betpix net-Execução de delator do PCC: quem já foi preso e o que falta descobrir?
betpix net
Três pessoas já foram detidas durante as investigações, mas duas delas foram liberadas menos de 24 horas depois; polícia oferece R$ 50 mil por informações sobre paradeiro de suspeitobetpix net de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Três suspeitos de envolvimento na execução do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram presos desde esta sexta-feira, 6, pela Polícia Militar. Menos de 24 horas depois, porém, ao menos dois deles foram soltos. Como mostrou o Estadão, a decisão se deu após audiência de custódia realizada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), que indicou suposta irregularidade na prisão.
Gritzbach foi alvejado há um mês com dez tiros de fuzil na área de desembarque do Aeroporto de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. Ele estava no centro de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do PCC.
O empresário havia fechado acordo de delação premiadabetpix netabril e era procurado por criminosos da facção, que chegou a oferecer um prêmio de R$ 3 milhões pela execução do delator. Desde a execuçãobetpix netplena luz do dia no maior aeroporto do País, uma força-tarefa foi montada para investigar o caso. Durante a execução de Gritzbach, o motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais acabou sendo atingido por uma bala perdida e não resistiu.
betpix net
Quem já foi preso?No total, três pessoas foram presas desde esta sexta-feira sob suspeita de envolvimento no caso: Mateus Soares Brito, Marcos Henrique Soares e Allan Pereira Soares. Estes dois últimos, porém, foram liberados por volta das 15h deste sábado após passarem por audiência de custódia.
Marcos Henrique Soares, preso na sexta-feira, é acusado de auxiliar no transporte e no fornecimento de equipamentos à quadrilha. Teriam sido encontradas munições de fuzis na motobetpix netque ele estava, segundo o boletim de ocorrência.
Allan Pereira Soares, também detido na sexta-feira, é tio de Marcos. Ele foi detido após agentes da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) terem relatado que encontraram munições no carro dele.
Marcos e Allan afirmam ser inocentes. Ao Estadão, o advogado Guilherme Vaz, que representa os dois, afirmou que "durante a audiência ficou comprovado que tinha algo estranho na história da PM".
Um dos pontos questionados por ele é que, após ser abordadobetpix netcasa, Allan ligou para Marcos ir até lá porque os agentes o procuravam. "Como alguém vai ao encontro da polícia carregado de munições na moto?", questionou. A defesa afirma que os clientes não são os donos das munições e que eles não possuem qualquer relação com o caso Gritzbach.
Mateus Soares Brito, sobrinho de Allan e irmão de Marcos, foi detido neste sábado e, durante seu depoimento, teria confessado que auxiliou na fuga de Kauê Amaral Coelho, apontado como olheiro que indicou quem era Gritzbach para os executores. Brito teria afirmado aos investigadores que é membro da facção e recebeu a missão de ajudar o comparsa.
Ele também teria comprado celulares para serem usados no plano. As investigações apontam que o celular de Brito estaria na região do Aeroporto de Guarulhos no dia da execução de Gritzbach, uma hora antes do crime. É o único dos três que segue detido. A reportagem tentou contato com a defesa de Brito, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Por que dois dos suspeitos foram liberados?
No termo de audiência de custódia, obtido pelo Estadão, a juíza Juliana Pirelli da Guia apontou que, conforme informações da boletim de ocorrência, policiais da Rota foram até a casa onde Marcos mora averiguar uma denúncia anônima de que ele teria participado do assassinato do delator do PCC.
Ao chegar lá, eles teriam encontrado diversas munições e armas de fogo no interior de um veículo, de modelo Fiesta, que estava paradobetpix netfrente à casa. "Consta que os policiais solicitaram a presença de um morador, quando surgiu na garagem Allan, identificando-se como morador e tio de Marcos, que não estava na casa", diz o documento.
Segundo os policiais, o veículo estava destrancado, com as portas abertas. Assim, eles teriam realizado buscas no interior, localizando armas e munições sob o banco dianteiro. A pedido dos policiais, Allan telefonou para Marcos. Quando o sobrinho chegou, conduzindo uma motocicleta, teriam sido encontradas mais munições de arma de fogobetpix netum baú de transporte do veículo, segundo o boletim.
