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mrjack.bet mrjack.bet-Um app dedicado ao profissional de saúde negro

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Plataforma criadamrjack.bet mrjack.bet2019 dá visibilidade a mil trabalhadores e já reúne cerca de 3,2 mil pacientes
31 mai 2022 - 05h10
(atualizado às 10h51)
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Como dar visibilidade ao trabalho de um médico negro? O questionamento que um dia intrigou o dentista baiano Arthur Lima, de 29 anos, está por trás da criação da startup de impacto social AfroSaúde, que promove conexão entre pacientes e profissionais da saúde negros pelo Brasil. A plataforma reúne hoje mais de mil representantes de várias áreas da saúde.

Arthur conhece bem o peso de estarmrjack.bet mrjack.betum segmento pouco diverso. Em uma turma de mais de 60 alunos, foi um dos poucos negros a se formarmrjack.bet mrjack.betOdontologia, há sete anos. Depois, diz ter sido preteridomrjack.bet mrjack.betseleções de emprego,mrjack.bet mrjack.betfavor de profissionais brancos. Foi no setor público que ele passou a trabalharmrjack.bet mrjack.betespaços de população predominantemente negra e percebeu a necessidade do atendimento humanizado a pacientes que se viam representados nele.

Um episódio durante uma aula do mestrado que cursava na Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi determinante para Arthur. Uma colega lhe solicitou a indicação de um profissional negro para atender um paciente que havia sido discriminadomrjack.bet mrjack.betuma consulta. A demanda levou o dentista a idealizar uma plataforma que atendesse a essa dor. Seu sócio, o jornalista Igor Rocha, 35 anos, viu no projeto uma oportunidade de negócio. "Era a possibilidade de utilizar a tecnologia como uma ferramenta que pudesse resolver um problema latente da sociedade", diz Arthur.

O jornalista Igor Rocha (E) e o dentista Arthur Lima se uniram para criar a plataforma AfroSaúde
O jornalista Igor Rocha (E) e o dentista Arthur Lima se uniram para criar a plataforma AfroSaúde
Foto: Adilton Venegeroles / Estadão

Com experiênciamrjack.bet mrjack.betcomunicação corporativa e empreendedorismo, Igor ajudou a formatar a ideia. "Comecei a perceber que, mesmo morandomrjack.bet mrjack.betSalvador, que é a cidade mais negra fora da África, eu nunca tinha sido atendido por um médico negro", explica. "Enxerguei que o problema também era meu."

Início

Para crescer, a AfroSaúde teve de enfrentar barreiras financeiras. Iniciadamrjack.bet mrjack.bet2019, a startup teve investimento inicial de R$ 36 mil, recebendo um primeiro investidor-anjo dois anos mais tarde. Uma dessas barreiras vinha de quem questionava se o aplicativo não estaria promovendo segregação racial por focar na comunidade negra. Ao responder, Igor devolvia a reflexão. "Vocês questionam o motivo de outras plataformas não terem profissional negro? Se existe o negócio, é porque existe um problema a ser resolvido", relembra.

O aplicativo da AfroSaúde tem hoje 3,2 mil pacientes cadastrados gratuitamente, que são atendidos de forma remota na própria plataforma. Sem intermediários, o usuário pode realizar a busca, localizar foto do profissional e agendar a consulta.

Tudo fica registradomrjack.bet mrjack.betum prontuário eletrônico. O gasto médio por usuário fica entre R$ 90 e R$ 100, sendo que um porcentual fica com a plataforma. Sessenta por cento dos profissionais cadastrados são de áreas ligadas à saúde mental.

Experiência

Cadastrada na AfroSaúde desde o ano passado, a psicóloga Jamile Paranhos, de 29 anos, vê o aplicativo como um ambiente mais seguro para quem atende e para quem é atendido. "O legal de ter uma plataforma mediando é saber que eu tenho segurança no meu atendimento e o meu paciente também, pois, caso ocorra qualquer coisa, ele vai poder ter suporte da ferramenta", explica.

Ainda durante a formação na universidade, Jamile teve de enfrentar o julgamento de colegas por usar os cabelos não alisados. Eles questionavam se, sendo cacheada, ela seria capaz de transmitir credibilidade. Hoje, ela explica que justamente por ser uma profissional negra há uma procura de pacientes por seu trabalhomrjack.bet mrjack.betbusca de identificação com as mesmas dores. "A gente está ocupando cada vez mais lugares de maioria até então branca. Ter representatividade e se sentir pertencente é importante."

Agora, mirando a questão da representatividade no setor corporativo, a AfroSaúde está atuando também no ambiente presencial. A startup lançou o Programa de Saúde Mental voltado a empresas. A iniciativa, que oferece serviços específicos de atendimento à saúde mental, tem terreno no Black Founders Fund, do Google for Startups, e no Semente Preta, do banco Nubank. Ambos os fundos têm focomrjack.bet mrjack.betstartups brasileiras fundadas ou lideradas por empreendedores negros.

Para Arthur, a experiência com o negócio deve contribuir para que mais profissionais se sintam valorizados. "A gente está trazendo essa solução da nossa expertise de saúde e diversidade justamente para criar essa solução customizada para esse grupo. E essa solução pode funcionar para diferentes públicosmrjack.bet mrjack.betdiferentes lugares", diz.

Estadão
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Fontes de referência

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