros como vestir-se, caminhar, agir e ter consciência de como as outras pessoas poderiam observá-los — ainda antes dos distúrbios de 1992.

Estereótipos e medos

"Realmente esperava que nunca precisasse ter 'a conversa' com meu filho", afirma Judy Belk, presidente e diretora-executiva da The California Wellness Foundation (Cal Wellness), que é uma das maiores instituições filantrópicas do Estado, dedicada a promover a prevenção da violência como questão de saúde pública há 30 anos.

"Eu realmente esperava que nunca precisasse ter 'a conversa' com meu filho", afirma Judy Belk
"Eu realmente esperava que nunca precisasse ter 'a conversa' com meu filho", afirma Judy Belk
Foto: The California Wellness Foundation / BBC News Brasil

Mas alguma coisa mudou quando seu filho — como ocorreu com o de Smith-Pollard — tinha 12 ou 13 anos de idade.

"Na época, nós morávamosgrupo telegram mines f12betOakland [Califórnia] e eu trabalhavagrupo telegram mines f12betSão Francisco [no outro lado da baía]. Ele me pediu [que o deixasse], que já era suficientemente grande para andar sozinho de metrô. Eu fiquei muito preocupada e então lhe disse: 'Não fale com estranhos, ligue quando entrar no trem e quando sair...'", relembra ela.

O filho seguiu as instruções da mãe e, quando eles se encontraramgrupo telegram mines f12betSão Francisco e ela perguntou como foi a viagem, a resposta a deixougrupo telegram mines f12betchoque. Esta foi a conversa:

— Mamãe, não acho que você precise se preocupar que alguém vá me fazer mal. Acho que as pessoas do trem estavam nervosas com a minha presença.

— Como assim?

— Acho que deixei algumas senhoras brancas idosas nervosas.

"Minha alma desabou. Eu havia sido ingênua ao acreditar que talvez ele pudesse escapar dessa sensação de se sentir 'o outro'", reconhece ela.

Belk havia crescido no sul dos Estados Unidos (Virgínia), onde havia segregação, e esperava salvar seus filhos de qualquer situação similar, criando-os na Califórnia.

Quando viu a expressão de devastação da mãe, o filho tentou reconfortá-la.

— Não se preocupe. Peguei um livro e comecei a ler. E parece que elas começaram a ficar mais tranquilas comigo.

"Foi naquela noite que me dei conta que estava criando um homem negro e que, mesmo comgrupo telegram mines f12beteducação privilegiada, o mundo iria vê-lo como um homem negro, com todos os estereótipos e medos [associados]", afirma ela.

"Provavelmente, já havíamos conversado sobre racismo antes, mas foi ali que percebi que precisaria ajudá-lo a entender como crescer sentindo-se seguro como afroamericano."

Casey Gordon Jr. morreu nas mãos da políciagrupo telegram mines f12betColumbusgrupo telegram mines f12betdezembro de 2020
Casey Gordon Jr. morreu nas mãos da políciagrupo telegram mines f12betColumbusgrupo telegram mines f12betdezembro de 2020
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Belk se alegra ao lembrar que seu marido estava com o filho na primeira vezgrupo telegram mines f12betque foi parado pela polícia enquanto dirigia. Foi na Carolina do Norte, onde ele iria cursar seus estudos de pós-graduação.

O policial perguntou para onde eles estavam indo e o pai viu ali uma oportunidade de ensinar ao seu filho como lidar com a situação — da mesma forma que, um dia, ele próprio havia sido instruído: "responda às perguntas e mantenha as mãos sobre o volante".

Pouco tempo depois,grupo telegram mines f12betdois incidentes distintos no Texas, os afroamericanos Botham Jean e Atatiana Jefferson — com 26 e 28 anos de idade, respectivamente — foram mortos por tiros disparados pela polícia nas suas próprias casas.

Testemunhos indicam que a discriminação está presentegrupo telegram mines f12bettodas as classes socioeconômicas
Testemunhos indicam que a discriminação está presentegrupo telegram mines f12bettodas as classes socioeconômicas
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

E, no início de 2019, Belk sentiu na própria pele que estargrupo telegram mines f12betsegurançagrupo telegram mines f12betcasa pode ser uma ilusão até mesmogrupo telegram mines f12betHollywood, onde ela mora atualmente.

Seu marido havia levado o cachorro para passear e uma vizinha, ao ver aquele homem negro perambulando pela rua com uma lanterna e entrargrupo telegram mines f12betseguida na casa dos Belk, decidiu alertar a polícia sobre um possível "intruso".

Dois agentes responderam à chamada, mas foram ao edifício errado. Outra vizinha abriu a porta para eles e avisou os policiais (um deles com uma arma nas mãos) que o endereço que eles estavam procurando era o da casa ao lado, mas que levassemgrupo telegram mines f12betconta que seu morador era um médico negro.

Com isso, Belk conta que precisou atualizar "a conversa". "Onde estamos seguros, agora?", perguntou-se ela. Uma questão que volta à tona com os recentes ataques a tirosgrupo telegram mines f12betBuffalo e no metrô de Nova York.

"Meu marido estava passeando com o cachorro no outro lado da ruagrupo telegram mines f12betfrente à nossa casa,grupo telegram mines f12betum bairro de classe alta, e alguém que não sabia que havia negros na vizinhança chamou a polícia. E agora minha filha está se perguntando se está segura no metrô da capital do país", acrescenta ela (sua filha trabalha no Capitólio e moragrupo telegram mines f12betWashington DC).

Belk conta que, depois do que aconteceugrupo telegram mines f12betBuffalo, ela precisou voltar a conversar comgrupo telegram mines f12betfilha, ressaltando: "Claro que precisamos estargrupo telegram mines f12betalerta e queremos nos sentir seguros, mas não podemos deixar que o medo nos paralise".

"Foi uma conversa muito dolorosa", relata ela. "Não acredito que os brancos tenham esse tipo de conversa com seus filhos. É realmente um desconforto. Acho que nenhum ser humano deveria ter esse tipo de conversa. É um peso adicional que nós temos, o peso de ser negro nos Estados Unidos."

Para Judy Belk, o que dá esperanças é "ver tantas pessoas fazendo tudo o que podem para combater todo esse racismo e intolerância".
Para Judy Belk, o que dá esperanças é "ver tantas pessoas fazendo tudo o que podem para combater todo esse racismo e intolerância".
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Apesar de tudo, ela afirma ser otimista.

"Não me levanto todos os dias pensando no racismo e costumo seguir a vida acreditando que, a cada dia, abrem-se novas possibilidades. Mas, de forma geral, costumam acontecer coisas ao longo da vida, às vezes involuntárias, outras engraçadas, às vezes dolorosas, que me recordam que sou negra e faço parte dessa situação", ressalta ela.

"Às vezes me acontece na loja, quando me pedem uma identificação a mais que não pediram à pessoa branca que estava à minha frente. Ou quando as pessoas têm dificuldade de entender que sou presidente e CEO [diretora-executiva] desta grande organização.

"Às vezes, não consigo táxigrupo telegram mines f12betNova York, o que me deixa meio paranoica", conta. "Eu diria que o último desejo da maioria dos afroamericanos, da maioria dos que não são brancos, é seguir a vida sem esse peso."

O que dá esperanças a Belk é o seu trabalho: "Ver que há tantas pessoas trabalhando, de negros a brancos, fazendo tudo o que podem para combater todo esse racismo e intolerância".

- Este texto foi originalmente publicadogrupo telegram mines f12bethttps://www.bbc.com/portuguese/internacional-61792907

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