"No que se refere às munições e armas encontradas no veículo, observo que nada relaciona o veículo a nenhum dos custodiados, nem Allan, nem Marcos, nada indicando que era da propriedade deles. E, ainda que fosse de propriedade destes, apenas poderia ser objeto de buscas mediante autorização do proprietário ou possuidor, ou se houvesse mandado de busca e apreensão judicial", afirma a juíza.
O que disse a polícia sobre a decisão?
O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública, comentou a decisão neste sábado na porta do DHPP, no centro de São Paulo. "Não vamos baixar a guarda, vamos continuar trabalhando", disse. Ele ressaltou que, ao todo, foram apreendidos sete celulares. Interlocutores da polícia afirmam que a expectativa é obter informações decisivas a partir dos aparelhos.
Segundo ele, o fato de as abordagens de Marcos e Allan terem sido feitas a partir de denúncia anônimas não é um problema. "A gente tem nosso setor que recebe informações e todas elas são checadas. A polícia foi lá no local e a munição com eles, então não precisa de mandado para prender", disse Gonçalves, que está à frente da força-tarefa para investigar a execução de Gritzbach. "Não vejo irregularidade nenhuma (na abordagem)", acrescentou.
Quantos policiais foram afastados até aqui?
Já no início das investigações, no mês passado, os quatro policiais militares que faziam escolta particular para Gritzbach foram afastados da corporação. Como o Estadão mostrou, somente um deles estava no aeroporto quando o crime ocorreu. Os outros três supostamente não foram ao local devido a uma falha técnica do carrobetpix netque estavam.
Posteriormente, foram afastados ainda outros quatro agentes da PM, suspeitos de participar esporadicamente da escolta de Gritzbach, e outros seis policiais civis, que teriam sido citados na delação do empresário.
Como mostrou o Estadão, Gritzbach acusa agentes da Polícia Civil de dois departamentos e duas delegacias: o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e os distritos policiais 24 (Ermelino Matarazzo) e 30 (Tatuapé). As acusações são por crimes de corrupção passiva, associação criminosa e concussão (ato de servidor público exigir vantagem indevida).
Quem é Gritzbach e por que ele se tornou alvo?
O empresário Vinicius Gritzbach atuava como corretor de imóveis quando se envolveu com traficantes do PCC. Em abril, Gritzbach assinou acordo de delação premiada e seria peça importante para desvendar esquemas de lavagem de dinheiro da facção no ramo imobiliário e no futebol.
Antes disso, o empresário já era visado pelos criminosos, suspeito de ordenar a morte do traficante Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta,betpix net2021. Gritzbach chegou a ser capturado, mas foi mantido vivo devido a interesses financeiros do grupo, já que o empresário tinha senhas para resgate milionário de criptomoedas.
Em 2023, já com informações sobre uma possível delação, Gritzbach foi alvo de tiros de fuzil na janela de seu apartamento, mas o atirador errou o alvo. A expectativa era de que a delação dele entregasse esquemas do grupo criminosobetpix netdiferentes áreas.
Quem investiga o caso? O que falta descobrir?
Três dias após o crime, o secretário de segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, criou uma força-tarefa para investigar a execução do delator do PCC. O grupo é liderado pelo atual número 2 da secretaria de segurança do Estado, Osvaldo Nico Gonçalves.
Além dele, há representantes do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol); do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, do setor de Inteligência da Polícia Militar; e da Polícia Científica. Autoridades da Polícia Federal e do Ministério Público também auxiliam.
Entre outras hipóteses, a polícia investiga o envolvimento do PCC na execução do delator. A suposta participação de Kauê Amaral Coelho no crime reforça a hipótese, já que há indícios de que ele é um dos membros da facção. Imagens do aeroporto mostram Coelho apontando para o delator no saguão do aeroporto. Por considerá-lo peça-chave na elucidação do crime, a polícia oferece uma recompensa de R$ 50 mil para quem tiver informações sobre o paradeiro de Coelho. O suspeito está foragido.